COISAS DAS QUAIS NUNCA LEMBRAMOS:

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Os Três Reis Magos: O árabe Baltazar: Trazia incenso, significando a divindade do Menino Jesus. O indiano Belchior: Trazia ouro, significando a sua realeza. O etíope Gaspar: Trazia mirra, significando a sua humanidade.

Os Sete Pecados Capitais: Gula. Avareza. Soberba. Luxúria. Preguiça. Ira. Inveja.

Os Sete Sábios da Grécia Antiga: 1 – Sólon; 2 – Pítaco; 3 – Quílon; 4 – Tales de Mileto; 5 – Cleóbulo; 6 – Bias; 7 – Períandro.

As Sete Cores do Arco-Íris: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo: 1 – As Pirâmides do Egito; 2 – As Muralhas e os Jardins Suspensos da Babilônia; 3 – O Mausoléu de Helicarnasso (Também conhecido como O Túmulo de Máusolo em Éfeso); 4 – A Estátua de Zeus, de Fídias; 5 – O Templo de Artemisa (ou Diana); 6 – O Colosso de Rodes; 7 – O Farol de Alexandria.

Os Sete anões da Branca de Neve: 1 – Mestre; 2 – Zangado; 3 – Soneca; 4 – Dengoso; 5 – Atchim; 6 – Feliz; 7 – Dunga.

As Nove Musas da Mitologia Grega: (a quem se atribuía a inspiração das ciências e das artes) 1 – Urânia (astronomia); 2 – Tália (comédia); 3 – Calíope (eloqüência e epopéia); 4 – Polímnia (retórica); 5 – Euterpe (música e poesia lírica); 6 – Clio (história); 7 – Érato; (poesia de amor); 8 – Terpsícore (dança); 9 – Melpômene (tragédia).

Os Dez Mandamentos: 1º – Amar a Deus sobre todas as coisas; 2º – Não tomar o Seu Santo Nome em vão; 3º – Guardar domingos e dias de festa; 4º – Honrar pai e mãe; 5º – Não matar; 6º – Não pecar contra a castidade; 7º – Não furtar; 8º – Não levantar falso testemunho; 9º – Não desejar a mulher do próximo; 10º – Não cobiçar as coisas alheias.

Os Doze Apóstolos: 1 – Simão Pedro; 2 – Tiago, maior; 3 – João; 4 – Filipe; 5 – Bartolomeu; 6 – Mateus; 7 – Tiago, menor; 8 – Simão; 9 – Judas Tadeu; 10 – Judas Iscariotes; 11 – André; 12 – Tomé.
Após a traição de Judas Iscariotes, os outros onze apóstolos elegeram Matias para ocupar o seu lugar.

Os Doze Profetas do Antigo Testamento: 1 – Isaías; 2 – Jeremias; 3 – Jonas; 4 – Naum; 5 – Baruque; 6 – Ezequiel; 7 – Daniel; 8 – Oséias; 9 – Joel; 10 – Abdias; 11 – Habacuque; 12 – Amos.

VOCÊ SABIA?

1 – Durante a Guerra de Secessão, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem nenhuma baixa, escreviam numa placa imensa: “O Killed” (zero mortos). Daí surgiu a expressão “OK”. Para indicar que tudo está bem.

2 – Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre “Pater Putativus”, (ou seja: “Pai Suposto”) abreviando em “PP”. Assim surgiu o hábito, nos países de colonização espanhola, de chamar os “Josés” de “Pepe”.

3 – Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da história: Espadas: Rei David (Israel). Paus: Alexandre Magno (Grécia/Macedônia). Copas: Carlos Magno (França). Ouros: Júlio César (Roma)

4 – No Novo Testamento, no livro de São Mateus, está escrito “é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no Reino dos Céus”. O problema é que São Jerônimo, o tradutor do texto, interpretou a palavra “kamelos” como camelo, quando na verdade, em grego, “kamelos” são as cordas grossas com que se amarram os barcos. A idéia da frase permanece a mesma, mas qual parece mais coerente?

