Felicidade!

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Há muito não posto nada neste blog que não tenha publicado também no Jornal O Estado do Maranhão, mas esse texto se impõe acima de tudo, ele é motivo de um de meus maiores orgulhos.

Abaixo vocês poderão ler o agradecimento do Trabalho de Conclusão de Curso de Publicidade e Propaganda de minha filha Laila Farias Haickel, ser humano que eu mais amo nessa terra, de quem me envaideço só pelo fato de tê-la colocado no chão de meu quarto, onde brincando com ela em frente a um espelho imenso, ela começou a andar e a falar… E aí deu nisso…

Aos meus pais, que me deram vida em meio à
arte e conhecimento.

AGRADECIMENTO

Minha gratidão eterna aos meus pais, por abrirem o caminho para que eu pudesse engatinhar e logo me deixarem andar com minhas próprias pernas, percorrendo os trajetos da minha própria cabeça; minha mãe por ser quem colocou todos os significados e os símbolos, meu pai por ter colocado todas as palavras e suas brincadeiras.

Muito obrigada às minhas irmãs, por aturarem meus surtos de gritaria no chuveiro e o som alto extremamente necessitados esses últimos meses. Nesse caso, devo agradecer também aos meus vizinhos.

Agradeço a todos os professores que, ao longo da minha vida, me incentivaram a questionar e procurar respostas, em especial aos de história, geografia, filosofia, artes e sociologia, e também àqueles que compreenderam eu não me esforçar para obter ótimas notas em suas disciplinas de ciências exatas.

Agradeço também aos professores do curso de Publicidade e Propaganda que se fizeram disponíveis fora da sala de aula em orientação, conselhos ou simples bate papo desde 2007. Agradecimento especial ao prof. Miguel Abdalla pelos livros e pelas discussões, poucas, mas incrivelmente certeiras, que me indicaram caminhos e esclareceram idéias à cerca do tema deste TCC. Ao prof. Emílio Ribeiro pelos conselhos que me ajudaram a incluir mais conteúdo a este trabalho.

Às colegas e ao colega de turma, pelo suporte e apoio mútuo.

Ao meu porto seguro constante, o Red Hot Chili Peppers. À expressão do meu mix S.A., o Avenged Sevenfold. Ao Iron Maiden pelo feeling, ao Anthrax pelo gás e à Stefani Germanotta pela energia.

Ao meu Iacomo e Elácomo. À minha minhoca, à minha flor e à minha 78, pelo abraço apertado em gestos, e às vezes em abraço apertado mesmo. Ao garoto da cabeça que é um papel, pela empolgação compartilhada de um caminho. Ao cara mais chato que você, por estar sempre aqui.

E pra finalizar, agradecimento especial à minha orientadora Lidiane Rocha dos Santos, que só não se vê a auréola acima da cabeça porque ela esconde. Este trabalho não teria sido o mesmo sem o seu apoio, ânimo e mega auxílio, fazendo-se presente mesmo em madrugadas e à distância de um SMS ou tweet.

E ah sim… Obrigada, café!

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Luciano e Clara.

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Desde que me entendo por gente ouço as pessoas falando e sempre gostei disso. Das canções de ninar e das historinhas que minha mãe lia para nós, aos causos que os contadores de histórias nos narravam nas noites de lua cheia, do programa de rádio da dona Carochinha, as aulas dos professores, os discursos, os debates, falas de todos os tipos e em todas as ocasiões.

Desde 1976, portanto há 36 anos, convivo efetivamente no ambiente político, desde quando meu pai me levou para Pindaré-Mirim, para participar da segunda campanha vitoriosa de meu tio Zé Antonio a prefeito. De lá para cá me tornei um maior apreciador da palavra falada, passei a cultuá-la e a cultivá-la. Passei a admirar os diversos estilos e as diversas formas de dizer-se o que se pensa, o que se sente, o que se precisa dizer, o que deve ser dito.

Nesses anos todos como parlamentar, ouvi e aprendi muito com grandes oradores, como Milet, Sarney e Lobão. Na ALM, ainda neófito, pude aprender vendo e ouvindo Gervásio Santos e Bento Neves. Quando constituinte, pude presenciar importantes discursos de gente como Delfim Netto, Sandra Cavalcante, Tarcisio Buriti, Artur da Távola, Florestan Fernandes… Mais recentemente, de volta a ALM pude ouvir e até debater com Aderson Lago e Helena Heluy, entre outros.

Gosto tanto de narrativas, falas, diálogos e discursos que chego ao cúmulo de escolher trechos de filmes que contenham o melhor desses gêneros e colecioná-los.

Mas na última sexta-feira ouvi uma fala que não foi um discurso, mesmo que tenha sido proferida de uma das tribunas do plenário de nossa Assembleia Legislativa. Não foi um discurso, foi uma espécie de choro, de pranto, um canto de lamento, de dor, de pesar. Mas foi um dos mais bonitos que eu já ouvi naquele ou em qualquer outro lugar.

