O poema ditado deitado de lado.

3comentários

O vento açoita a janela
e o sol começa
a invadir pelas frestas.

Bem-te-vis e curiós
entoam o que lembra
uma melodia de Vivaldi.

Agarrada a mim
ela não pára de tremer
pede pra eu não parar
e diz que gosta.

Asmática,
ensaia uma tosse
mas a hipófise vence os brônquios.

De que mais precisa um homem?
Vento, sol, passarinhos.
Uma mulher linda,
de pele branca.
Uma rosa tatuada,
nome de filme.
Doida para aprender
o que se faz
e como ver.

Luz artificial!?
Pra quê!?

Tudo lá fora
e ela comigo
aqui dentro,
aqui dentro.

Qualquer coisa a mais
é excesso.

3 comentários para "O poema ditado deitado de lado."


  1. Isaac Reis

    Depravado e excitantemente belo….como a vida…
    Abraço, poeta.
    Isaac Reis

  2. Anchieta

    Me lembra o conceptismo de Vieira. Aliás, além de um enorme labirínto erudito… A tua poesia é reflexiva… Isso é a essência!

    Parabéns!

  3. Saraiva Filho

    Poeta, homens público
    Poesia, amor, sensualidade, sensibilidade…
    domínio público.

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