5 – Quando os conquistadores ingleses chegaram à Austrália, se assustaram ao ver uns estranhos animais que davam saltos incríveis. Imediatamente chamaram um nativo (os aborígines australianos eram extremamente pacíficos) e perguntaram qual o nome do bicho. O índio sempre repetia “Kan Ghu Ru”, e, portanto o adaptaram ao inglês, “kangaroo” (canguru). Depois, os lingüistas determinaram o significado, que era muito claro: os indígenas queriam dizer: “Não te entendo”.

6 – A parte do México conhecida como Yucatán vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles chamavam esse lugar, e o índio respondeu “Yucatán”. Mas o espanhol não sabia que ele estava informando “Não sou daqui”.

7 – Existe uma rua no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, chamada “PEDRO IVO”. Quando um grupo de estudantes foi tentar descobrir quem foi esse tal de Pedro Ivo, descobriram que na verdade a rua homenageava D.Pedro I, que quando foi rei de Portugal, foi aclamado como “Pedro IV” (quarto). Pois bem, algum dos funcionários da Prefeitura ao pensar que o nome da rua fora grafado errado, colocou um “O” no final do nome. O erro permanece até hoje. Acredite se quiser.

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Atendendo um pedido.

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A importância do perdão

Aconteceu em Yecheng, um remoto vilarejo entre a cordilheira do Himalaia e o deserto de Takli Makan, na China Imperial, por volta do ano 600 depois de Cristo: Após a aula com o mestre Mu Lau, o pequeno Xun Li entra em casa, batendo fortemente seus pés no chão. Kim Jiu, seu avô, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Xun, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado e antes que o avô dissesse alguma coisa, fala irritado: “- Avô, estou com muita raiva. Jan Jian não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim para ele”.
Seu avô, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta, calmamente, o neto que continua a reclamar: “- Jan me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder sair de casa”.
O avô escuta tudo calado enquanto caminha até um deposito onde guardava entre outras coisas, um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino, calado, o acompanhou.
Xun vê o saco ser aberto e o seu conteúdo ser derramado no chão e antes mesmo que ele pudesse fazer qualquer pergunta, o avô lhe propõe algo: “- Honorável neto, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Jan e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo esse carvão na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou”.
Xun achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços do carvão acertavam o alvo. Uma hora se passou até que Xun terminasse a tarefa. O avô que, entre uma poda e outra, espiava tudo de longe se aproxima do menino e lhe pergunta: “- Como está honorável neto se sentindo agora? – Estou cansado avô, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa”.
Kim olha profundamente para o menino, que continua sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhosamente lhe fala: “- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa”.
O neto acompanha o avô e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver todo o seu corpo. Que susto! Só conseguia enxergar seus dentes, quando sorria, e o branco dos olhinhos, o resto tudo, estava preto de fuligem, da brincadeira com o carvão.
Kim então, lhe diz ternamente: “– Meu querido neto caçula, você viu, a camisa quase não ficou suja; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos. Espero que tenha aprendido a lição. Agora, honorável neto vai se lavar e volta aqui”.
O pequeno Xun Li sai cabisbaixo, e obedece ao seu sábio avô, lava-se e volta a sua presença: “– Agora honorável neto vai ao varal, recolhe todo aquele carvão no saco e guarda no deposito. Quando tiver acabado ira descobrir que precisará lavar-se outra vez, depois disso honorável neto poderá ir brincar com seu amigo Jan Jian”.

* Crônica adaptada de uma estória antiga, mas pautada em acontecimentos recentes.

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VIII

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A verdade em camisa-de-força.
E você aí
batendo as teclas da máquina
criando obstáculos entre versão e realidade.

OBS: Este poema publicado pela primeira vez na revista Guarnicê em 1984 continua bastante atual.

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Reproduzo abaixo matéria publicada na pagina do jornalista Décio Sá sobre o discurso que fiz hoje pela manhã na Assembléia Legislativa. Mais abaixo você poderá ler a minha resposta.

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Joaquim Haickel e a Operação Navalha

A pretexto de defender o Estado Democrático de Direito e a presunção da inocência, o deputado sarneysista Joaquim Haickel (PMDB) defendeu hoje, em discurso na Assembléia, mesmo sem citar nomes, os acusados pela Polícia Federal na Operação Navalha.

