Uma pergunta me persegue há alguns dias e gostaria que você me ajudasse a responder essa questão.
Quando uma democracia é mais sólida e estável?
A) Quando ela aguenta os solavancos ocasionados pelos acontecimentos, pelos impactos do dia a dia, absorvendo imediatamente essas trepidações e dissipando as tensões ocasionadas por elas através de suaves vibrações, como acontece com as pontes.
B) Quando ela assimila lentamente os ingredientes de seu bolo alimentar, se contrai, se movimenta, digere e expurga os dejetos resultantes desse trabalho como faz o aparelho digestivo dos mamíferos.
C) Quando ela sobrevive ao despreparo, à incapacidade e à insensibilidade de seus mandatários, escolhidos legitimamente pelo povo, que na escolha destes, quase sempre age de forma emocional e não racional.
D) Quando ela constata que as próprias instituições, os poderes que lhe formam e constituem, apesar de frágeis, débeis e corruptos, sustentam todo o peso e o esforço sobre si e continua em movimento, apesar de tudo.
E) Quando ela aguenta, assimila e sobrevive ao constatar todos os seus problemas, e possibilita a discussão, a análise, e a solução desses problemas através da educação de seu povo e da eliminação dos erros cometidos assim como de seus agentes.
F) Quando uma bolinha de papel é capaz de mudar o voto de um eleitor consciente, convencido de que ela e as balas de uma metralhadora são a mesma coisa, quando usadas da maneira errada, encarada da forma indevida.
G) Nenhum das alternativas anteriores.
H) Todas as alternativas anteriores.
Todas as alternativas.Embora eu nao acredito q a bolinha de papel mudara o voto.
Resposta: Depende de que lado você estiver da bolinha de papel!
Muito bom, muito bom!
Joaquim,
Esse seu texto me lembrou a mensagem que estou lhe enviando abaixo. Gostaria de saber sua opinião a respeito.
Abs
A ESCOLHA DE SOFIA
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que
serão governados pelos que se interessam.” (Arnold Toynbee)
“A escolha de Sofia” é a história que acontece no campo de concentração nazista de Auschwitz, vivida por uma mãe judia, que é forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha – qual seria executado e qual seria poupado.
Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.
A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de “decisão quase impossível de ser tomada”.
O artigo a seguir foi escrito no final de 2009, pelo economista
Rodrigo Constantino – autor de 5 livros.
Ele assina a coluna “Eu e Investimentos”, do jornal Valor Econômico; também é colunista do jornal O Globo; além de ser Membro-fundador do Instituto Millenium; e vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Forum da Liberdade.
Seu curriculum vai muito além do que está listado acima,
é extenso e respeitável. Segue seu artigo:
” Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia.”
(por Rodrigo Constantino )
“Tudo que é preciso para o triunfo do mal
é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)
Agora, praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.
Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?
Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável.
Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional – Socialista, em 1933, na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.
Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas também existem algumas diferenças importantes. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios, os mais abjetos, para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso. O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.
Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, ONGs, estatais, agências reguladoras, tudo! O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez, na Venezuela; Evo Morales, na Bolívia; Rafael Correa, no Equador. Enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme.
O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.
Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma, é um tiro certo rumo ao pior.
Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.
Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?!
Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados
em direção ao socialismo bolivariano?
Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia. Mas anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.
Dito isso, assumo que votarei em Serra. Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa.
Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio à Dilma.
Meu voto não é a favor de Serra. No dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro do governo Serra, como sou hoje do governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.
Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.
Respeito meus colegas liberais, que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização – o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!
Bom texto… Se bem que uma bola de papel pode perfurar uma cabeça. Pode virar uma bomba atomica.
Claro!
Quando se esta em desespero total!
Democracia é quando o poder jurídico toma o governo conferido pelo povo e dá a filha do coronel que depois usa maquina pública de forma escancarada para eleger 30 dos 42 deputados estaduais os dois senadores e maioria dos deputados federais em um estado pobre e de analfabetos.
democracia só será explorada por aqueles que a conhece, por quem sabem de seus valores e onde os seus deturpadores não tem TVs radios jornais e o próprio estado na mão .
É de lamentar o discurso político nestas eleições, onde o presidente da república faz criticas injustas e caluniosas a um candidato que tem condições plena para governar o Brasil!
A nossa democracia é vitima de maus políticos desde a época as campanhas eram feitas com bombons jogados nas ruas,às crianças carentes do maranhão
Resposta: Existe democracia quando é possível defender o direito de qualquer um, até mesmo alguém como você, de dizer o que bem entende, mesmo que esse alguém, você, mal entenda o que significa isso.
A democracia é a forma de convivência política que possibilita ao povo, através das instituições, arrancar do poder os maus governantes, aqueles que usam o poder que emana desse mesmo povo, em seu benefício, em beneficio de seu séquito. Mesmo que em seu lugar esse mesmo povo coloque, através do voto, algum governante que cometa os mesmos desvios de conduta. Ainda assim, é essa mesma democracia que nos garante tirar esse segundo mau governante da mesma maneira que sacou o primeiro.
A democracia defende a livre iniciativa, regulamenta e fiscaliza os serviços públicos, e deve fazer isso de forma rígida tanto no que diz respeito aos deveres como aos direitos desses concessionários.
Na democracia o presidente da república pode e deve se manifestar em tudo que achar necessário, e como cidadão está sujeito às penas pelos crimes que por ventura venha a cometer, entre eles o de calunia, injuria e difamação.
Até aqui tudo mais ou menos certo.
Mas quando você diz que “A nossa democracia é vitima de maus políticos desde a época as campanhas eram feitas com bombons jogados nas ruas, às crianças carentes do maranhão”, querendo se referir ao falecido deputado Nagib Haickel, meu pai, bem aí você se cometeu o maior de todos os equívocos, pois todo Maranhão sabe que o deputado Nagib Haickel jogava bombom, não para cooptar votos, fazia isso como marketing, para anunciar a sua passagem ou a sua chegada. Para cooptar apoio eleitoral, votos, ele mantinha um estreito vínculo com o povo que o apoiava, representando seus interesses, levando até eles estradas, escolas, postos de saúde, energia elétrica, empregos, entre outros benefícios.
A democracia, pura e simplesmente, não consegue fazer pessoas como você, covardes, que se escondem atrás de nomes e endereços eletrônicos falsos para tentar manchar a memória de um político respeitado e querido, ela não tem o poder de transformar pessoas como você em cidadãos decentes. Ela, a democracia lhe possibilita isso, mas você tem que ajudar, tem que deixar de ser recalcado, invejoso, tem que deixar de lado a farra e o álcool e ir trabalhar.
poxa quincas tu nao deu nem chance desse boboca replicar, acabou com ele, besta, vem querer tentar embotar a imagem do velho nagibao
Uma democracia é solida e estavel quando não existe censura. Quando não é preciso haver um conselho de comunicação social para decidir o que pode e o que não pode ser publicado. Não existe democracia sem imprensa livre.