Maria Rita armava barraca na mureta da Praça Benedito Leite e vendia:
Dois-tão de pernas grossas; duas coxas macias, ancas graciosas e luzidias como as da égua Esmeralda, caso de amor de “seu” Dico.
Cintura de umbigo tufado – culpa da parteira “Dona” Maria José do Bom Parto.
Peitos ainda durinhos, mas já querendo murchar de tanto freguês apalpar.
Pescoço de bailarina, cabelos de espanhola, olhos de moça-virgem e andar de brincar ganzola.
Maria Rita armava barraca e vendia…
Nome de Santa, descrição de tentação, só não entendo porquê ainda montava a barraca, e só espero que não tenha vendido também seu coração.
Olá Joaquim,
O que falar desse poema? Leve, doce e charmoso, talvez até…insinuante!! Acho que todos nós deveriamos ter um pouquinho de Maria Rita na alma, para alegrarmos nossas vidas de uma forma gostosa e singela, mas sempre com um toque de sutileza no ar…. Adorei vc Maria Rita!!!!
Mais uma vez você deu um show! Este seu texto fala de algo tão pesado, seco, duro e árido, no entanto aborda o tema de forma tão leve, suave, sutil e delicada! Meus parabéns! Duvido que possa aparecer alguém que não goste deste texto, que não sei se chamo de poema ou micro conto.
Incrível!Fantástico!Maravilhoso!Não tenho outras palavras pra traduzir o que senti ao ler seu poema.
Péssimo, já foste bem melhor.
muito democrático você. posta comentários a favor e contra. muito bem, pode quem quiser discordar de sua literatura ou de sua política, mas não podem desconhecer o seu espírito tolerante.
Gostei muito do seu blog.
Um abraço,