Para a maioria dos presentes, inclusive seus colegas de bancada, imprensa e membros da galeria, Haickel deu mais motivo ao preso José Reinaldo Tavares (PSB) e ao provável indiciado Jackson Lago (PDT) a continuarem com a balela de que estão sendo vítimas de perseguição política.

Enquanto o deputado discursava, coube a seus colegas governistas elogiá-lo colocando, em apartes, a cereja no bolo: usar seu discurso para reforçar a defesa dos envolvidos.

O líder do governo, Edivaldo Holanda (PSL), classificou a iniciativa do deputado de brilhante, pertinente e oportuna. “Estou emocionado. Muita gente é condenada antecipadamente pela mídia (Jackson) sem direito a defesa”, enfatizou o líder.

“Falo do recuo da moralidade e da ética e do conseqüente avanço do estado policialesco e repressor, onde o aparato policial ocupa o espaço que outrora era reservado aos grandes líderes da nação. De algum tempo para cá, só temos visto escândalos e mais escândalos envolvendo as mais ilustres figuras da nação”, discursou o peemedebista.

Aqui cabe uma opinião minha: se a polícia está ocupando o local de grandes líderes, como no caso da Operação Navalha, é porque tais “líderes” estão dando motivo para tal. Nesse ponto, o ex-presidente da Assembléia Tatá Milhomem (DEM) aparteou o colega para dizer que 90% da população apóia as ações da Polícia Federal.

“Se fosse me influenciar por pesquisa não estaria aqui como deputado”, rebateu Haickel. “Quem não deve não teme. Quem está sendo investigado é porque é suspeito”, retrucou Tatá.

Em seu discurso, Haickel afirmou que “o fato do acusado é quem ter que provar que é inocente, embora a lei preveja que a presunção de inocência é uma das mais importantes garantias constitucionais do indivíduo”.

Impressionante como agora, só porque a PF colocou alguns tubarões, bois de raça e lambaris poucos dias atrás das grades, todo mundo – e não é só o caso do deputado em questão – resolveu condenar a polícia.

Por essa visão, o senhor Zuleido Veras, dono da Gautama, que construiu aquelas pontes ligando o nada a lugar nenhum, só deveria responder pelo crime – alguém ainda tem alguma dúvida? – e ser preso ao final do processo, não se sabe quando.

Talvez, como nossa Justiça é demorada, o caso até prescrevesse e ele, sem o susto de alguns dias atrás das grades e a exposição a que foi submetido, continuasse por aí roubando os cofres públicos com o apoio dos ditos “líderes” a que o parlamentar se referiu em seu discurso.

Haickel chega ao ápice de sua análise fazendo o que muitos políticos gostam de fazer: colocar a culpa na imprensa. “A cobertura jornalística de casos sob julgamento pode produzir efeitos danosos para o réu, especialmente se este já é apresentado inapelavelmente como culpado”, discursou.

Nesse ponto, concordo com restrição. Isso só acontece se o trabalho jornalístico for mal feito. Um trabalho jornalístico bem feito, além de ajudar a investigação e o julgamento, pode evitar que o processo seja esquecido na gaveta de algum chefe maior.

Leia aqui a íntegra do discurso de Joaquim Haickel com os apartes dos colegas.
Escrito por Décio Sá em 19/06/07 17:09:00

Carta aberta a Décio Sá e a quem interessar possa.

Caro amigo Décio,

Infelizmente os comentários ao seu blog têm limitação de quantidade de caracteres digitados. Assim fica difícil de esclarecer algumas coisas, mesmo sabendo que alguns jornalistas na verdade não desejam esclarecer absolutamente nada, o que eles querem mesmo é confundir todo mundo e com isso fazer prevalecer a versão dos fatos que mais lhes convém.

Todos que me conhecem sabem que sou uma pessoa aberta ao dialogo, de posições claras e de postura franca. Não sou afeito a fofocas e abomino a hipocrisia. Tenho um histórico de coerência que não será maculado por pressões nem por patrulhamento ideológico das novas Vestais da moralidade.

