ALGUMAS PALAVRAS ANTIGAS E UMA GRAVATA RUÍDA

Rosto barroco de mulher
refletido
feito fotografia antiga
no vidro fosco
do petisqueiro da cozinha.
Cheiro
papel/plástico
abafado de brinquedo
nos becos
da memória infantil.
Saudade.
Casquete.
Xulipa.
E eu aqui
no meio do mundo
roendo a gravata
babador adulto.

14 comentários em “ALGUMAS PALAVRAS ANTIGAS E UMA GRAVATA RUÍDA”

  1. Estava um pouco ausente da sua pagina, mas não poderia deixar de comentar com você este seu belíssimo poema evocativo da memória e da infância. Você é bárbaro! Mais uma vez parabéns.

  2. Até que eu gosto de suas poesias, são pra cima, alegres, sensuais, diferentes… mas estou com saudades da sua inteligente, coerente e deliciosa prosa. Queremos crônicas!

  3. Ricardo Rodrigues

    Concordo com o Antonio Luis, poucos são os cronistas que escrevem em nossos jornais ou blogs que conseguem como você traduzir os sentimentos e os pensamentos da media das pessoas. Outro dia estávamos eu e uns amigos comentando isso e até alguém brincou dizendo que não compreendia como era que um tão destacado representante da oligarquia Sarney, como você, consegue ser tão coerente, consciente, inteligente e competente. Deve ter algo de errado nisso.

  4. olha uma alma
    essa é das grades
    muito.
    sentimentos
    vaza
    mas evasivos
    Queria eu , uma simples mosquinha pairar nesta alma no momento de concepção

  5. Joaquim Nagib Haickel

    Ana, estava sentindo falta de você e de seus comentários.
    Antonio Luis, estou atravessando uma fase de sublimação. Tenho assuntos demais para abordar, penso demais sobre eles, e na hora de colocar no papel, depois de tanto projetar o resultado fica ou parece ficar pior ou menor do que deveria, ai não publico. Mas isso passa logo.
    Ricardo, gosto de me ver e de me colocar na vida como um cidadão mediano, por isso as coisas que digo e escrevo refletem esta minha forma de ser e de pensar. Quanto ao comentário daquele seu amigo, gostaria de lhe dizer que não pertenço a nenhuma oligarquia e se ele me atribui algumas qualidades repletas de “ente”, só me resta agradecer e pedir a Deus que permita que eu continue assim eternamente.
    Cara Lírica, o momento da concepção é apenas mais um momento. Tem o momento da contemplação, o da reflexão, o da degustação…

  6. Joaquim Nagib Haickel

    Larissa, nada de mulheragem…Mensagem!

    A todas as mulheres do mundo:

    Um único dia reservado a você mulher, é pouco, tendo em vista o tamanho de sua importância em nossas vidas, no nosso dia a dia.
    Todo dia é dia da mulher. Oito de março é apenas um marco comemorativo, uma data para serem especialmente lembradas, louvadas e reverenciadas, estas que são nossas mães, nossas irmãs, nossas esposas ou namoradas, nossas filhas.
    Que vocês, mais do que todas as flores e presentes que possam ganhar nesse dia, ganhem o respeito, o carinho e a admiração que tanto merecem por serem os esteios de nossas vidas.

  7. Deputado, tenho procurado suas crônicas aos domingos no jornal Estado e não tenho encontrado! Estou sentindo falta de seus comentários. Não nos deixe sem a sua visão critica apurada, afinal, neste seu grupo politico o senhor é um dos poucos que se pode confiar.

  8. Me disseram que esse site poderia me ajudar com a tradução de algumas palavras como mademoisseles,janotas,pe-de-alferes

    Resposta: ???

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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