CBDG acusa Nuzman perseguição e invasão de sua sede no Rio

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Presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), Eric Maleson acusa o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de invadir a sede da entidade que comanda, situada em uma galeria em Copacabana, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2011, e levanta suspeitas sobre uma série de outras ações do órgão que rege o esporte olímpico do país. Tudo isso em entrevista para a primeira reportagem da série ‘No mundo encantado do COB’,

Maleson e Miguel Perez, coordenador técnico da CBDG, revelam um vídeo feito pelo circuito interno de segurança do local que mostra a ação do grupo do COB, liderando por Bernardo Chamis, gerente de materiais e tecnologia da entidade.

A CBDG é a única das 30 confederações com direito a voto no pleito da próxima sexta que não apoia Nuzman, que tenta seu quinto mandato seguido à frente do COB, entidade que foi acusada e admitiu, há alguns dias, o furto de informações confidenciais do Locog, o Comitê Organizador dos Jogos de Londres realizados neste ano de 2012.

Contrário às ações de Nuzman, Maleson iniciou um movimento de oposição com mais dez presidentes de confederações esportivas do país. Os encontros aconteciam às escondidas no Clube Marimbás, no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente da CBDG, Nuzman convocou um por um dos participantes dessas reuniões para encontros particulares. Dias depois, diz Maleson, a entidade dos esportes de gelo começou a receber ligações destes dirigentes anunciando a desistência de montar uma frente de oposição.

A CBDG chegou a ficar sob intervenção, que Maleson classifica como uma das perseguições sofridas por fazer oposição a Nuzman. Ele conseguiu reverter a intervenção na Justiça.

O presidente da CBDG também levanta suspeitas sobre um empréstimo de mais de R$ 77 milhões levantado pelo COB junto a um banco europeu.

“Aqui não consta o nome do fiador, o porquê e para que esse dinheiro e em que país e em que banco este emprestimo foi feito”, diz, mostrando a cópia de um documento que registra a ação financeira.

Maleson também acusa o COB de obrigar todas as confederações brasileiras de terem de fazer qualquer negócio por meio de uma firma de contadores, ECAFF, localizada na Rua Sete de Setembro, no centro do Rio de Janeiro. “Chegando lá, nessa empresa, a ECAFF, eu perguntei quanto vocês cobram pelos serviços. Eles disseram: ‘Olha, se a agente for te ajudar, a gente cobra R$ 4 mil'”, relatou o chefe da CBDG.

Diante da situação, Maleson conversou com o diretor financeiro do COB, Sérgio Lobo, e o informou que tinha o mesmo serviço de contabilidade por R$ 600. Ele diz que ouviu a seguinte resposta de Lobo: “Se vocês não fizerem com o nosso contador, vamos indicar que não temos dinheiro, a gente não libera [o negócio].”

Contraponto

Maleson, que chegou a chorar durante a entrevista, é acusado de abandonar a atleta Fabiana Alves dos Santos após a mesma sofrer um grave acidente durante a disputa da Copa do Mundo de Bobsled, em 2010.

Fonte: Agencia O Estado/reprodução ESPN

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