Imagino que você pelo menos imagine que eu não seja burro. Se não estivesse preparado para criticas não exporia meus pontos de vistas. Se não soubesse das conseqüências e não me responsabilizasse por elas, não tomaria as posições que costumo tomar.

Quanto ao discurso que proferi hoje na ALM, ao qual você não estava presente, discorri sobre algumas coisas que reputo muito importantes para a vida da nação, como o respeito às leis e as garantias constitucionais aos direitos dos indivíduos, sem os quais não pode haver direito coletivo nem democracia.

Mas vamos ao que interessa: Nós bem que poderíamos começar esclarecendo o titulo de sua matéria: “Joaquim Haickel e a operação navalha”, que me lembra muito os títulos das matérias do Jornal Pequeno de alguns anos atrás. Pura apelação, e ainda por cima ruim.

Quem for ler, e são muitos os seus leitores, a principio pode até imaginar que eu tenha alguma coisa a ver com a tal cortante operação, mas bastará um minutinho para o desavisado leitor entender o que realmente aconteceu. É que eu defendo uma posição filosófica e ideológica que clara e simplesmente desagrada ao nobre escrevente. Portanto as suas criticas ao meu discurso de hoje se devem exclusivamente ao fato dele não coincidir com os seus interesses políticos e eu não sou agente de seus interesses políticos, meu caro.

Além do mais não posso imaginar que um jornalista brilhante como você se oponha ao estado democrático de direito. Como a minha posição e o meu discurso não se coadunam com seus interesses, então você resolveu achar que ele não presta, que estou falando besteira, que estou errado. Sem melhores argumentos você chega ao cumulo de dizer que estou defendendo Zé Reinaldo e Jackson e que culpo a imprensa, da qual eu mesmo faço parte.

Exemplo claro do seu modus operandi é o que você achava e dizia do deputado Ricardo Murad antes dele voltar as hostis de nosso grupo político. Ricardo era tido e havido como um monstro, um político da pior espécie. Hoje ele é a régua e o compasso de alguns jornalistas, assim como você. Por essa e por outras, fico reconfortado em saber de suas restrições ao meu discurso, da minha defesa intransigente dos direitos e garantias do individuo previstos no artigo quinto de constituição que tão honrosamente ajudei a fazer.

Nunca falei, nem falaria nada contra qualquer ação que vise reprimir a impunidade e punir a corrupção. Elas são ações indispensáveis para o correto e sadio funcionamento da democracia. O que não admito é que o Estado para implementar tais ações fira direitos fundamentais dos indivíduos e rasgue a nossa lei maior. Isso nunca, senão será o caos. O Estado, neste caso a justiça e a policia a seu serviço, tem que agir na defesa intransigente da sociedade, mas de acordo com os preceitos constitucionais que garantem ao cidadão esta qualidade. O desrespeito aos preceitos constitucionais destrói a função da ação que pretende ser saneadora, e torna-se mais um problema. O maior de todos, a quebra do estado de direito.

Ao contrario do que o nobre amigo imagina, a minha motivação não foi a defesa do governador Jackson Lago ou de meus particulares amigos Ney e Silas. Se a minha posição favorece alguém, isso não é problema meu. Meu problema é defender o que acredito e nesse intento é que ajo.

Algumas coisas me levaram a fazer esse discurso hoje. A primeira foi o fato de semanas atrás ter encontrado no salão verde da câmara federal com o novamente deputado Ibsen Pinheiro, execrado e condenado previamente como fraudador e corrupto e que depois provou sua inocência. Um pouco tarde demais. Ibsen me avistou e veio falar comigo, me cumprimentar. Vi nele as marcar da calunia e da difamação. Foi triste. Honra é como vida, não se repõe.

Outro motivo foi o que se tentou fazer recentemente com o deputado Paulo Neto. Muita gente chegou mesmo a acreditar que ele tinha algum envolvimento na morte do prefeito Bertin, mas parece que está claro que não tem e se tiver ele só poderia ser condenado depois de julgado legalmente, não por antecipação, porque senão, pra que a justiça?

