Vai procurar…
Feito fantasma vou aparecer…
E o fiapo de alma que levo comigo
assombrará mais
que o espectro que imaginavam
dono de mim.
E nunca foi.
Vai procurar sim…
Como zumbi aparecerei…
Morto vivo,
olhos fixos,
carregando um enorme vazio dentro do peito
estraçalhado por uma saudade estranha.
Saudade daquilo que nunca tive.
Vai procurar,
fantasma ou zumbi,
e vai achar.
Ruim,
vai ser quando
procurar por si mesmo
e descobrir
que tu é quem arrasta correntes,
noite após noite,
no sótão de uma vida
escura
triste
e sozinha.
Que não consegues sequer
refletir um simples brilho de luz
num misero espelho
com o qual passou toda a vida
flertando.
Quem são as inspirações para estes poemas?
É verdade que assim como os compositores, os poetas precisam de uma inspiração (humana)?
Nem sempre Cris. As vezes nem precisamos de uma Musa inspiradora, mas vez por outra aparece uma pra nos dar uma ajudinha.
Estava viajando, fui passar o carnaval em Salvador. Cheguei hoje cedo e já vim ver o que você havia postado hoje e deparei com este poema, que, diga-se de passagem, é dos poucos seus que não acho que esteja a altura de sua capacidade.
Não vai mais escrever? Estou esperando.
Ana, eu também estava viajando, mas ao contrario de você, ao invés de ir pra perto do carnaval, fui para bem longe. Estou chegando e logo, logo vou retomar a publicação normal deste blog.