Foi uma fala firme, forte, corajosa. Feita por uma mulher fragilizada, dilacerada, corroída por uma dor inimaginável. Foi como um sopro de amor, último sopro de um sentimento eterno, uma das mais belas declarações de amor que, graças a Deus eu tive a oportunidade de ouvir.

Clara falou de seu Luciano, para ele. Acabei de notar que os nomes dos dois derivam de luz, talvez por isso produziram juntos quatro raios luminosos em forma de mulher, suas filhas Lara, Lia, Ticiana e Rafaela.

Conheci Luciano Moreira logo que ele chegou aqui, para trabalhar no governo Lobão. A princípio o achei mais um burocrata, daqueles que sabem de tudo na teoria, mas que não conhecem de nada na prática. Logo vi que estava enganado. Os anos se passaram e fui conhecendo-o melhor, mesmo que ainda o achasse muito técnico e pouco político, mas era essa a sua função e ela, ele a cumpria como seu mestre mandava, e o fazia com competência e correção.

Em política, normalmente, quem não é de nosso grupo mais restrito, mais próximo, não é conosco e Luciano só passou a fazer parte do meu grupo mais restrito de amigos nos últimos anos, anos em que a maturidade me fez ver a importância de pessoas como ele. Tempo que também serviu para transformar esse cearense que, como muitos outros, escolheu a nossa terra para arriar ferros e criar raízes, apascentar seu rebanho, cultivar suas sementes e tecer sua rede de amigos. Anos que o transformaram de um tecnocrata inflexível em um político hábil. Se antes ele chocava com seu extremado tecnicismo, mais recentemente, sem perder o conteúdo técnico, ele aprendeu a alquimia que só o tempo e a maturidade, associados à simplicidade e à obstinação são capazes de elaborar.

Luciano sempre foi uma pessoa cordata, um homem educado, fino, elegante. Era até às vezes um pouco formal. Um cavalheiro. Nunca o vi exaltado, sempre se mantinha calmo, sereno, até nas horas mais tensas.

Quando Luciano resolveu que seria candidato a deputado federal, me procurou e pediu que eu o orientasse. Disse-me que gostaria que lhe desse alguma noção de como seria o pleito, da quantidade de votos que seria necessário para se eleger, dos custos de uma estrutura de campanha, pediu que eu indicasse alguns municípios onde ele poderia ser votado e até que lhe dissesse se um ou outro possível apoiador falava-lhe a verdade, pois temia que em sua pouca experiência eleitoral, cometesse algum equivoco que pudesse lhe custar a eleição.

Lembro que ele foi até mim na companhia de sua mulher Clara, de sua filha Lara e de sua secretária Célia. Naquela ocasião disse-lhe que se ele fizesse tudo errado, ainda assim estaria eleito, e que sua eleição seria muito boa para o Maranhão, pois seu ingresso no parlamento representando o nosso estado, o dele também, pois era cidadão maranhense, título que lhe foi outorgado em solenidade em que estive presente e aparteei o orador daquela manhã, saudando o novo conterrâneo… Pois bem, disse-lhe que a eleição dele iria engrandecer sobremaneira nossa bancada. E assim o foi.

Luciano Moreira em muito pouco tempo de efetiva vida política, como parlamentar, conquistou o respeito de todos que com ele puderam conviver. Para ele a moral, a ética e a honra, vinham em primeiro lugar.

O Maranhão perdeu na última quinta-feira, 16 de junho de 2011, um de seus melhores parlamentares, pois ele não era como outros, um simples deputado.  Para ser um, basta que o candidato se eleja. O parlamentar está em um outro patamar, lugar que poucos conseguem galgar.

Se o Maranhão perdeu tanto, o quanto perderam seus amigos, as pessoas que nele confiavam, que dele dependiam? Quanto terá perdido Clara, Lara, Lia, Ticiana, Rafaela, seus netos e demais parentes? Essa pergunta é auto respondida.  Perderam tudo. Mas lembrando do que disse Clara em sua fala, e nela eu pude ouvir e sentir, que em que pese ela, elas, terem perdido tudo, ainda assim ficaram com o melhor, o exemplo, o amor, a oportunidade de terem podido conviver, mesmo que por um breve tempo, com alguém que amavam tanto e que tanto as amava.

Nada mais precisa ser dito.     

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Manutenção deve ser a palavra de ordem!

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Já escolhi o candidato em quem irei votar para ocupar o cargo de prefeito de São Luis nas próximas eleições. Eu sei que ainda falta mais de um ano para o pleito; sei que a reforma política poderá mudar algumas das atuais regras eleitorais vigentes em nosso país; sei que muitas águas ainda vão rolar por debaixo dessas nossas pontes, que muitos buracos serão abertos e que muitos serão tapados; sei que o tempo é o senhor da razão; sei de tudo isso, estou cansado de saber, mas mesmo assim já fiz a minha escolha e não mudarei de opinião.

O que eu ainda não sei é o nome do meu candidato, mas pelo menos já sei como deve ser ele, já sei quais devem ser suas características principais, com o que ele deve se comprometer, quais devem ser suas metas, o que ele deve propor em seus planos administrativos para nossa cidade.