Uma outra coisa me fez pensar muito sobre isso tudo. Vi uma entrevista feita no sul do país, onde o repórter buscava saber de uma senhora qual sua opinião sobre a soltura de alguns presos envolvidos com jogos e caça-níqueis, e ela respondeu que isso era um absurdo, a policia prendia e no mesmo dia a justiça soltava. O que é uma grande inverdade e não apareceu um ancora pra explicar que nesses casos quem prende e quem solta é a justiça, que a policia só cumpre ordens da justiça.

Essa total inversão de valores e tal desconhecimento me motivaram falar desse assunto. Acho que fiz bem.

Cordialmente,

Joaquim Nagib Haickel.

PS: Caro Décio, gostaria muito de lhe agradecer por ter comentado em seu blog o meu modesto discurso de hoje na Assembléia Legislativa. Com isso você aumentou imensamente o alcance de minhas palavras graças a sua grande audiência. Outra coisa, que foto maravilhosa a que você escolheu para ilustrar a matéria! Acho até que fiquei bonito! Mas o melhor da foto foi o detalhe ao fundo, onde se lê a frase “não há democracia sem parlamento livre”, de autoria de José Sarney, seu patrão e meu guru.

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O Via Voice e a revisão.

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Talvez tenha sido este o texto mais complicado que já tentei escrever em toda minha vida. Não pelo tema nem pela forma de abordagem que escolhi, mas devido à ferramenta que pela primeira vez estou utilizando para isso.

Trata-se de um software de digitação por acionamento de voz. Coisinha complicada, essa de ensinar um computador a ouvir e a escrever o que você dita. Em meio a isso ele capta até sua respiração ou mesmo algum som involuntário que você faça como, por exemplo, um espirro, ou o trinitar de um telefone e claro, até mesmo uma conversa paralela que você mantiver com esse estrupício ligado.

Se diz “essa”, e o bichinho aqui entende “peça”. A gente diz “diz”, e o bichinho entende “quis”. Diz “bichinho”, e o “bichinho” entende “Ibsen” (de onde será que ele tirou isso!?), e o que é pior, de repente, sozinho, ele escreve Pinheiro. Imagino eu que ele deva ter a incrível capacidade de fazer análises de semelhanças fonéticas com textos arquivados em bancos de dados vinculados ao Word.

De vez enquando noto que esse instrumento, muito oportunamente denominado pela IBM, de Via Voice, começa a escrever sozinho como se simplesmente psicografasse vozes. Mesmo assim, com todos estes problemas de incompatibilidade de gênios entre este operador que vos fala e esse programa que me escuta e traduz o som de minha voz em letras e palavras no monitor do computador, este software é um grande avanço tecnológico e mais uma importante conquista do incrível espírito empreendedor humano.

Imagine só quantas utilidades o sucesso do desenvolvimento de um projeto como este pode trazer para, por exemplo, pessoas tetraplégicas ou cegas! Ou para as simplesmente inaptas, que como eu, não são boas em digitar um texto!

Mas quando me sentei aqui para escrever, ou melhor, para ditar esta minha crônica, a minha intenção não era a de comentar sobre o Via Voice, mas ele se impôs, me deu tanto trabalho que não teve jeito.

Na verdade gostaria de falar de outra coisa, de algo menos tecnológico. Gostaria de falar sobre a comissão de estudos para adaptação a Constituição do nosso Estado e do regimento interno de nossa Assembléia Legislativa.

Sabedores de que toda lei precisa de tempos em tempos ser revista, esta comissão que é presidida por mim, que tem como vice-presidente o deputado Chico Gomes, como relator o deputado Rubens Junior, e como membros os deputados, Vitor Mendes, Penaldon Moreira, Marcelo Tavares e Pedro Veloso, têm uma tarefa que não é fácil, mas é bastante honrosa e prazerosa.

No caso de nossa constituição, que foi elaborada em 1989 – e já lá se vão 18 anos – ela nunca foi revista nem revisada. Já foi até bastante emendada, mas nunca com o cuidado necessário para se ter incluído em seu texto um dispositivo que há muito tempo já usamos apesar de não estar contido nela: A reeleição para os cargos de governador e de vice-governador de estado.

Há ainda em nossa carta constitucional alusão ao Tribunal de Alçada. Imaginem só!? Estes incríveis absurdos são apenas dois exemplos da grande necessidade do trabalho desta comissão.

