Maranhão Basquete deixa vitória escapar
Vou começar este meu texto contando uma história. Todos que me conhecem há algum tempo sabem da minha origem no esporte. Já contei isso aqui que desde pequeno carregava a bolsa com as roupas de árbitro de futsal do meu pai. Minha origem esportiva é toda dentro do futsal. Conquistei títulos como atleta e também como treinador. Mas de alguns anos pra cá tive que começar a entender um pouco de basquete, vôlei, judô, natação, tênis de mesa, enfim algumas modalidades que fazem parte dos jogos escolares maranhenses, para poder desempenhar a minha função de coordenador de esportes de uma escola daqui de São Luis. Não que eu seja expert nessas modalidades, mas o tempo me fez aprender muito com os professores que fazem parte da minha equipe do colégio. Regras, esquemas enfim de tudo um pouco para poder ter com discutir sobre cada uma dessas modalidades. Narrei essa história para poder falar um pouco do jogo de ontem à noite entre o Maranhão Basquete e a equipe do São José do Estado de São Paulo.
Pois bem, agora eu acho que posso falar um pouco do jogo de ontem no ginásio Castelinho. A nossa equipe venceu os três primeiros quartos da partida. O último a equipe paulista consegui vencer e levar o jogo para a prorrogação. A partida terminou empatada no tempo normal em 58 X 58. No final da prorrogação de cinco minutos o São José comandado pelas atletas Ciça (acho que é esse o nome dela) e Alexandra (ela é muito grande e forte) venceram por 73 X 70. Até aí tudo bem. Tudo normal. Perder um jogo faz parte de uma disputa. Mas da maneira que foi é que eu acho que deixou a desejar. Nossas atletas em quadra, todas guerreiras, motivadas em vencer a partida. Percebia-se isso delas. Mas em uma equipe profissional a empolgação não deve tomar conta do emocional. Digo isso porque no último quarto quando as nossas meninas conseguiram empatar o jogo e levar para a prorrogação a torcida maranhense deu um show de vibração, de empolgação, de incentivo que deveria ter servido para dar um fôlego maior para nossas atletas e não deixar a empolgação da torcida dominar os nervos de cada uma delas. Tivemos três ou quatro ataques para a bola ser trabalhada e algumas das nossas atletas resolveram decidir por conta própria o destino dessa bola. Arremessos desequilibrados, sem rebotes que geraram contra ataques e pontos para a equipe paulista. Muito experiente a armadora paulista Ciça, com cinco temporadas na Espanha, soube trabalhar bem a bola e ajudar a sua equipe a marcar 15 pontos em cinco minutos. Deixamos escapar uma vitória que estava desenhada para nós. Pontos que no final de uma tabela de classificação poderão fazer muita falta.
Agora é brincadeira o que a nossa torcida esta fazendo. Um show. Quando o ginásio inteiro cantou “EU SOU MARANHENSE COM MUITO ORGULHO E COM MUITO AMOR”, não teve que não se arrepiou. Eu fui um desses. Imagino as nossas maranhenses estrangeiras. Talvez nunca tenham vivido um momento com esse. Talvez não, eu tenho é certeza que elas jamais viram isso dentro de um ginásio de esportes. Isso é coisa de quem gosta do esporte. Isso é coisa de maranhense.