Ninguém gosta muito de ser criticado. Criticado no sentido negativo da palavra. Isso é conseqüência da condição humana e eu sem nenhum constrangimento assumo que sou um dos que não gosta de ser criticado, até porque os críticos, sejam eles profissionais gabaritados ou meros borra-botas incompetentes, raramente levam em consideração critérios relevantes que devem ser realmente analisados. E o que é mais incrível, os incompetentes ainda são menos piores que os que os tais gabaritados, pois estes, estudiosos e aplicados no que fazem, conseguem realmente enfiar o dedo na ferida do criticado.
Brincadeiras à parte, digo isso para louvar primeiramente a iniciativa de certa critica que me fizeram. Vamos chamar de critica, pois, mesmo infundada, ou melhor, fundamentada em uma série de inverdades, ela consubstancia-se numa deliciosa e agradável leitura, pois usa como base, a melhor, em minha modesta opinião, das obras de Jorge Amado.
Trata-se de “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”. Historia urbana ambientada na Salvador dos anos 50. Uma novela repleta demais de nuances e detalhes, que poderia fazer algum desavisado chamá-la de pequeno romance, mas o fato dela ser lida de um fôlego só, ser popular e acessível a qualquer um, a torna simplesmente uma novela, quem sabe a mais primorosa de nossa literatura. Como diz o meu algoz, “Mistura sonho e realidade; loucura e racionalidade; amor e desamor; ternura e rancor, de forma envolvente e instigante”. Bravo!!!
Em seguida o dublê de analista político e crítico literário, mostrando muito mais seus dotes para a segunda função, descreve o tal Quincas: “Joaquim Soares da Cunha foi funcionário público, pai e marido exemplar até o dia em que se aposentou do serviço público. A partir daí…” e continua falando sobre o personagem e a obra de Jorge, com quem tive o prazer de conviver um pouco quando este passou uma temporada em São Luis, em meados dos anos 80, tempo em que concluía seu livro “Tocaia Grande”.
Até esse momento achava que o tal crítico, era “o cara”. Foi quando notei que o texto era bom demais para o autor. Fui então procurar o meu exemplar do livro. Não o encontrei. Estou de mudança e ele esta numa das caixas amontoadas na casa de minha mãe. Recorri sem cerimônia, ao Google e qual não foi a minha surpresa ao ver que desavergonhado copiou Ipsis litteris, tudo, igualzinho até mesmo o erro contido na simplificação do titulo da obra, pois há quem pense que o livro se chama “A Morte de Quincas Berro D’Água”, quando se chama na verdade “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”. Veja no endereço pt.shvoong.com/books/novel/1686764-morte-quincas-berro-agua/ .
Bem, já chega de falar do falso erudito, vamos falar agora do falso jornalista. Um cabra safado que vive agredindo, vilipendiando, falseando, denegrindo, ofendendo quem bem entende, com o único intuito de aguçar a parte mais obscura do caráter das pessoas, aquela responsável pela mórbida satisfação que tem o ser humano em apreciar a dor dos outros, o grotesco, o chulo, o mórbido, o trágico, o cruel.
Esse jornalista, se é que se pode chamar isso de jornalista, na semana passada deve ter lido o pedido público de desculpa que fiz, daqui deste espaço e ele mais que ninguém sabe a quem foi direcionado aquele pedido.
Naquele mesmo dia ele destilaria seu veneno contra uma jovem que ele nem conhece e com a qual jamais terá a honra de trocar uma única palavra, pois ela vive em um mundo que não é o dele, muito diferente do esgoto onde ele habita.
Para finalizar, nem vou tecer comentários sobre a alusão que o tal “crítico” fez desse Quincas aqui com o Quincas de Jorge Amado. É que aquilo não pode ser levado em conta, pois para que se consiga material suficiente para preencher as mal escritas e mal impressas páginas de alguns jornais, só recorrendo-se ao que há de mais fácil e abundante em nosso jornalismo, a versão, na melhor das hipóteses, ou na pior delas, a mentira deslavada.
Veja abaixo as referidas matérias e as devidas explicações
“A Morte de Quincas Berro d’Água”
A Morte de Quincas Berro d’Água é uma das melhores narrativas publicadas por Jorge Amado. Saída do prelo em l958, conquistou logo a admiração de quantos dela se aproximaram. Mistura sonho e realidade; loucura e racionalidade; amor e desamor; ternura e rancor, de forma envolvente e instigante.
