Enfrentando de frente… Redundância!?
Na ultima quarta-feira publiquei nesta pagina dez pequeninos textos sob o titulo “Mini-contos ou micro-crônicas ou poesia?”. Todos aqueles textos eram antigos, publicados na década de 80, quando já naquela época eu experimentava este estilo tão popular hoje em dia. Recebi, como sempre ocorre, uma grande quantidade de comentários, entre eles um de um tal Gregório, dizendo-se ser de Matos Guerra. Resolvi aceitar o comentário até porque acredito que devamos enfrentar com clareza as opiniões que nos sejam desfavoráveis, elas nos darão no mínimo a chance de nos corrigirmos se realmente estivermos errados. Pois bem, em seguida recebi um comentário de um EM o qual igualmente não sei de quem se trata. Resolvi então postar hoje os dois comentários e em seguida um texto de autoria de Lyvia Viana que usei para acompanhar meu pedido de inscrição para concorrer à vaga aberta na Academia Maranhense de Letras com o falecimento do escritor José Nascimento Morais Filho. Façam seu julgamento.
Gregório de Matos Guerra
Ao ler esses seus “escritos” que nem você mesmo sabe o que são, se são contos, crônicas ou poemas, cresce em mim a certeza de que em nenhuma hipótese você poderá vir a ser eleito para a Academia Maranhense de Letras. Fica claro que você não tem obra pra contrapor aos seus concorrentes, nem ao jovem magistrado Ney Bello Filho, nem ao discreto ex-radialista Sergio Brito, nem a persistente professora Ana Luiza Ferro, muito menos ao combativo escritor Herbert de Jesus Santos. Para que se tenha mais certeza disso basta se aprofundar um pouco mais e ler alguns de seus textos aqui publicados ou tentar ler um de seus raríssimos livros. Então deixe disso e desista dessa aventura, deixe a academia para pessoas preparadas para tal.
Resposta: Pensei muito antes não só de aceitar esse comentário como também antes de dar-lhe resposta, mas acredito que tanto uma coisa quanto outra seja necessária.
Primeiramente quero dizer muito me honra concorrer a uma vaga na Academia Maranhense de Letras. Talvez seja verdade que eu não tenha a devida estatura para tal, mas isso serão os membros daquela seleta confraria, no uso de seu direito inalienável de escolha, que decidirão. A mim só cabe cumprir as formalidades e submeter meu nome a apreciação daquela nobre Casa de cultura.
Quanto aos meus textos, eles estão ai para quem quiser ler e analisar. As opiniões quanto a eles são livres, há pessoas que gostam muito, há aqueles que são indiferentes e há aqueles que abominam. Desde muito cedo aprendi que discordar não é problema. Problema é não escrever ou não publicar, não ter opinião, não dar a cara pra bater. O grande, talvez o maior de todos os problemas seja a hipocrisia.
As alusões às pessoas que como eu concorrem a uma vaga na AML são no mínimo deselegantes para não dizer grosseria e o fato de eu ter postado esse comentário não significa que eu concorde com o que foi dito, muito pelo contrario, todos os citados merecem de mim a maior consideração e apreço.
Para finalizar gostaria de dizer que não pretendo desistir de nada em minha vida e que espero contar com o apoio se não de todos os Acadêmicos, pelo menos de sua grande Maioria.
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Joaquim,
Esse Gregório de Matos Guerra é mais um desses coitados invejosos que proliferam nesses tempos amargos, nessa nossa terra infelizmente tão propensa a isso.
Não se deixe atingir por esse tipo de comentário. Um sujeito como esse nunca deve ter ouvido falar na revista Guarnicê e todo aquele maravilhoso movimento cultural do qual você foi um dos principais comandantes, nos anos 80. Nunca leu seu delicioso livro de contos “A Ponte”, elogiado pelo grande Artur da Távola. Nunca leu seus inquietantes poemas, nunca se deu ao deleite de ler uma de suas crônicas dominicais publicadas no jornal O Estado do Maranhão, que tratam de forma peculiar assuntos que vão de política à filosofia, de cinema à como conviver com os filhos. Esse falso “boca do inferno” nunca viu nem sequer ouviu falar em seu filme, “Pelo Ouvido”, talvez o maior sucesso cinematográfico de todos os tempos em nosso estado. Nunca soube de sua postura ética e de sua coerência enquanto parlamentar, nem sabe de sua simplicidade e de sua generosidade como pessoa humana. Eu que sei de tudo isso posso lhe dizer sem medo de errar ou de magoar quem quer que seja, seus concorrentes que me prdoem, mas se os acadêmicos maranhenses, elegerem você para uma vaga na AML estarão valorizando bastante aquela instituição que já conta com figuras importantes como Américo Azevedo Neto, José Chagas, Antonio Martins, Ubiratan Teixeira, Milson Coutinho, dentre outros.
