O vento açoita a janela
e o sol começa
a invadir pelas frestas.
Bem-te-vis e curiós
entoam o que lembra
uma melodia de Vivaldi.
Agarrada a mim
ela não pára de tremer
pede pra eu não parar
e diz que gosta.
Asmática,
ensaia uma tosse
mas a hipófise vence os brônquios.
De que mais precisa um homem?
Vento, sol, passarinhos.
Uma mulher linda,
de pele branca.
Uma rosa tatuada,
nome de filme.
Doida para aprender
o que se faz
e como ver.
Luz artificial!?
Pra quê!?
Tudo lá fora
e ela comigo
aqui dentro,
aqui dentro.
Qualquer coisa a mais
é excesso.
Depravado e excitantemente belo….como a vida…
Abraço, poeta.
Isaac Reis
Me lembra o conceptismo de Vieira. Aliás, além de um enorme labirínto erudito… A tua poesia é reflexiva… Isso é a essência!
Parabéns!
Poeta, homens público
Poesia, amor, sensualidade, sensibilidade…
domínio público.