Joaquim Soares da Cunha foi funcionário público, pai e marido exemplar até o dia em que se aposentou do serviço público. A partir daí, jogou tudo para o alto: família, respeitabilidade, conhecidos, amigos, tradição. Caiu na malandragem, no alcoolismo, na jogatina. Trocou a vida familiar pela convivência com as prostitutas, os bêbados, os marinheiros, os jogadores e pequenos meliantes e contraventores da ralé de Salvador. Sua sede era saciada com cachaça e seu descanso era no ombro acolhedor da prostituta.
Fez-se respeitado e admirado entre seus novos companheiros de infortúnio: era o paizinho, sábio e conselheiro, sempre disposto a mais uma farra ou bebedeira. Sua opção pela bandalha representa o grito terrível do homem dominado e cerceado por preconceitos de toda sorte e que um dia rompe as amarras e grita por liberdade.Morreu solitariamente sobre uma enxerga imunda e sua morte detonou todo o processo de reconhecimento/desconhecimento por parte da família real e da família adotada.
Os amigos durante o velório se embriagam e resolvem, bêbados, levar o defunto para um último ‘giro’ pelo baixo-mundo que habitavam. O passeio passa pelos bordéis e botecos, terminando em um saveiro, onde há comida e mulheres. Vem uma tempestade e o corpo de Quincas cai ao mar.
Ontem, um jornalista que cobre as atividades da Assembléia Legislativa, tão logo foi encerrada a eleição que escolheu o novo segundo vice-presidente e quarto secretário da Mesa diretora, Hélio Soares e Marcos Caldas, exclamou: “Morreu Quincas Berro Dágua”. Fazia alusão ao deputado governista Joaquim Haickel, que em vão tentou – e não admitia ficar de fora – ocupar uma das duas vagas abertas com o licenciamento de Max Barros e Raimundo Cutrim.
Um outro jornalista quis saber o motivo do ‘apelido’ e descobriu-se que a alusão tinha nada a ver com o personagem de Jorge Amado. Ele explicou: “O Quincas berrou, berrou, e acabou na água, sem nada…”. Algo do tipo: nadou, nadou e morreu na praia….
Como Helena
O deputado Joaquim Haickel (DEM) terminou imitando, ontem, o gesto de sua colega Helena Helluy (PT), a única a não votar, em fevereiro, mesmo estando em plenário, no deputado Marcelo Tavares para a presidência da Assembléia Legislativa.
Haickel, apesar de dizer que reconhecia o acordo de lideranças que dividiu os dois cargos da mesa para as bancadas do governo e da oposição, absteve-se de votar nos colegas Hélio Soares e Marcos Caldas.
Invocou uma tal ‘coerência’ consigo mesmo ao fazer o meio protesto…
Acordo elege Marcos Caldas e Hélio Soares para a Mesa Diretora da AL e Haickel fica fora
Um acordo envolvendo oposicionistas e governistas garantiu ontem a eleição dos deputados Hélio Soares (segunda vice-presidência) e Marcos Caldas (quarta secretaria) para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, nas vagas abertas com a posse de Max Barros (DEM) e Raimundo Cutrim (DEM), respectivamente, no comando das Secretarias de Infra-Estrutura e de Segurança. O acordo deixou meio magoado o roseanista Joaquim Haickel, que queria uma das vagas, e numa espécie de protesto inusitado, se absteve de votar, mas permaneceu em plenário “em apoio ao acordo”.
Na sessão conduzida pelo presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB), Joaquim Haickel, que vinha cobrando as duas vagas para o bloco sarneisista, disse que respeitava o acordo feito pelas lideranças, por isso estava em plenário dando quorum à votação, “mas o meu voto tanto no deputado Hélio Soares quanto no deputado Marcos Caldas, por uma questão de coerência, vai ser abstenção”. O líder do Bloco Democrático, Carlos Braide, havia anunciado momentos antes o acordo costurado, pelo qual o grupo roseanista ficaria com uma vaga para Hélio Soares e a outra iria para um deputado tido como sendo da agora oposição.
