De mim só me lembro estar elegante.
Terno escuro, camisa clara, gravata de seda…
Dela, não esquecerei de nada,
jamais…
Era um sonho…
Seu vestido longo de cetim,
seus olhos cor de mel,
sua boca carnuda.
Um aroma de sedução no ar…
Vinho,
conversa ao pé do ouvido,
música,
coisas pra beliscar,
inclusive seu braço pela fresta da cadeira.
Dança…
Seu corpo juntinho ao meu
encaixados como perola e ostra
ondulavam.
Seu olhar era denunciador,
seu rosto e seu corpo falavam por ela…
Tudo que aconteceu naquela noite
depois da hora em que a vi…
preferi esquecer…
Agora, distante em tempo e espaço
me imagino,
me quero em seu colo.
Mergulho em seu decote,
nele descortino o mundo e desço…
Encontro montes,
uma vasta pradaria,
vales,
um rio feito de suor…
Precipício…
Mergulho nele.
Quando emergir
quero estar de novo
nas costas dela,
imprensando-a contra a parede,
mordendo sua nuca,
lambendo seu pescoço,
e aos seus ouvidos
quero fechar a cortina de outra noite
e ver outro dia nascer.
Mais tarde,
depois do café,
ler pra ela esse poema
e fazê-la sentir ciúme
imaginando que refiz meu sonho
com outra mulher.
Republico esse poema a pedidos.
E ainda há quem ache que você não é um grande poeta!
Poucos homens seriam capazes de dizer coisas carregadas de tanta força e energia com tamanha leveza e sensibilidade.
Esse seu sonho é o sonho de todo homem que busca o verdadeiro amor e de toda mulher que deseja ser realmente amada. Parabéns!
Meu primo,
pelo menos temos a rede para nos aproximar, adoro suas crônicas e talvez nunca tenha tido a oportunidade de dizer ao vivo e é por isso que a vida passa por nós sem que possamos aproveitá-la. Continue nos alimentando com seus “saberes, dizeres e viveres”, obrigada,
beijos,
Rachel
Joaquim,
Dizem que nao existem homens sensíveis…ou se são, não são homens…
Se assim for, eu encontrei uma raridade.
Obrigada por continuar a me fazer sentir assim…
AMEI!! Esse poema é um dos mais lindos que conheço,
Uma viagem de cor,sabor,odor e tudo mais
AMO…
QUÊ QUE É ISSO HEIM JOAQUIM? Conta para nós quem é a musa. Deve ser fantástica heim?
Abs,
Diogo
Caro poeta acabei de le Trechos de “Um pedaço da Ponte” no Site Lima Coelho
como politico vc representa a plutocracia e não está nem ai para o estado, acho que o eleitor já cansou de vc, mas tenho de reconhecer que como poeta vc vai longe, mexe com pessoas, demonstra sentimento, por que faz com qualidade. parabens pelo poema.
PARABENS GRANDE POETA.
QUERO MAIS UMA VEZ LEMBRAR O NOSSO COMPROMISSO COM A ESTADUALIZAÇA’O DA ESTRADA DO TIGIDOR.
ABRAÇOS.
Meu caro Joaquim,
Este comentário era para ser postado na pagina sobre Bia Venâncio (ou continua Aroso?). Mas como já passou da hora e porque, também , falo de poesia e de poeta, permita-me que eu o post aqui. Vc exprime seu inconformismo sobre atitudes que, para qualquer ser normal seria, no mínimo, um desvio de caráter – mas para o político é de sua natureza. Se não, como explicar que o grupo político do qual fazíamos parte, eu e Vc aceitasse, como candidato a governador, em 1986, um “ser” que era, para nós, pintado como o diabo que tinha chifres e soltava fogo pelas ventas? E Lula e Collor? E o próprio Sarney com Lula, Collor e outros não menos estranhos? E o povo, Joaquim? Bom , meu caro poeta, o povo “de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra” o povo já não liga mais prá isso. E tu poeta, que podes fazer contra isso?. Aceita, resignado, o conselho de Drummond ?: “Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição / porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.” Ou fazes como o poeta da utopia, luta, luta incessantemente, quem sabe, um dia consigas dinamitar ilha de Manhattan. A propósito: teu poema é romântico, erótico, safado, mas sensivelmente lindo. Um abc do Milton Calado
O Amarildo diz que “como político você representa a plutocracia e não está nem ai para o estado…”. E ele complementa: “… tenho de reconhecer que como poeta você vai longe, mexe com pessoas, demonstra sentimento…”. Não estaria o Amarildo sendo demasiado cruel com o político e demasiado clemente com o poeta? Acho que não é nem tão ao céu, nem tão a terra.