A importância do perdão
Aconteceu em Yecheng, um remoto vilarejo entre a cordilheira do Himalaia e o deserto de Takli Makan, na China Imperial, por volta do ano 600 depois de Cristo: Após a aula com o mestre Mu Lau, o pequeno Xun Li entra em casa, batendo fortemente seus pés no chão. Kim Jiu, seu avô, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Xun, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado e antes que o avô dissesse alguma coisa, fala irritado: - Avô, estou com muita raiva. Jan Jian não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu avô, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o neto que continua a reclamar: - Jan me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder sair de casa.
O avô escuta tudo calado enquanto caminha até um deposito onde guardava entre outras coisas, um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino, calado, o acompanhou.
Xun vê o saco ser aberto e o seu conteúdo ser derramado no chão e antes mesmo que ele pudesse fazer qualquer pergunta, o avô lhe propõe algo: - Honorável neto, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Jan e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo esse carvão na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
Xun achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços do carvão acertavam o alvo. Uma hora se passou até que Xun terminasse a tarefa. O avô que, entre uma poda e outra, espiava tudo de longe se aproxima do menino e lhe pergunta: - Como está honorável neto se sentindo agora? – Estou cansado avô, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
Kim olha profundamente para o menino, que continua sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhosamente lhe fala: - Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O neto acompanha o avô e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver todo o seu corpo. Que susto! Só conseguia enxergar seus dentes, quando sorria, e o branco dos olhinhos, o resto tudo, estava preto de fuligem, da brincadeira com o carvão.
Kim então, lhe diz ternamente: Meu querido neto caçula, você viu, a camisa quase não ficou suja; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos. Espero que tenha aprendido a lição. Agora, honorável neto vai se lavar e volta aqui.
O pequeno Xun Li sai cabisbaixo, e obedece ao seu sábio avô, lava-se e volta a sua presença: Agora honorável neto vai ao varal, recolhe todo aquele carvão no saco e guarda no deposito. Quando tiver acabado ira descobrir que precisará lavar-se outra vez, depois disso honorável neto poderá ir brincar com seu amigo Jan Jian.
* Crônica adaptada de uma estória antiga, mas pautada em acontecimentos recentes.
Adorei a crônica de hoje. Perdoar é, sem dúvida, o maior favor que fazemos a nós mesmos, pq, como diz o texto, todos os resíduos dos sentimentos ruins ficam sempre em nós mesmos…Eu acredito muito nisso. Um texto bonito e de bom gosto.
Olá Joaquim,
Saber perdoar é um gesto nobre, mas, pedir perdão, reconhecer um erro e entender as consequências do mesmo, com certeza é ainda mais nobre….Que as pessoas que lerem essa crônica maravilhosa, saibam entender que para ser feliz, precisamos ter, acima de tudo, pureza na alma e leveza no espirito, precisamos olhar o próximo com dignidade, carinho e compreensão….
Texto nobre, escritor nobre….tinha de ser!!!!!
pq vc esta repitindo esse texto?
RESPOSTA: Imagine só o motivo!?(JNH)
Conheço você há algum tempo. Fui namorada de um amigo de uma de suas enteadas e sempre achei você um homem surpreendente. Um sujeito que tem cara de HOMEM, dono de um sorriso lindo e um charme irresistível. Inteligente, culto, maduro e ainda por cima um político competente e um escritor sensível… Você há de convir que não combina, não é? Deve Haver alguma coisa errada em relação a você, não acha?
E o que é pior, ainda me escreve um texto desse logo hoje que eu estava com um problema parecido com o do pequeno Xun Li… Da vontade de descobrir teu telefone e ligar pra você pra te convidar pra jantar, pra bater papo, ir para o cinema…
Agora falando serio. Você salvou o meu dia. Vou ligar pra uma amiga minha e perdoa-la e aproveitar e por via das duvidas pedir perdão também.
Um dia, se eu tiver coragem, descubro teu telefone e te ligo pra te convidar pra jantar. Você aceitaria?
Beijo carinhoso,
EU.
Cara EU,
espero que não haja nada de errado em relação a mim. Nadinha mesmo! Até porque não acho que eu seja realmente assim como você me pinta. Gostaria muito que eu fosse, mas prefiro não ser para que também não haja alguma coisa errada em relação a mim como você imagina. kkkkkkk…
Quanto ao texto A importância do perdão ter servido pra aclarar suas idéias, fico muito feliz, realizado mesmo. Esse é o verdadeiro objetivo do escritor. Falar às pessoas. Bom, maravilhoso, sensacional, quando se encontra alguém que nos ouve.
Muito obrigado a você, eu é quem devo agradecer.
PS: Por favor, não provoque, não atice a curiosidade de um duplo sagitariano.
Olá…,
Sorriso lindo,charme irresistível,homem maduro, escritor sensível e ainda convite pra jantar?!?!?
Mesmo sabendo que a concorrência cresce mais do que “curiosidade de sagitariano”, isso é pura covardia, não acha? Ai ai !!! rsrsrsrs……….
Hummm…….o que é isso heim? Blog da paquera??
Eta vida dura essa sua!!! Também, quem manda ser assim tão charmoso!! hahahahaha…..
Desse jeito, vou acabar ficando com ciumes!!!!!
rsrsrsrsrs…….
Realmente os comentários da EU colaboraram muito com o texto de hoje!
A réplica sua foi de igual importância e a tréplica dela então deixou tudo bem claro,esclarecido!
Cuidado…
Perdoar nem sempre é fácil, principalmente qdo vemos todos os nossos sentimentos em relação a alguém que tanto confiamos, caírem por terra tão rápido, depois do muito tempo que levamos para construí-los.Mas faz parte do cotidiano, afinal somos todos humanos, e sendo assim, crescemos(ou ao menos deveríamos) através dos nossos erros, e depois, pode até ser muito difícil juntar os cacos de um sentimento chamado confiança, mas mesmo deixando muitas cicatrizes, dá um sentimento tão bom fazer as pazes, é como se a felicidade nos invadisse após longo tempo de sofrimento ( ainda que nem demore muito para chegar o momento do perdão), portanto melhor do que lutar para perdoar, é descobrir a essência do companheirismo, e como diz meu Rei, o que não mata fortalece (e isso serve para os relacionamentos principalmente).
Obrigada pelo texto, já o conhecia, mas vc adivinha sempre o momento certo de postá-los.Parabéns
Vem cá! De homem nesta tua página só mesmo este “seu Monteiro!? Só mulher comenta o que tu escreve é?
Esse conto pelo que parece honorável escritor foi inspirado em certa querela com CHAO CHIN DECHIO SHÁ. De qualquer maneira serve pra lembrar que pensamentos negativos a outrem nos atingem .
Sr Deputado,
Eu e minha familia somos correligionários seus.
Eu o admiriro muito. Hoje estou desenpregada. Sou Admistradora de Empresa. Era funcionária do BEM-Banco do Estado do Maranhão,que foi Privatizado.
O BRADESCO, com quase 2(dois) anos me demitiu “sem justa causa”, como já aconteceu com quase todos. Peço ao Sr que è o meu Deputado “Humano e justo” um emprego,qualquer coisa. Estou sem nenhuma renda.
Desejo de coração:saude e paz para o Sr e sua familía.
Agradeço muito,
ANA INEZ ARRUDA SILVA
Resposta: Você poderia falar pessoalmente comigo Na ALM? Terça-feira 10 da manhã!? Abraço. JNH.