A primeira votação foi para segundo vice–presidente e Hélio Soares conseguiu 30 votos, 11 deputados estavam ausentes do plenário e houve uma abstenção, justamente a de Joaquim Haickel. Na segunda votação, para quatro secretário, Marcos Caldas obteve 31 votos, e desta vez caiu para 10 ausentes e novamente houve o registro da abstenção de Haickel. Os dois foram eleitos para complementar o segundo biênio da 16ª legislatura da Assembléia. Quem também chegou a anunciar que seria candidato a uma das vagas foi João Batista, também do PP, que teve de abrir caminho para Hélio Soares dentro do bloco sarneisista.
A verdade
1) Pensei em ser candidato ao cargo de segundo vice-presidente da ALM. Falei com meus colegas e ficou tudo acertado, mas no dia seguinte resolvi desistir da disputa, pois minha eleição me impossibilitaria de participar das comissões técnicas da casa e eu sou membro das mais importantes delas (Constituição e Justiça, Orçamento, Indústria e Comércio, defesa do consumidor, e meio-ambiente). O fato de não concorrer a um cargo não invalida a minha intransigente defesa do acordo feito para eleger as duas ultimas mesas diretoras da casa. Amanhã aparece um gaiato querendo não honrar os acordos, podemos voltar para tempos pouco democráticos, isso pode virar jurisprudência e de lá já viemos.
2) Não fiz protesto algum. Posicionei-me de maneira clara em defesa do acordo que havia sido firmado quando da eleição da mesa da ALM em dezembro de 2008. Ser comparado à deputada Helena Heluy, a mim muito me honra, pois em que pese não termos concepções políticas idênticas, postulamos a mesma fé na boa convivência, na tolerância, no respeito, na moral e na ética.
3) Os textos acima estão repletos de erros de fato como por exemplo, Braide não é líder do Bloco Democrático; João Batista não abriu mão de sua vaga, foi sacrificado; Joaquim Haickel não pertence nem nunca pertenceu e espera nunca pertencer ao DEM;
PS: Os três textos acima foram copiados e transcritos como foram publicados. Os erros que existem neles são provenientes dos originais.
Não me canso de dizer a todos que o meu deputado (o senhor deputado joaquim nagib) é o cara. Corajoso, culto, inteligente, honrado, competente. Quero é ver qual o politico enfrenta esse ou qualquer outro tipo de critica assim, de peito aberto, qual sobe no palanque e diz o numero de seu telefone celular e atende qualquer um que ligue (eu e uns colegas meus da faculdade já testamos). Parabéns ao senhor e para nós que nos fazemos bem representar pelo senhor.
SR.DEPUTADO, É COM PRAZER QUE LEIO ESSA PUBLICAÇÃO. É VERDADE, A CRITICA SEMPRE SERÁ MAL VISTA. PORÉM É PRECISO QUALIDADE AO CRITICAR. CRITICAR SÓ PRA OFENDER OU PRA SATISFAZER UM EGO DOENTE É TRÁGICO. JOAQUIM, PRUDENCIA NA POLÍTICA É MUITO BOM, E NA VIDA MELHOR AINDA. MAIS UMA VEZ PARABENS É ASSIM QUE O HOMEM SEJA ELE PÚBLICO OU NÃO DEVE AGIR, DEVE CONDUZIR-SE COM RETIDÃO, HONRA E DIGNIDADE. ESSES QUE O CRITICAM QUERIAM SER VOCE OU IGUAL, E NÃO CONSEGUEM E POR ISSO AGEM COMO AS SERPENTES, SÃO SORRATEIROS E COVARDES. É O QUE PENSO. NÃO SOU SEU ELEITOR E NUNCA FUI, AO CONTRÁRIO JÁ FUI ADVERSÁRIO DA SUA FAMÍLIA NA POLÍTICA DE PINDARÉ, MAS RECONHECER SUAS QUALIDADES É PRA MIM ALGO IMPORTANTE POIS OS HOMENS DE VALORES ACENTUADOS DEVEM SER RECONHECIDOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA NACIONALIDAE OU PREFERENCIAS POLÍTICA E RELIGIOSAS.