Em pior situação está o regimento interno da ALM, que mesmo tendo sido revisado há menos de quatro anos já carece de novos cuidados, tanto no aspecto jurídico, mas principalmente em sua parte lógica.

O regimento é um manual de instruções de um produto inacabado – o ambiente em que se desenrola ou quem sabe, se enrola, o processo legislativo – e por isso mesmo vive sendo constantemente adaptado.

No que diz respeito à constituição, os trabalhos já estão bem adiantados graças ao esforço do relator, que junto comigo levantou esta questão no inicio dos trabalhos desta legislatura, bem como pela indispensável colaboração de um excelente grupo de consultores que nossa casa admitiu através de concurso publico realizado em 2003.

O regimento demandará mais tempo e mais trabalho, pois ele é na verdade um código de relacionamento do poder legislativo. Trata dos trabalhos da Assembléia, das sessões, das comissões permanentes e temporárias, de como os deputados devem se portar no exercício de seu mandato. Trata das atribuições dos cargos funcionais da Casa. Deve tratar de tudo que faz funcionar ou que possa atrapalhar o funcionamento da ALM.

Espero que façamos um bom trabalho e que ele perdure durante bastante tempo.

PS: Todo este texto foi ditado no programa Via Voice, de IBM, mas cá pra nós, novas tecnologias são coisinhas complicadas. Mas é assim que começa. Daqui a algum tempo, essa irá estar tão aprimorada que a próxima revisão da constituição do Maranhão e do regimento interno da ALM será feita com uma geringonça parecida, neta desta, mas que seja mais inteligentinha, tenha ouvidos mais apurado, e seja à prova de operador incompetente como eu.

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Essa me foi mandada por um outro grande amigo, um ex-seminarista, hoje acadêmico, uma pessoa sem igual.

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Caro Haickel… Para arrefecer o dia, veja o que me repassaram. Por sinal, essa piada impôs-me uma regressão aos meus tempos de seminário. Abraços.

Uma senhora muito distinta estava em um avião vindo da Suíça.
Vendo que estava sentada ao lado de um padre simpático, perguntou:
“Desculpe-me, padre, posso lhe pedir um favor?”
“Claro, minha criança, o que posso fazer por você?”
“Eis o problema: eu comprei um novo secador de cabelo sofisticado, pelo qual paguei muito dinheiro. Eu realmente ultrapassei os limites da
declaração e estou preocupada dele ser confiscado na Alfândega. Será que o senhor poderia levá-lo debaixo de sua batina?”
“Claro que poderia, minha criança, mas você deve saber que eu não posso mentir.”
“O senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa que eles não lhe farão nenhuma pergunta”, e lhe deu o secador.
O avião chegou a seu destino.
Quando o padre se apresentou à Alfândega, lhe perguntaram:
“Padre, o senhor tem algo a declarar?”
“Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a declarar, meu filho”, ele respondeu.
Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:
“E da faixa da cintura para baixo, o que o senhor tem?”
O padre respondeu: “Eu tenho um equipamento maravilhoso, destinado ao uso doméstico, em especial para as mulheres, mas que nunca foi usado”
Caindo na risada, o fiscal exclamou:
“Pode passar, Padre! O próximo…”

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Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Planejamento

Um dia um garoto de 12 anos entra num bordel arrastando um gato morto por um barbante.

Ele coloca uma nota de 50 no balcão e diz:

– Quero uma mulher!

A cafetina, olhando para ele, responde:

– Você não acha que é um pouco jovem para isso?

Ele baixa uma segunda nota de 50 no balcão e repete:

– Quero uma mulher!

– Tá certo, – responde ela. Senta aí que vem uma dentro de meia hora.

Ele põe outra nota de 50:

– Agora! E ela tem que ter gonorréia!

A cafetina começa a perguntar por que, mas ele deixa mais uma nota de 50 e repete:

– Gonorréia!

Alguns minutos depois chega uma mulher. Eles sobem a escada (ele arrastando o gato morto). No quarto ela faz seu trabalho… Quando eles estão saindo, a cafetina pergunta:

– Tudo bem, mas por que você queria alguém com gonorréia?

