Caro(a) leitor(a),
Venho brigando com o texto abaixo há alguns dias e não consigo me decidir em qual das duas versões ele fica melhor. Então resolvi submeter ao seu julgamento as duas versões e deixar que você decida por mim.
Muito grato,
Joaquim Haickel.
Poesia
A primeira vez que a vi,
ela passou por mim
veloz,
rasante
como o primeiro raio dourado de sol,
ao amanhecer,
pela fresta da janela.
Na segunda vez que a vi,
seu inquietante perfume
me roubou
trajeto,
atenção
e pensamento.
Na terceira vez que a vi,
o que mais me chamou atenção
não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso,
mix enfant et fatale,
nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo,
foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança!
Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade.
A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo:
“Dentro dessas roupas
há uma mulher completa,
perfeita…”
Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós,
simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi,
vi que além e apesar de tudo,
ela não passava de uma miragem,
uma visagem,
um sonho,
e eu não queria acordar.
Criei coragem,
me aproximei e perguntei:
“Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo
doce,
suavemente,
ela disse:
“Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo,
descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar,
o que na verdade Terpsícore mais gosta
é de seduzir.
A quinta vez que a vi?…
Ela continuava a seduzir…
Dançar!
Prosa
A primeira vez que a vi, ela passou por mim veloz e rasante como o primeiro raio dourado de sol, pela fresta da janela, ao amanhecer.
Na segunda vez que a vi, seu inquietante perfume me roubou o trajeto, a atenção
e o pensamento.
Na terceira vez que a vi, o que mais me chamou atenção não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso, mix enfant et fatale, nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo, foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança! Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade. A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo: “Dentro dessas roupas há uma mulher completa e perfeita…” Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós, simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi, vi que além e apesar de tudo, ela não passava de uma miragem, uma visagem, um sonho, e eu não queria acordar.
Criei coragem, me aproximei e perguntei: “Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo doce e suavemente, ela disse: “Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo, descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar, o que na verdade Terpsícore mais gosta é de seduzir.
A quinta vez que a vi?… Ela continuava a seduzir… Dançar!
Para mim tanto faz, gostei bastante, tanto da poesia quanto da prosa, mas confesso que apesar de ter gostado muito, prefiro os textos anteriores, “Sobre aquela noite”, “Refazendo aquele sonho” e “PS”, são mais apaixonados, “calientes”.
Adorei como poesia mas acho que ele é muito melhor como prosa. Conta uma historinha, parece que se está vendo acontecer, presenciando a cena. Sensacional!
Joaquim,
Escolho “Sedução” em poesia. Vi que você está fazendo uma digressão sobre a mitologia grega. Mnemosine teve nove filhas, nove musas e Terpsicore é a musa da dança.Linda poesia.
Escolher algo é sempre difícil porque escolher é ter que abrir mão de alguma coisa. Estamos em um momento onde vamos ter de escolher mais uma vez um político p/ ser o próximo prefeito de nossa cidade. Então, exercito aqui em seu Blog uma escolha.
Um abraço,
Clara
A poesia dá às palavras uma dimensão mais sensual.
Prefiro a prosa, é como se pudessemos imagina-la e toda essa sedução também.
Acho que senti até o cheiro.. rs
Beijos……
Gostei mais da poesia. Parabéns poeta
É uma belíssima poesia … e ganha em prosa!