Resposta: Marcos muito me honra sua palavras. Palavras como as suas são os grilhões que me escravizam na luta, na busca incansável de meus objetivos. É doce a escravidão que nos aprisiona na busca dos nossos sonhos, dos nossos ideais. São atitudes como esta sua que me fazem acreditar que estou no caminho certo. Obrigado.
Joaquim,
Ainda hoje li a coluna de Lya Luft na Veja, aonde ela fala que anda refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro e faz o seguinte questionamento: “Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós, que ri quando o outro cai na calçada? ‘ Acho que isso vem bem a calhar com seu post de hoje. Então eu me pergunto: Que tipo de ser humano é esse que faz de seu ganha pão a divulgação da desgraça alheia?
Joaquim, você é muito MAIOR que tudo isso…
Joaquim,
Faz parte da minha rotina diária passar pelo seu Blog… Hoje fiquei muito feliz por encontrar um conterrâneo e amigo querido de infância – Marcos Fernandes saindo em sua defesa, ou melhor, ressaltando suas qualidades… Por conhecê-lo e saber que ele nunca foi partidário político seu, ao contrário (e olha que não é a primeira vez que ele ‘visita’ seu blog). Saber reconhecer as virtudes e admirar seres humanos de valor, como você, engrandece a todos nós. Outro dia comentei, com você, que estava muito inspirado e postando coisas lindas em seu blog… Hoje, quero parabenizá-lo por , mais uma vez, deixar claro para todo mundo o jeito JH de ser: Ser esta pessoa transparente e corajosa… Por encarar a vida de peito aberto… Ser coerente, humano, racional, sensível… Por ser você -SEMPRE!!! É muito bom saber que as pessoas a quem admiramos são realmente PESSOAS ADMIRÁVEIS. Beijo Carinhoso.
Resposta: Você é quem faz aniversário e sou eu é quem ganho presente!? Obrigado.
PS: Parabéns Zucrílica… Muita saúde, muita paz, muita felicidade…
Joaquim, seus votos em São Domingos do Maranhão-MA, acabaram com a derrota de seu grupo naquele municipio…vai ter que berraaaaaaaaa muito em 2010, para se reeleger….e vou logo adiantando..não vai acontecer….sou bom de previsões!!!
Resposta: Caro roedor, não se preocupe com meus votos, isso é coisa que não lhe diga respeito. Já no que diz respeito ao meu bravo povo do município de São Domingos do Maranhão, eu sendo ou não deputado, sempre terei o maior carinho e apreço por eles, pois sei da consideração e do respeito que eles tem para comigo.
Quanto a você ser bom de previsão, cuidado viu, pois você devia ser uns dos que juravam que o Dr. Jackson não seria cassado!
Boa resposta meu deputado!
Esses preás são muito salientes mesmo, mas quem votou neles aqui em São Domingos já ta arrependido.
Eles ganharam por pouco mais de 200 votos e comprados.
Se nessa terra tivesse justiça esses moleques não estavam governando nosso município.
Na peça Tímon de Atenas, Shakespeare dá uma bordoada em todos nós, desculpem palavra tão dura, quando pergunta por meio do filósofo Apemanto: “Qual o homem que morre sem levar para o túmulo a lesão de um pontapé oferecido por um amigo”? Quem de nós nunca levou uma mordida da ingratidão, “esse demônio do coração de mármore”? Com certeza, ninguém!
Tímon é um rico general, aposentado, puro, generosíssimo, e um de seus maiores defeitos repousa na crença da amizade. Sua casa é uma festa só, cheia de amigos desfrutando de seus banquetes e seus presentes caros. Avaro de elogios, cobre seus aduladores de prodigalidades. Enfim arruinado, apela aos amigos por dinheiro. Nada consegue. Diante de um “não” pronunciado por um de seus “amigos”, seu secretário Flávio reage: “Ó! Observai como o homem é monstruoso, quando se mostra debaixo da forma da ingratidão!”.
Na peça Como Gostais, o Duque de Milão é traído pelo próprio irmão, que lhe toma o trono e o expulsa da cidade. Um companheiro consola o desterrado príncipe com esta triste canção: “Sopra, sopra vento hibernal, não és assim tão infernal, como é a humana ingratidão. Teu dente não é tão agudo, porque não és visto, mas é rude teu hálito de furacão… e não mordes tão pungente como a vileza do ingrato”.