– Quando eu voltar para casa, eu vou transar com a babá, e quando o papai voltar para casa, ele vai levar a babá para casa dela e vai transar com ela. Quando ele voltar para casa, vai transar com a mamãe e amanhã de manhã, depois que o papai sair para o trabalho, a mamãe vai transar com o leiteiro. O leiteiro é o filho da puta que atropelou meu gato!!

ENTENDERAM O QUE É PLANEJAMENTO?

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A travessia

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No começo dos anos 20, nos tempos de Rondon, havia pelas bandas do rio Madeira, ali mais ou menos onde hoje é a cidade de Porto Velho, um cidadão de nome Licurgo Lindoso, um “doutor- pajé” conhecido por seu jeito meio arrogante e falastrão, por seu temperamento espirituoso e vulcânico, e que no fim da vida, nos 70, tornou-se a memória viva daquela região e daquele povo. “Seu” Lico era dono de uma grande fazenda na beira desse que é um dos maiores rios Amazônia, numa região ainda por desbravar. Ele era muito conhecido de todos na região e se gabava de seu raciocínio rápido e certeiro. Certa vez precisando atravessar o Madeira para visitar um doente que morava na outra margem, “seu” Lico procurou um barqueiro e não encontrou nenhum, mas avistou um caboclinho de nome Cursino, cochilando, sentado num tronco de uma árvore e indagou-lhe se havia alguma maneira de ir para a outra margem, com urgência, antes daquela chuva que se anunciava, ao que obteve resposta afirmativa, pois o rapazola possuía um casco velho que ele usava para pescar e poderia atravessa-lo.

Sendo uma longa travessia, doutor Licurgo resolveu puxar conversa com o caboclinho: – A pesca tem sido boa? – Tem sim sinhô! Tem dado uns peixe bom, uns bicho grande! – E você sabia que peixe é animal? – Eu não doutor, pensei que peixe fosse peixe. – Não, peixe é peixe, mas é um animal. Você sabe o nome da ciência que estuda os animais? – Não sinhô! – É zoologia. Por não ter estudado e não saber disso, você perdeu 30% de sua vida.

E continuaram a conversar: – E você sabe o que é aquilo ali? – Ah! Isso eu sei sim sinhô, é um pé de pau! – Coisa nenhuma, isso é uma castanheira, árvore típica da região amazônica.Você sabe o nome da ciência que estuda as árvores? O caboclinho sacudiu a cabeça, negando. – É botânica, e você, por não ter estudado, acaba de perder mais 30% da tua vida.

Lá pelo meio da travessia, um tanto mareado, doutor Licurgo fez outra pergunta ao Cursino: – Você sabe o que é aquela coisa enorme, lá do outro lado? – Sei sim sinhô. É uma predra, respondeu já meio chateado o rapaz. – Você nem sabe dizer o nome certo, você quer dizer é pedra. É mais ou menos isso. Aquilo na verdade é uma rocha sedimentar de aluvião. E você sabe o nome da ciência que estuda as rochas? – Não, respondeu já totalmente desanimado o rapaz. – É mineralogia, e justamente por não ter estudado perdeu mais 30% da sua vida.

Humilhado e indignado, o caboclinho só com 10% de vida, resolveu contra-atacar: – Bom, doutor, o sinhô sabe o que aquilo ali em cima? Imediatamente “seu” Lico responde. – São nuvens carregadas eletricamente que logo, logo, se chocarão, se precipitarão e se transformarão numa forte chuva. – Muito bem doutor, eu mesmo sem ter estudado, mesmo sem saber o que é isso de eletricamente e precipitarão, ai que o sinhô disse, isso eu sei, vai chover e é muito, e é logo. E o sinhô sabia que quando chove muito forte por essas bandas, o rio faz muitas ondas e canoas fraquinhas assim como essa minha costumam virar? – Não sabia, não Cursino. – E o doutor sabe nadar? – Não sei, não! – Então doutor não vai demorar muito e o sinhô pode perder sua vida todinha.

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I

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O sol
ao sul
do quintal.
A oeste
seria a noite
chegando.

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O Segredo.