Em primeiro lugar, o futuro prefeito de São Luis, deve ser um político moderno, capaz de bem se comunicar com o cidadão e com a sociedade. Ele não precisa ser necessariamente um político de grande popularidade, de imensa capacidade eleitoral, já vimos em várias oportunidades que isso não significa muito no resultado administrativo. Ele pode até ganhar as eleições no segundo turno, depois de passar por uma disputa apertada no primeiro e até, antes disso, por uma briga acirrada e intestina no âmbito de seu partido. Não importa. O que importa é que ele, o vencedor, o nosso próximo prefeito de São Luis, não faça nenhuma grandiosa obra nova em nossa cidade.

Calma que eu explico! Não é que não precisemos de novas vias de transporte, de novos hospitais, de melhores áreas de lazer. Precisamos de tudo isso e de muito mais, porém acredito que possamos passar mais algum tempo sem ter essas novas obras, para que possamos recuperar aquelas que já possuímos.

Quando digo que gostaria que o próximo prefeito de nossa capital não fizesse nenhuma obra nova, não quero dizer que nossa cidade já tenha todos os equipamentos necessários para que possamos bem exercer a nossa cidadania, isso não! Mas acredito que teríamos bastante, quase o suficiente, desde que o que temos e tivemos funcionasse ou pelo menos ainda existisse.

Seríamos uma cidade e um estado realmente ricos se tudo que nós um dia tivemos, se tudo em que algum administrador público usou o dinheiro do contribuinte, existisse realmente, desde que essas coisas feitas no passado tivessem a devida manutenção, desde que tivessem o necessário cuidado por parte de nossos gestores públicos e mesmo da população, seríamos uma cidade e um estado no mínimo muito menos pobres.

Você pode imaginar como seria maravilhoso se ainda que apenas no centro histórico, na área do Reviver, circulassem os charmosos bondes de outrora! Se não tivéssemos desativado a Estrada da Vitória e pudéssemos contar com uma linha, que já estava pronta, de metrô de superfície, ligando o centro da cidade até o Distrito Industrial?! Isso só para falar do setor de transporte.

Imaginem agora se, tanto a prefeitura de São Luís quanto o governo do Maranhão, somassem esforços para fazer a Santa Casa de Misericórdia transformar-se em um grande hospital de atendimento de urgência de nossa cidade?! Resolveria pelo menos uma parte dos nossos problemas de saúde, não acham?!

Imagine se a nossa belíssima Biblioteca Pública Benedito Leite estivesse funcionando, se o Costa Rodrigues e o Castelão já tivessem sido reformados, se a Praça do Panteon contasse realmente a trajetória das grandes figuras da história de nossa terra, sem correr o risco do vandalismo.

Você já foi ultimamente ao Mercado Central? Meu irmão Nagib, que vai lá todo domingo, me levou alguns domingos atrás. Fui e confesso que fiquei maravilhado. Em que pese no início da Rua da Inveja haver uma cratera sobrenatural, desfigurando toda a área e impedindo que se visite a bucólica Fonte das Pedras, em que pese o prédio do SIOGE continuar abandonado, em que pese o trânsito caótico, mesmo para um domingo de manhã… Mas o Mercado Central está magnífico. Calma! Eu explico. Ele não está reformado, não está limpíssimo, não está um brinco, mas confesso que ele está muito melhor do que eu imaginava que estivesse. Pensei que ao chegar ali encontraria uma grande zorra, uma sujeira só, uma bagunça. Não, ele não está o que a vigilância sanitária poderia chamar de perfeito, mas está muito melhor que se poderia imaginar.

De tudo, o que mais me chamou atenção no MC foi a cara das pessoas dali. Quase todas as pessoas com quem falei: feirantes e clientes, quase todos tinham um sorriso estampado no rosto. Eta povo bom esse nosso!

Somente ao sair do Mercado Central, me dei conta de que aquilo que eu vi ali era resultado menos da ação da administração pública e muito mais da ação dos próprios comerciantes ali instalados.

Desci a escadaria do mercado, virei e olhei para ele e por um instante, sonhei que o próximo governante de nossa cidade transformaria aquele mercado em um empreendimento parecido com o mercado municipal de São Paulo, para isso não precisa construir um novo mercado em outro lugar, basta reformar aquele e se lembrar de mantê-lo.

Conversando com uma pessoa que teve acesso à última pesquisa sobre o momento político atual e as próximas eleições, sobre a imagem dos governos estadual e municipal, sobre o que poderá acontecer, soube que uma das perguntas da pesquisa girava em torno do que as pessoas mais desejavam como presente para a cidade de São Luís na comemoração dos seus 400 anos e em primeiro lugar aparece a preocupação com a preservação do centro histórico de nossa capital, o que dá todo o respaldo para o governo do estado e a prefeitura municipal implantarem ali todas as suas secretarias e todos os seus órgãos administrativos, resgatando assim de uma vez por todas um maravilhoso patrimônio do passado, que se mantido nos garantirá um patrimônio incalculável para o futuro, isso, além de fazer o que a população deseja.

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