E o velho Rei Lear, que divide o reino entre as filhas, é rejeitado por elas. Com o coração dilacerado chora de dor: “Ó Rejane, tua irmã não presta! Como um abutre, enterrou aqui o bico acerado da ingratidão”. E o velho Lear teatralmente repuxa as carnes do próprio corpo como se quisesse arrancar as filhas de si mesmo.
O desafortunado Othelo, vítima de uma trama perversa que o fez sufocar sua esposa Desdêmona, olha para Iago, o homem que o traiu, e se revolta: “pergunta para esse meio demônio por que envenenou meu sangue e minha alma”.
DEPUTADO,
ESSE ARTIGO RETRATA MUITO BEM A POLÍTICA DO MARANHÃO. A CARAPUÇA ESTÁ SOB MEDIDA, PARA A CABEÇA DE FULANO, BELTRANO , SICRANO E ETC….
A INGRATIDÃO
Nem mesmo Shakespeare escapou de pontapés por estar vivo dois séculos depois de ser enterrado em Stratford. O filósofo e satirista Voltaire tentou, durante parte de sua vida, demolir a fama de Shakespeare. O caso de Voltaire não é bem de ingratidão, mas de inveja. Afinal Voltaire escreveu 54 peças teatrais. Alguém sabia que ele era dramaturgo?
E em Tróilus e Créssida, Shakespeare nos explica esse sentimento, a ingratidão. Quem fala é Ulisses enquanto aconselha Aquiles: “O Tempo, meu senhor, tem nas costas um saco, dentro do qual coloca as esmolas para o Esquecimento, esse monstro enorme da ingratidão. Esses restos são as boas ações do passado, devoradas tão rapidamente quanto foram feitas, e tão depressa esquecidas quanto foram terminadas”.
Não acredito que alguém tenha conseguido contrariar a afirmação de Apemanto. Tímon deu muito, porque achava que todos eram iguais a ele, porque acreditava que quem dá recebe. Aí vem o Tempo para colocar as esmolas no saco do esquecimento. Depois que se devora, se esquece. Resta-nos corroer-nos de dor.
Pudemos observar que os ingratos são de naturezas diversas: amigos, filhos, empregados!O que devemos fazer, então, para escapar desse vilão chamado ingratidão? É o próprio Shakespeare quem responde por meio do conselho de Polonius ao filho Laertes: “Os amigos que tiveres e cuja adoção puseres à prova, sujeita-os à tua alma com arcos de aço”. É assim que tenho procurado fazer com todas as pessoas que amo!
Theófilo Silva é presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília e colaborador da Rádio do Moreno.
Resposta: Meu caríssimo Fidel de Pijamas quero agradecer-lhe por tão maravilhoso presente. Nunca um comentário neste blog foi lido e relido tantas vezes por este peripatético vivente, por este disléxico escrevente, como esse que você me enviou.
Profundo e completo sendo claro e simples. Para mim, perfeito.
Identifiquei imediatamente dezenas de cabeças e acho que é bem possível passar-se dias relacionando centenas delas, catalogando-se os casos específicos adaptáveis a todas as carapuças exemplificadas nessa pequenina jóia que você me mandou.
A ingratidão e a traição são apenas duas das características acentuadas nesse seu texto e elas são as duas mais freqüentes companheiras da arrogância e prepotência, coisas que não são privilégios apenas dos poderosos ou dos políticos, como pode alguém pensar.
Permita-me repercutir esse comentário na minha publicação de quarta-feira próxima, e mais, permita-me sair da escuridão do desconhecimento causado pelo uso que você faz do anonimato. Permita-me puder privar mais proximamente de sua amizade, pois mesmo que sejamos antagônicos em qualquer âmbito, seja você flamenguista ou membro do PT, PSB, PSDB ou PDT, terá deste vascaíno e pmdbista aqui o respeito e a admiração que dedico a todos, inclusive aos que discordam de meus posicionamentos futebolísticos e políticos. Tenho certeza, pelo que demonstra o seu texto, que iríamos nos divertir bastante comentando de forma bem humorada as idas e vindas dessa gangorra que convencionamos chamar de vida.
PS: O texto do Theófilo Silva, presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília, é perfeito.