Dois litros (Johnnie Walker) d’água pelo meio – um manchado de batom.
Numa lata de salsichas (Wilson), só duas.
Uma caneca (de alumínio) emborcada num prato. Um talher enrolado num guardanapo de papel. Três fôrmas de gelo (vazias) na prateleira do meio.
Numa frigideira o resto do jantar de ontem (arroz, feijão, ovo, macarrão e salsicha).
Uma panela de arroz tampada com um prato. Uma lata de feijão (Wilson) na porta.
Na gaveta, dois tomates (mínimos), uma banda de limão, um pedaço de cebola e dois dentes de alho.
Os ovos que não foram almoçados ontem estão na fôrma. Da manteiga restou a mantegueira.
Em baixo, na porta, uma lata de óleo (Salada) e duas garrafas de Brahma (cerveja).
O açúcar contra a formiga (e o poeta contra ó mundo?). Leite condensado (Moça?).
1/4 de mamão (família).
Dois parafusos dos pés da geladeira e quatro pilhas (Ray-o-Vac) médias no congelador.
Há também um fusca (desmontado) atrás da geladeira.
Muito interessante!
VERBO
Querer? Querer pra quê?
Se já tiveste todas aquelas
Se já amaste todas essas
Se já enganaste a todas elas.
Querer por querer?
Avalanche de tudo o que poderia
e não se deve e nem saberia
Deslizamento através de um rápido olhar
Querer por querer é capricho.
Querido Joaguim,
Maravilhoso esse texto.Relembrei da minha doce e maravilhosa infância na minha majestosa princesa da baixada a minha saudosa Pinheiro.
A fantática magia de saber escrever é a indiscutível emoção em regatar a emoção e a lembrança inconteste.Você é formidável………
Bjs no coração.
Márcia Soares
Nossa!
Que poema lindo!
Quem o terá inspirado?