A padronização dos árbitros brasileiros no futsal e a reciclagem são os grande desafios do diretor de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), Daniel Pomeroy. Para que esses objetivos sejam alcançados, Pomeroy irá participar de diversas palestras ao redor do país, trocando experiências e ensinamentos com os ‘profissionais do apito’.O pontapé inicial do projeto ocorre no sábado (16/2), em Fortaleza. Na sequência, o diretor já tem agendada programação em Salvador (BA) e São Paulo (SP). Ele afirma que já negocia datas com outras federações e espera levar estes encontros para todo o Brasil. Pomeroy também explica o foco das palestras.
“Além de Fortaleza, São Paulo e Salvador já estão definidas. Estamos agora tentando entrar em acordo com a Tocantinense, a Carioca e a Pernambucana. O grande desafio é padronizar a arbitragem, é muito difícil. Por isso que botei pessoas do norte junto com profissionais do sul. A troca de conhecimentos é a coisa mais importante que temos. Às vezes você pode ensinar mil vezes a teoria, mas se o profissional não tiver exemplos na prática pode ser tudo em vão”, diz Pomeroy.
Exemplo a seguir
A metodologia deve ser semelhante ao congresso que ocorreu em Foz do Iguaçu, entre os dias 1 e 3 de fevereiro. Pomeroy cita o sucesso desta troca de experiência com os relatos que a árbitra brasileira Renata Leite expôs durante o encontro. Ela esteve no último Mundial masculino e foi homenageada pela CBFS.
“Nas palestras sempre conto com a ajuda de árbitros locais e de outros estados. Por exemplo posso usar o evento de Foz do Iguaçu. Lá a Renata (Leite), que esteve na Copa do Mundo e inclusive recebeu uma homenagem do presidente Aécio de Borba, participou, além do Michel Bonnaud. Sempre procuramos integrar para transmitir experiências”, pontua o diretor.
Quem participa?
Para poder ter acesso às palestras é preciso ser árbitro ou convidado da Federação que estiver realizando o encontro, conforme explica Pomeroy. Este é mais um desafio para quem já tem uma carreira bastante extensa, inclusive com passagens pelo basquete, campo e até futebol de areia.
“Estou na Confederação desde que foi fundada. Entrei como árbitro e parei, fui diretor de relações internacionais, já trabalhei na parte de arbitragem técnica e depois tive que me afastar, para ficar na Federação do Rio de Janeiro. Mas já fui instrutor também de árbitro FIFA e tive experiências em todos os esportes. Nesses encontros vamos falar de regras e um pouco da parte de ética, pois acho importante tocar nesse assunto”, revela Pomeroy.
Fiquei muito feliz em saber da indicação do Daniel Palmeroy para o cargo de Diretor de arbitragem da CBFS. Primeiramente amigo do meu pai, Samuel Gobel e por isso virou meu amigo também. Conheci Palmeroy na época de Jubs ainda como atleta e depois tive a oportunidade de reencontra-lo nas competições nacionais, eu já atuando como treinador. A Federação Maranhense de Futsal deveria entrar em contato com a CBFS para solicitar a presença do respeitável Daniel Palmeroy para a realização dessas palestras. Não basta só se preocupar com a parte física. O árbitro acima de tudo tem que ter postura e gostar daquilo que esta fazendo. Já dizia Samuel Gobel. Sempre bati na tecla que a nossa arbitragem deveria ter um padrão. Fato que não acontece com os nossos árbitros. Temos bons árbitros, mas precisam sempre estar se reciclando a atuando de uma forma padronizada, coisa que dificilmente acontece nos jogos realizados aqui na nossa cidade. Por isso que há sempre controvérsias em relação a atuações dos nossos árbitros nos jogos de futsal.
Voltando um pouco ao passado, mas precisamente no ano de 1996, me lembro de uma partida valendo vaga para a fase final de uma Taça Brasil entre o Girassol e Sumov (CE). A equipe cearense formada pela base da seleção brasileira e com todo o staf da CBFS aqui em São Luís. Um jogo difícil e arbitrado por Daniel Polmeroy. A partida pegando fogo com o Costa Rodrigues totalmente tomado e com muitas pessoas do lado de fora sem poder entrar para assistir ao jogo. O Sumov abre o marcador e Girassol vira para 2 X 1 no segundo tempo quando faltavam cinco minutos para encerrar a partida. Um torcedor arremessa uma garrafa de água na quadra para paralisar a partida. A torcida toda arremesse copos e latas de refrigerantes. O Diretor de arbitragem, Mário Lopes, ameaça suspender o jogo e vai exigir isso do Daniel. Nisso, com toda a calma e presença de espirito e com toda a experiência possuída ao longo da sua carreira avisa para o Diretor que estava tudo normal e que o jogo seria reiniciado assim que a quadra estivesse em condição de jogo. A partida foi reiniciada com o placar de Girassol 4 X 1 Sumov e a equipe cearense de fora da final da Taça Brasil. Esse fato ficou marcado na história das Taças Brasil de futsal.
Caso haja possibilidade de enviar para mim a filmagem desta partida serei muito grato.
Quem bom te ver por aqui Esquerdinha. Primeiro atleta importado no futsal maranhense por mim.
infelizmente não tenho esse vídeo e não poderei te atender.
um forte abraço.