A Charada do ano

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No primeiro dia do ano fiz publicar na página 2 deste matutino, um anuncio pago cujo titulo era Charada do ano. Paguei anúncios em outros dois jornais. No Diário da Manhã, que por não ter circulado nos dias primeiro e dois, só foi publicado no dia três. E no Jornal Pequeno que estranhamente não publicou o anuncio descumprindo assim seu contrato de veiculação para o qual tenho em meu poder recibo quitado que autoriza a referida mídia ser veiculada no dia primeiro de janeiro de 2007.

Fiz e publiquei tal charada na intenção de chamar a atenção de todos para uma pratica bastante conhecida e que vem sendo usada em nossa terra há muitos anos, em beneficio de poucos e malefício de muitos, e que até agora não teve maiores conseqüências.

O que fiz, fiz para meu deleite pessoal. Para provar que o dito popular é verdadeiro. Um dia da caça, outro do caçador. Um dia da vidraça, outro da pedra. Vejam bem que não estou usando aqui um outro ditado popular, quem com ferro fere, com ferro será ferido. Quis ter meu dia de caçador, meu dia de pedra. E quis de certa forma, fazer com que alguns injuriados, caluniados e difamados, pudessem também o tê-lo.

Não vai aqui nada de pessoal contra o personagem alvo desta brincadeira. Diga-se de passagem, mantenho com seu ventríloquo um cordial e franco relacionamento e espero continuar mantendo, da mesma forma que sempre o fiz cada vez que fui escolhido como alvo de algumas de suas brincadeiras, nem sempre de bom gosto, é bom ressaltar.

Dito isso, cabe agora dizer o resultado da Charada do ano. A resposta correta é: Doutor Pêta! Vejam bem, não é Lourival Bogea, o titereiro, mas seu títere, seu famigerado marionete, Doutor Pêta.

Passo a seguir destrinchar a tal charada.

Comecei pelo celebre O que é, o que é!? de tantas adivinhações de minha infância. Depois entrei na charada propriamente dita: É do reino animal; E é mesmo. Não rasteja como cobra, mas deveria, pois é peçonhento; Isso também é verdade, o Pêta é bem venenoso. Tem cabeça, mas não pensa; Às vezes o não pensar se sobrepõe a sua avidez de escrever, de noticiar, de beliscar um e outro, mas aqui há uma pitada de despiste, porque senão não seria uma charada, né!? Tem chifres; Isso se deve ao fato de seu nome ser Pêta, apelido derivado de Capêta, e o Belzebu tem chifres, pelo menos é o que dizem. Tem um rabinho atrofiado, coisa da evolução das espécies; Verdade pura. Os humanos, no final da coluna têm duas vértebras que sugerem ser um rabo que atrofiou. É fraco; É medroso; É covarde; Aqui foi pra ferir os brios mesmo, coisa que ele faz constantemente com muitas pessoas e usando palavras muito mais pesadas e duras e tão inverídicas quanto essas. É conhecido por mais de um nome; (Será o Capêta!?) Essa foi a dica central, que foi muito pouco observada pelos que se deram ao trabalho de responder a charada. Vive se escondendo atrás da mãe; Isso é pelo fato de que tudo que é publicado pelo Jornal Pequeno acaba recaindo primeiramente sobre proprietária da empresa, sua mãe. E é a presa favorita do verdadeiro rei dos bichos (Todo mundo tem a maior vontade de dar-lhe uns safanões), mas é preservado pela sociedade protetora dos animais (despiste), e pelo bom senso de alguns (verdade verdadeira. Muita gente já chegou bem perto de aberturá-lo, mas o bom senso os impediu. Graças a Deus). O que vem depois foi colocado pra fechar o circulo e despertar interesse nas pessoas: Atenção: As 100 primeiras pessoas que enviarem a resposta correta desta charada, para o e-mail [email protected], estarão concorrendo a um premio surpresa. Não percam essa oportunidade única! No final, todos vão se divertir! Até ele, que não será empalhado! De minha parte garanto que ele não será empalhado e quanto a ele se divertir, espero que ache muita graça, porque foi muito engraçado mesmo e movimentou muita gente durante toda a semana. “Afinal de contas pra que serve um palhaço que não ri e não causa riso!?”

Uma coisa, no entanto, me deixou muito preocupado. De todas as pessoas que responderam à Charada do ano apenas três acertaram.

Teve quem dissesse que era um personagem que o Bicho Terra iria lançar para o carnaval; Teve gente achando que se tratava do Homem, o ser humano; Alguns imaginaram ser uma loja que estava aproveitando o ano novo para causar frisson; Varias pessoas pensaram ser um veado, o animal, enquanto outras, algum viado, um gay. Mas a grande maioria, quase a totalidade, respondeu ser uma determinada pessoa a quem jamais pensei que pudesse se confundir com o Doutor Pêta. Como a Charada do ano não tinha e nunca teve como objetivo atingir tal pessoa, não vou aqui declinar o seu nome.

Por fim, devo esclarecer que o premio surpresa era uma assinatura anual do Jornal Pequeno. Como a pessoa que ganhou o sorteio não quer ser identificada, o mesmo valor lhe seria entregue em moeda corrente, porem achei mais elegante oferecer-lhe uma garrafa do melhor champanhe francês disponível no mercado, afinal de contas, quem acertou tem o que comemorar.

Bem, Feliz 2007 para todos. E que fique aqui uma lição: Um dia da caça, outro do caçador.

Atenção: A tácita metáfora do dito popular acima serve pra todo mundo, viu!

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J’adrore.

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Você já prestou bem atenção nas borboletas!?
Já!?
Então você deve saber que na verdade elas são duas pétalas de flores libertadas de suas hastes pelo vento, que antes de tocarem o chão, se juntam e se transformam nesses maravilhosos seres alados que ondulam suas asas ao sol.
Já sob a luz da lua se transformam novamente, agora em belas e cheirosas mulheres.

Enjoy!

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Dor no ouvido

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A dor maior
não é outra
senão
esse maldito
telefone que não toca.

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Touro, tourada

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Não há flores
nem champanhe
nem beijos
só há teus olhos
tua boca
e tuas mãos.
Há uma estrela
no céu
e um buraco
negro
no pulmão.
Há a espada do toureiro
enamorada
pelo colo perfumado
teu coração.

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Na mente dela de ninguém

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O ombro dele
era o meu
na boca
dela
que é minha.

A boca dele – não a minha –
na dela
Não a beija como a minha
não a morde
não a lambe
como a minha
Como.
minha.

Boca dela
no ombro dele.

A cadela
lembrou de mim.

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Linguagem

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Fala!
Fela!
Fila!
Fola!
Fula!
E o coração dela foi parar na virilha…
Depois caiu para o joelho
Que tremia.

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Vênus

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Pra abrir
teu coração e tua mente
não uso chave
Sirvo-me
de algo melhor
a boca
ardente.

Com a boca
lábios, língua, palavras e dentes
abro muita coisa.
teu coração, tua mente, teu cofre
tua caixinha de jóias.

Coloco tua gaiola no parapeito da janela
te solto
te salto
te assalto.
Roubo-te.
Abro-te
a porta.

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