Grande abraço meu bom amigo,
EM.
JOAQUIM ELIAS NAGIB PINTO HAICKEL
Dados biobibliográficos
Primeiro dos dois filhos de Nagib Haickel e Clarice Pinto Haickel, Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel nasceu em São Luís do Maranhão, às 6 horas da manhã do dia 13 de dezembro de 1959. Estudou nos colégios Pituchinha, Batista e Dom Bosco, e formou-se em Advocacia pela Universidade Federal do Maranhão, em 1984. Seu primeiro livro escrito, entre 1975 e 1976, só foi lançado em 1980. Trata-se de Confissões de uma caneta, contos premiados no Concurso Cidade de São Luis. Em 1981, lançou O quinto cavaleiro, poemas. Em 82, premiado no concurso SECMA/SIOGE/Editora Civilização Brasileira, lançou o livro de contos Garrafa de ilusões. Manuscritos, seu segundo livro de poemas, quarto até então, foi lançado em 1983, quando também começou a editar a revista Guarnicê, semanário artístico e cultural que publicou até 1986.Ainda em 1984 lançou a Antologia poética Guarnicê. Em 1985, foi a vez da Antologia erótica Guarnicê e, em 1986, o livro de contos Clara cor de rosa.Depois de uma pausa editorial, em 1989 lançou o livro de poemas Saltério de três cordas, juntamente com Rossine Correia e Pedro Braga. Mas foi em 1990, segundo o próprio Haickel, que amadureceu o seu “primeiro livro, os outros foram apenas ensaios do que viria”: livro de contos lançado pela Editora Global, A ponte, foi aplaudido por José Louzeiro, Artur da Távola e Nelson Werneck Sodré, entre outros.Também no setor artístico, Joaquim produziu o filme The best friend, O amigão, que conquistou os prêmios de Melhor Filme, do Júri Popular, e Melhor Filme de Cineasta Maranhense, pelo Júri Oficial, no Festival Guarnicê de Cinema e Vídeo realizado pela Departamento de Assuntos Culturais, da Universidade Federal do Maranhão, em 1984.Em 2003, na comemoração aos vinte anos da revista Guarnicê, a Clara Editora e as Edições Guarnicê produziram e publicaram o Almanaque Guarnicê, espécie de ensaio-entrevista-reportagem dirigida por Félix Alberto Lima, em que narra a trajetória do semanário e de seus idealizadores. Também em parceria com a Clara Editora, Joaquim fez parte de um grupo que lançou a coletânea As melhores crônicas do claraonline.com .Com a ajuda de seu pai, Nagib Haickel, conhecido como O Caboclo do Vale do Pindaré, elegeu-se Deputado Estadual em 1982, o mais jovem em todo Brasil naquela Legislatura. Foi eleito em seguida Deputado Federal Constituinte em 1986, quando, entre outros encargos, foi o relator da Comissão de Direitos e Garantias Individuais, responsável pela apreciação do projeto que tentava instituir em nosso país a pena de morte. Seu parecer, vencedor, foi contrário ao projeto.Em 1991, foi convidado pelo então governador Edison Lobão para assessorá-lo no governo do Estado do Maranhão, primeiro na Secretaria de Assuntos Políticos e depois na Secretaria de Educação. Afastou-se dos cargos públicos de 1994 até 1998, para dedicar-se às suas empresas de radiodifusão, FM e TV Maranhão Central, espalhadas por mais de cinquenta cidades do Estado, e plantou a semente do que viria a ser a Fundação Nagib Haickel.Em 1998, candidatou-se e se elegeu o Deputado Estadual mais votado do seu partido, não podendo, desta vez, contar com a preciosa ajuda de seu pai, Nagib Haickel, que falecera no dia 7 de setembro de 1993, quando era Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.Joaquim é detentor da Medalha Manuel Bequimão da Assembléia Legislativa do Maranhão, da Medalha do Mérito Timbira do Governo do Maranhão, e da Medalha Barão de Mauá, do Ministério dos Transportes. É cidadão honorário dos municípios de Pindaré-Mirim, Santa Inês, Itapecuru-Mirim, São Domingos do Maranhão, Pio XII, Satubinha, São Benedito do Rio Preto, dentre outros. Joaquim é também desportista e grande incentivador dos esportes como forma de inserção social. Foi vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis e da Associação Desportiva Mirante, além de ter, ele mesmo, conquistado diversos títulos em modalidades como tênis, vôlei e basquete.Foi casado com a artista plástica Ivana Farias, com quem produziu, segundo ele mesmo, a sua “maior obra de arte”, Laila Farias Haickel, nascida em 1988. Além dela, tem como suas filhas a publicitária Avana e a advogada Ananda, filhas de sua ex-mulher.