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Hoje gostaria de conversar um pouco com você sobre o mais novo fenômeno editorial do planeta. Trata-se do livro e do filme baseado nele.

Com toda certeza você já viu um filme ou o leu um livro e ficou com a nítida impressão de que o que estava vendo ou que estava lendo, tinha saído de dentro de você, de sua cabeça, de suas entranhas. Isso já deve ter acontecido com quase todo mundo, pelo menos comigo já aconteceu algumas vezes. A última vez foi há pouco mais de um mês quando em uma livraria dessas de aeroporto, olhei na prateleira um livro chamado e fiquei compelido a comprá-lo.

Durante o vôo passei rapidamente a vista no livro e constatei que o assunto era extremamente interessante. Ao chegar em casa, de madrugada, cansado e com sono, coloquei o livro sobre a minha mesa e esqueci dele por algum tempo, até quando meu amigo Antonio Leda Neto, responsável pelo setor de informática de nossas empresas me perguntou se eu não gostaria de ver um filme que ele acabara de baixar na Internet. Respondi que dependia do filme. E não é que o tal filme não era outro que não baseado naquele livro, que eu havia comprado e não terminara de ler!?

Leda instalou o filme em meu computador e como sou viciado em áudio-visual, vi e ouvi pela primeira vez o filme, antes de terminar de ler o livro. Digo pela primeira vez, porque de lá pra cá já vi o filme e li o livro um montão de vezes e não me canso.

Não sou muito chegado nesse gênero, os tais livros de auto-ajuda, que ao contrario do que muita gente possa imaginar, não é novo, é até bem antiguinho. A primeira vez que vi um desses foi por volta do ano 72 do século passado. O livro chamava-se Como fazer amigos e Influenciar as pessoas e foi escrito pelo americano Dale Carnegie e publicado nos EUA pela primeira vez em 1936.

Acho O segredo um tanto diferente de outros livros de auto-ajuda. Um amigo que também leu o livro e viu o filme, comentou comigo sobre o que ele acha desse tal Segredo, sobre o que realmente ele entendeu dele. Nas palavras desse amigo, o livro e o filme tratam de um assunto que invariavelmente todos nós já comentamos pelo menos uma vez na vida: O pensamento positivo, ou como esta forma de pensar e agir é denominada no livro: A lei da atração.

Em parte até concordo, mas em minha opinião, acredito que chamar a Lei da atração de pensamento positivo é restringir e muito o siguinificado deste postulado. Pelo que entendi, a Lei da atração é o planejamento, a programação que nós fazemos pra nossa vida, no dia a dia. Uma espécie de roteiro feito de palavras, pensamentos, sentimentos e atitudes que definem a nossa agenda de um dia, de uma semana, de um mês, de um ano, de uma vida inteira.

Quando acabei de ver o filme, da primeira vez, tive um acesso de riso e choro, simultaneamente. Pensei que estivesse enlouquecendo. É que faço isso que o livro prescreve desde que me entendo por gente. Aprendi com meu pai, que ao acordar, por volta das quatro ou cinco da manhã, pegava uns cartões e uma caneta, daquelas com quatro cores, e fazia sua agenda do dia, insistentemente, até ela estivesse afinada, em seqüência espacial e temporal, e mais ainda, repetia tanto que chegava quase a absorvê-la, a realizá-la.

Na ultima quinta-feira, numa mesa de bar, conversando com uns amigos, surgiu o assunto do Segredo. E qual não foi a minha surpresa quando uma mocinha linda, branquinha como uma pintura de Boticcelli, uma verdadeira Eva, sagitariana com ascendente em sagitário assim como eu, contou pra todos os presentes que teve a mesma sensação que eu tive ao ler o livro e ver o filme. Além de em boa companhia, fiquei aliviado. Graças a Deus essa sensação não aconteceu só comigo.

Pode ser que alguém não goste dessa minha crônica só porque nela falo de mim, de um livro que li e um filme que vi, das coisas que aprendi com meu pai. Sinto muito, mas não pude resistir ao fato de abordar esse assunto. É que eu precisava de uma deixa para poder dar essa dica para algumas pessoas. Comprem esse livro, ele vai abrir portas e janelas em sua mente e boas oportunidades em sua vida.

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