PADRE-NOSSO

No lugar onde nasci, o padre, três horinhas,
Saía pela sacristia e cruzava a praça Cursino Rabelo
– nome do avô do ex-prefeito.
Toalha branca no pescoço, saboneteira na mão,
quixotesco, ia banhar-se na casa da viúva sibá
– dona da padaria.
Seis horas, já banhado e paramentado, rezava a Missa:
Em nome do pai, do filho e do espírito santo…
“amante”.

11 comentários em “PADRE-NOSSO”

  1. A versatilidade de sua literatura é realmente surpreendente. Você escreve ótimos contos de todas as formas e tamanhos, escreve excelentes crônicas abordando os mais diversos temas, faz poesia lançando mão de tudo que pode… O que ainda há por vir!?

  2. Olá Joaquim,
    Pra vc ver como andam as coisas neste país, até padre em poesia anda pregando mentiras, imagine os governantes, empresários, agente fiscais….Isto é Brasil!!! Mas, como já disse certa vez, “cada um tem o país que mareçe”!! Será isso tbem mentira??Gostei do poema, é bem real. Abraços

  3. Bela poesia deputado. Especial nesse período preparatórioda vinda do papa, que fica arrotando regra de sexualidade, como os Bailes da Pureza, nos Estados Unidos, enquanto os padres se esbaldam no prazer e muitos nos crimes da pedofilia. Quanta dupla moral pra quem quer ditar regras de pureza. Valeu deputado. Sobre o assunto recomendo o artigo dessa mulher maranhense brilhante, a Dra. Fátima Oliveira, que hoje vive em Belo Horizonte, A satanização da seuxalidade humana, que pode ser lido na Tribuna da Cidadania. Ela é uma livre-pensadora de quem temos muito de nos orgulhar
    http://www.tribunadacidadania.com.br/2007/4/10/Pagina738.htm

  4. Sou leitor assíduo de seus artigos (Muito bons), e de suas poesias (nem tanto). Desde que comentei a poesia intitulada “CALMARIA”, espero para elogiar qualquer outra. Não vai ser desta vez.

  5. Adorei o Padre-Nosso. Um pitaco.
    Recomendo: http://www.micronarrativas.com.br/

    O QUE É MICRONARRATIVA

    Comecemos pelo óbvio: micronarrativas são narrativas muito pequenas. Alguns citam Um Apólogo, de Machado de Assis, como um pioneiro deste gênero no Brasil, mas a narrativa do mestre ultrapassa 500 palavras, além de estar inserida num contexto sócio-cultural completamente diferente daquele em que surge e se afirma a micronarrativa contemporânea.

  6. Ilmo. Sr. Deputado Joaquim Haickel, meu nome é Francisco Carlos Melo Muniz, sou filho de Maria José e neto de Donatila Botelho Gomes(fazia bolo lá em Pindaré), e era muito amiga do saudoso seu pai o grande Nagib Haickel, nós somos de Pindaré e o seu saudoso tio José Antonio Haickel é meu padrinho, fui batisado na igreja de São Pedro quando na época ele era o nosso prefeito, depois vim prá S.luis e quando cheguei o meu primeiro emprego foi na grande Meruoca no J.Paulo, hoje moro em Governador Eugenio Barros-Ma e gostaria muito de falar com o Senhor, mesmo que seja por telefone o qual é 99-3564 11-94 (a noite apartir da 19hs) porfavor ligue prá mim, um abraço do amigo de Fé Francisco Carlos

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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