Recebi o texto abaixo, o li e por instantes fiquei atônito. As palavras quando bem colocadas tem uma força tão grande que nos faz ir com elas. Se usadas da forma correta o maestro das palavras pode nos fazer dançar ao som de sua sinfonia, nos fazer concordar ou discordar dele se for o caso, pode fazer conosco como faz o títere com seus fantoches.
Leia o texto que me foi enviado e mais abaixo leia a continuação desse texto feita por mim, na tentativa de trazer você de volta da viagem que o jornalista Clóvis Rossi nos proporciona com esse seu texto inteligente, mas caolho, faccioso, sectário, maniqueísta.
Primeira imagem: Luiz Inácio Lula da Silva abraça Fernando Collor de Mello.
Ajuda-memória: Fernando Collor de Mello vem a ser aquele cidadão que, além de ter sido o único presidente afastado do cargo por falta de decoro em um país em que o decoro é artigo raríssimo, pagou a uma mulher para dizer na televisão que seu adversário (justamente Lula, naquele momento) quis obrigá-la a abortar da filha que ambos tiveram (Lurian).
Esse tipo de atitude é tão indecente, indecorosa, delinquencial que desqualifica qualquer pessoa para a vida pública (a rigor, também para a vida privada).
Não é, portanto, passível de perdão. Lula até poderia aceitar o apoio de Collor para fazer parte da maioria governista. Aceitou o apoio de tantos outros desqualificados que, um a mais, um a menos, nem se notaria.
Daí, no entanto, a abraçá-lo publicamente e a elogiá-lo vai uma distância que, percorrida, desqualifica também a vítima de antes.
Segunda imagem, a de ontem: Fernando Collor de Mello cumprimenta José Sarney.
Ajuda-memória: Fernando Collor de Mello vem a ser aquele cidadão que com maior virulência atacou o governo Sarney, a ponto de chamá-lo de ladrão, pelo que jamais pediu desculpas.
Sarney nunca escondeu o profundo rancor que sentia pelo seu desafeto, que, aliás, só se elegeu porque era o mais vociferante crítico de um presidente que batia recordes de impopularidade.
Ao abraçar Collor e aceitá-lo na sua tropa de choque, Sarney implicitamente dá atestado de validade aos ataques do Collor de 1989 e, por extensão, junta-se a ele na lama.
Que Collor, o indecoroso com condenação tramitada em julgado, ressurja com os mesmos tiques e indecências de antes compõe à perfeição o lodaçal putrefato que é a política brasileira.
Estaria tudo certo se algumas imagens antes nós não tivéssemos visto Luis Carlos Prestes fazendo acordo com Getúlio Vargas.
Ajuda-memória: Olga Benário, judia, comunista, mulher de Prestes, grávida de sua única filha, Anita Leocádia, havia sido deportada para a Alemanha Nazista pelo governo Vargas (Felinto Muller) há menos de dois anos. Em 1946, mesmo assim o nosso mais expressivo líder comunista, celebra um grande acordo político do qual sai eleito o senador mais votado do país naquelas eleições. Imagine só que asco, que nojo…
Na verdade nunca senti nem asco nem nojo deste caso. Desde cedo entendi que existem preços que temos que pagar para alcançarmos os objetivos que almejamos. Luis Carlos Prestes foi meu primeiro professor de pragmatismo mesmo que nem tanto dialético, coisa que nada tem a haver com esse maquiavelismo torto que existe por aí.
Existem meios e fins e acreditem, eles não se misturam jamais meu camarada.
Nossa!
Para que seres humanos normais iguais a eleitores, entenderem como funciona a mente de um politico,é preciso usar alguns exemplos como o que acontece em uma pelada de futebol,em que durante a partida praticamente vale quase tudo, desde xingamentos a muita pancadaria e quando o jogo termina todos se direcionam ao bar para beberem juntos e possivelmente até sorrirem dos xingamentos e das pancadarias ocorridas durante o jogo.
Para seres humanos normais iguais a eleitores,é importante entender que o jogo politico não dura tão pouco tempo como uma pelada de futebol,ou seja; um politico pode ficar xingando a mãe e chamando de ladrão outro politico por anos a fio, que certamente eles irão absolver os insultos e ainda farão pactos de amor eterno, quando os fins justificarem os meios.
Para seres humanos normais iguais a eleitores,há que se entender que muito cedo os politicos aprendem que “existem preços a pagar para alcançarem os objetivos que almejam”.
Resposta: Civilizadamente, sem insulto ou grosseria eu gosto mais. Concordo plenamente com você, só com uma ressalva, QUE PREÇO É ESSE. Muito boa a sua comparação de política com uma pelada de futebol, pratico as duas e elas realmente se assemelham muito nos aspectos aludidos por você, mas devo fazer uma outra ressalva, TODO ELEITOR É POLÍTICO.
Quantos “caras pintadas” você já ouviu falar que votariam em Collor caso este se candidatasse a presidente?
Eu perdi a conta.
Eu sou um ELEITOR que votaria em Collor, na época eu era apenas uma criança de apenas 10 anos de idade, e não entendia nada de política, mais me lembro muito bem que eu fui pra rua com bandeira vermelha gritar que Collor era ladrão e que ele tinha que sair, e ainda mais eu era totalmente influenciado pela mídia como a maioria dos pobres brasileiros, Hoje, 17 anos depois da cassação de Collor, eu estou com 26 anos de idade e possuo um diploma de nível superior e uma pós graduação, tenho outro modo de agir e de pensar. Fui buscar nos livros de história a verdadeira história e na íntegra eu percebi que Collor foi injustiçado e que foi muito competente, pecou por ser jovem de mais e imaturo naquele momento, mais hoje, muitos avanços que o Brasil tem, quem começou foi nosso Collor de Melo, como a reabertura do país para a globalização, hoje se até um carroceiro tem um celular, se temos vários modelos de carros para escolher e comprar e temos produtos melhores, foi ele que deu inicio a tudo isso.
O conselho que dou a todos é, quanto menos puderem assistam a tv aberta, ela é totalmente senso comum, ligue sua televisão na TV SENADO e veja o que realmente acontece, tire suas conclusões de um Pedro Símon que é um frustrado e invejoso.e sugiro a você, nobre deputado Joaquim que lute para nós termos uma TV assembleia que transmita as sessões ao vivo, igual a TV SENADO E TV CÂMERA.
Muto bom, verdadeiro e oportuno o comentário do jornalista Clóvis Rossi. Engraçado é que ninguém pode falar nada de mal do Sarney, como se ele fôsse a pessoa mais correta do mundo. Veja sr. Deputado, a pesquisa que 74% dos brasisleiros desejariam que Sarney saísse do Senado… O brasileiro está acordando.
Como tem gente tola deputado! Gente que pensa que Sarney é o problema, pergunte a eles onde estava esse problema três anos atrás. Eles não conseguem entender que quem diz o que, quem, como e onde está o problema é o interessado em fazê-lo aparecer ou escondê-lo, os mais poderosos, os mais ricos.
Caro Ted Mclaren,
Por favor, volte ao primário e comece tudo de novo!