É membro fundador do Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão – ICE, onde desenvolve projetos de responsabilidade social.O mais imediato projeto do Joaquim Haickel é a consolidação da Fundação Nagib Haickel, entidade sem fins lucrativos, que terá uma rede nacional de rádio e televisão educativa via satélite voltada para o ensino formal e para a difusão cultural, que contará com duas geradoras de rádio e TV, uma em São Luis e outra em Imperatriz. Idealizada por Joaquim, esta Fundação implantará em breve o Museu da Memória Audiovisual do Maranhão, MAVAM, que se encarregará de preservar a memória de nossa gente e de nossa terra usando meios audiovisuais, sendo que, para tanto, o IPHAN já esta restaurando, com recursos do Orçamento da União,
conseguido pelo Deputado Joaquim Haickel junto à Bancada Federal do Maranhão, um prédio por ele doado, no qual irá funcionar o Museu.Em 2006, candidatou-se a uma vaga na Academia Imperatrizense de Letras, para qual foi eleito e onde ocupa a Cadeira nº 9, cujo patrono é o eminente Thucydides Barbosa, e seu fundador e único ocupante, até então, o professor, escritor e humanista Vito Milesi.Em 2008, Joaquim Haickel finalmente realiza um antigo sonho: roteirizar, produzir e dirigir um filme baseado em um conto que escrevera nos anos 80. Trata-se de Pelo ouvido. Mas, inquieto e indisciplinado, não se conteve e, antes de realizar esse filme, com ajuda de vários amigos, fez em Paço do Lumiar o curta-metragem de 59 segundos, Padre Nosso. Pelo ouvido foi selecionado para quase uma centena de festivais de cinema no Brasil e no exterior tais como o Palm Springs International Short Film Festival, o 12º Los Angeles Latino International Film Festival, o 17th Annual St. Louis International Film Festival (os três, nos Estados Unidos); o 34º Festival de Cine Iberoamericano de Huelva; a Mostra de Cine Latinoamericano de Catalunya (Espanha); o Festival des Films du Monde (Canadá); o Festival International du Film d’Amour de Mons (Bélgica); o European Independent Film Festival 2009 (França); o XXV Festival de Cine de Bogotá (Colômbia); o Festival Internacional de Filme Independente de Hamburgo (Alemanha); o 30º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba); o V Festival Internacional de Cortometrajes de Cusco (Peru); o 9th Filmstock de Luton (Reino Unido); o 3º New Beijing International Movie Week (China); o 8ª Goiânia Mostra Curtas; a XXXV Jornada Internacional de Cinema da Bahia; o 5º Amazonas Film Festival; o 15º Vitória Cine Vídeo (Brasil). Pelo ouvido ganhou nove prêmios: o de Melhor Filme, no 17º Concurso Iberoamericano de Cortometrajes de Cartagena, na Colômbia; de Melhor Filme Internacional no FirstGlance Film Festival Philadelphia 11; de Melhor Direção no Boston International Film Festival, ambos nos Estados Unidos. No Brasil, participou do 7º Festival Curta Natal e do 16º Festvídeo Teresina onde ganhou os prêmios de Melhor Filme. No II Festival Curta Cabo Frio (RJ), recebeu os prêmios Especial do Júri e de Melhor Atriz, para Amanda Acosta, enquanto no 31º Festival Guarnicê de Cinema (MA) saiu com os prêmios de Melhor Filme, do Júri Popular, e novamente de Melhor Atriz. Ainda no campo das artes, pretende concluir e publicar alguns livros: – 365 filmes para não precisar de psicanálise, em que lista e analisa os filmes que o ajudaram a construir seu cabedal de cultura e informação, solidificando sua personalidade e seu caráter; – Dito & feito, que reúne algumas de suas crônicas publicadas aos domingos no jornal O Estado do Maranhão; – A palavra quando acesa, coletânea de seus discursos, compilados pelo professor e acadêmico Sebastião Moreira Duarte; – Múltiplo de quatro, que será um box contendo quatro livros, em que estará publicado o melhor de sua produção. Serão contos, crônicas, poemas e outras palavras, além de roteiros de cinema, histórias em quadrinhos, críticas e frases. Joaquim Haickel ainda pretende roteirizar, produzir e dirigir mais quatro curtas-metragens baseados em contos de sua autoria e um longa-metragem. Como político, sua meta é aprovar, na Assembléia Legislativa, alguns de seus projetos, dentre eles o que estabelece critérios para o aproveitamento, pelo poder público, de imóveis na área tombada pelo Patrimônio Histórico, o que institui a revisão dos limites dos municípios do Maranhão, e o que apóia a criação do Estado do Maranhão do Sul.