CASSIOPÉIA

Constelação distante
no espaço
há um palmo da mão.

Escorre estrela
por entre os dedos
em tempo.

Para jamais chegar
ao chão.

7 comentários em “CASSIOPÉIA”

  1. Joaquim, fico sem palavras quando leio seus poemas. Mesmo sem lhe conhecer, sinto-me próxima de você ao ler sua poesia.Algum amigo de Joaquim, por favor, dê um abraço nele hoje por esta linda poesia.

  2. E o que é pior, como é que um cara que lida com coisas mundanas como negócios e política consegue escrever uma coisa assim delicada e doce?

  3. o nome que vc dá as poesias são sempre um charme a mais

    quem inspirou vc pode se sentir especial
    poema lindo, parece um cristal de tão delicado

  4. Estrela

    Há de surgir
    Uma estrela no céu
    Cada vez que ocê sorrir
    Há de apagar
    Uma estrela no céu
    Cada vez que ocê chorar
    O contrário também
    Bem que pode acontecer
    De uma estrela brilhar
    Quando a lágrima cair
    Ou então
    De uma estrela cadente se jogar
    Só pra ver
    A flor do seu sorriso se abrir
    Hum!
    Deus fará
    Absurdos
    Contanto que a vida
    Seja assim
    Sim
    Um altar
    Onde a gente celebre
    Tudo o que Ele consentir

  5. …11, 12, 13…

    Ora, dizes ouvir as estrelas…
    Perdestes o senso?
    Tresloucado amigo
    Brincadeira tem hora.

    Como ousas enfiar teus dedos na rainha que desafiadoramente sentada empunha a palma? Perdestes todos os sentidos. Ridicularizas Polaris, o triplo guardião da rainha. Por Ares! Como ousas falar da que não teme nem os deuses? Como ousas falar da filha do esplendor? Como, se perdes o senso a cada censo do sol e te quedas a contemplar as estrelas que escorrem por entre os teus dedos?

    A rainha, lucífluo M ou W, lava-se no manto da via láctea. O que podes dizer que tenha algum sentido? Se tu a deixas escorrer, sem tentar retê-la e, em vergonhosa queda, te quedas a contemplar… O que podes dizer?

    Tresloucado amigo, que sentido pode ter as estrelas para ti? Que podes entender das estrelas se tu empunhas a palma para escorreres palavras e não vês o que tens à mão?

    Tresloucado amigo, assim dizes, ouvir as estrelas…

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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