Diz um ditado popular que é apanhando que se aprende. Outro muito conhecido é aquele que se diz que errar é humano, persistir no erro é burrice. E tantos outros mais com o mesmo sentido.
Quando perdemos o jogo para a Alemanha nas semifinais da copa do mundo pelo elástico placar de 7 X 1, todos nós brasileiros ficamos envergonhados dessa sonora goleada. Acompanho copas do mundo desde 1970 e nunca vi uma goleada tão grande entre duas potencias futebolísticas ou mesmo entre campeões mundiais. A imprensa esportiva cobrou por mudanças, criticou esquema tático, criticou a comissão técnica, enfim não sobraram elogios para ninguém.
Quando todos pensaram que a CBF, órgão maior do nosso futebol fosse tomar algumas providências sérias para realmente mudar o nosso planejamento no futebol, eis que ela nomeia o ex – goleiro Gilmar Rinaldi para comandar os bastidores da nossa seleção. Nada tenho nada contra o ex – goleiro campeão mundial em 1994 (era o terceiro goleiro convocado), mas simplesmente o Gilmar tem nos seus afazeres de hoje a profissão de empresário credenciado pela FIFA de jogadores de futebol. Hora, para o bem da moral e da ética, o presidente da CBF jamais poderia ter escolhido alguém que ocupa (ou ocupava) uma profissão como a do Gilmar. Só os mais inocentes acharão que ele deixará de exercer a sua real profissão para virar Diretor da Seleção Brasileira de futebol sem nenhum interesse em futuras convocações. Pode até não acontecer, mas uma provável convocação de algum jogador que não tem o apreço da imprensa ou mesmo da torcida, será taxado de jogador empresariado pelo Gilmar ou até mesmo de interesse dele para que possa ser visto com outros olhos para possível venda para o exterior.
Começou mal essa mudança da CBF. Deus queira que eu e muitos outros estejamos errados para o ressurgimento do futebol brasileiro. Só para concluir, pelo ranking da FIFA o Brasil hoje ocupa o sétimo lugar. Antes da Copa o selecionado brasileiro ocupava a terceira colocação. O sétimo lugar é a pior posição da seleção brasileira em um ranking divulgado imediatamente após uma Copa desde que a lista foi criada, em 1993. O primeiro adversário do Brasil pós Felipão será a Colômbia que ocupa a quarta colocação e a Argentina está em segundo.
Vamos aguardar agora a convocação do novo técnico. Haja coração para mais surpresas.