As estreias do Moto e Maranhão hoje no campeonato de futsal da categoria sub 15 está sendo aguardada com muita expectativa na quadra do Ginásio Guioberto Alves, dando prosseguimento a primeira rodada do Estadual. Duas equipes de tradição no futsal buscam o titulo máximo da categoria buscando o direito de representar o Estado no campeonato brasileiro do ano que vem. O Maranhão estreia às 19h enfrentando a forte equipe do Colégio Santo Expedito vice-campeão no ano passado, também favorita ao titulo. Logo depois será a vez do Moto Club entrar em quadra às 20h para enfrentar o Afasca que volta a participar das competições oficiais da Federação e que também tem a tradição de formar bons atletas do bairro do Anjo da Guarda. Dois grandes jogos que com certeza mobilizará um bom numero de torcedores como ocorreu na estreia do Elmo no ultimo dia 14 que conseguiu uma boa vitória frente ao Colégio Upaon – Açu pelo placar de 5 X 1. Nessa partida o publico presente estimado pela Federação foi de 200 pessoas dentro do Guioberto Alves.

No sábado dando início a segunda rodada haverá três partidas. O Elmo enfrentará o estreante Condesc às 15h. Às 16h será a vez do Santo Expedito enfrentar o Afasca e logo depois o clássico entre O Maranhão e Moto.

É futsal dando início a sua nova fase. Com sua nova casa e prometendo um ano de muitas competições. Volto a bater na tecla de que para a modalidade crescer tem que haver o investimento na base. O futsal é o esporte mais praticado no Estado. Em todos os colégios a pratica dessa modalidade supera todas as outras e infelizmente esses meninos ficam a espera dos Jogos Escolares para poder jogar. O que faz crescer o potencial do atleta são as competições, isso claro no formato e adaptado para cada categoria. Que venham os festivais sub – 09, sub -11 para que possamos ver o futsal de muitas gerações. Realizações como essas não precisam de calendário. Basta o convite por parte da Federação que tenho certeza que as Escolas estarão presentes para apoiar esta iniciativa. Festivais como esses realizados aos domingos com certeza serão de grande aceitação por parte da molecada.

Hoje o Sampaio joga todas as suas fichas para prosseguir na copa do Brasil. O jogo será em Curitiba, às 19h30 com transmissão do Sportv, na Arena da Baixada, caldeirão do Atlético Paranaense, adversário da equipe boliviana.

O jogo de hoje será totalmente diferente do que foi realizado na nossa cidade na semana passada. Naquela ocasião o nosso representante deixou escapar a chance de fazer um bom placar, no mínimo 2 X 0, pois quando conseguiu fazer o segundo gol dominava inteiramente à equipe paranaense e ainda perdeu algumas chances de gol para ampliar o placar. Isso sem contar que no meu ponto de vista no gol atleticano houve uma falha do bom goleiro Rodrigo Ramos.

O esquema de jogo utilizado pelo Sampaio no primeiro jogo foi basicamente os contra ataques, explorando a velocidade do Edgar que apesar de ser bom jogador às vezes o seu individualismo atrapalha algumas jogadas que poderiam ser mais bem aproveitadas por todo o ataque. O técnico do Atlético que não é burro já deve ter montado um esquema para parar a velocidade do atacante maranhense e neutralizar a única jogada utilizada no último jogo. Além disso tudo, o Atlético contará com a volta, isso se assim o seu técnico optar, de cinco bons jogadores que não atuaram na nossa cidade, incluindo aí o experiente Paulo Bayer e o atacante Guerron.

A chance de o Sampaio sair classificado hoje para a segunda fase da Copa do Brasil existe. Se seus atletas entrarem sem medo de jogar e não se abaterem com a pressão da torcida, acredito que a Bolívia querida fará uma boa partida. O importante é não tomar gol logo no início do jogo. Se conseguir segurar o placar até o primeiro tempo à pressão será maior para o Atlético. Se fizer um gol então seria a glória. Aí os atleticanos teriam que fazer mais três. Tenho a convicção que o time está focado. Tenho a certeza que o Sérgio já ditou a cartilha. A chance de alguns jogadores aparecerem para o cenário nacional é esta. Agora que isso não venha atrapalhar ou mesmo inibir o potencial dos nossos atletas. Que o Eloir apareça e chame a responsabilidade do jogo. Que o Cleitinho jogue o que ele sabe jogar e não o que ele pensa que joga. Que o Jhoildo entre seguro sabendo que é a grande chance dele. Que o Rodrigo Ramos passe a segurança que ele sempre passou para os seus torcedores. E que a cabeça do treinador Josué esteja tranquila para que ele desempenhe um bom trabalho.

Estaremos todos ligados na frente da TV para acompanhar o jogo. Vários locais estarão transmitindo para que a torcida mesmo de longe possa transmitir um pensamento positivo para a equipe.

Da caderneta ao computador, futsal amador em SP tem mais de 2.000 jogos por semana

Em 1982, Wilson Dragonette, o Batalha, estava desempregado. Resolveu, então, aceitar o convite de um amigo e aparecer uma quadra de futebol de salão na Mooca. Apitando as peladas do local, ele conheceu jogadores e técnicos. Foi então que uma pequena caderneta entrou em cena.
“As pessoas estavam sempre buscando um time para enfrentar. Como o Batalha estava sempre por lá, os amigos foram pedindo para marcar os jogos. Ele anotava o nome do time, o endereço da quadra e os horários em que o pessoal jogava. Registrava tudinho na caderneta. Tenho guardada a caderneta até hoje”, lembra Cecília Franchini Dragonette, mulher de Batalha, que morreu em 2011.
Foi assim, a partir da caderneta do Batalha, que nasceu um dos maiores fenômenos do esporte amador brasileiro. A Liga do Batalha, como ficou popularmente conhecida a Batalha Promoções Esportivas, é apenas uma das muitas empresas que atuam no setor de marcação de jogos na cidade de São Paulo.
E o mercado para isso é enorme: hoje, pelo menos 2.000 jogos amistosos são marcados a cada semana, envolvendo um volume incontável de atletas. Só o Batalha tem quase 1500 times de futsal ativos jogando a cada semana. Outra empresa que atua no mercado, a FutLiga, tem mais 500. Entre esses times, a grande maioria tem dois quadros, fazendo com que cada duelo marcado envolva duas partidas.
“A prática do futsal é muito grande. Antes, São Paulo tinha muitos campos de várzea. Agora, a cada esquina você tem um ginásio, uma quadra. Só contando atletas federados, são 8 mil. O número de pessoas que jogam o esporte, então, é muito maior. Pela Federação Paulista, além dos campeonatos oficiais, temos torneios abertos. Mas serviços como o do Batalha acabam entrando em uma área em que a Federação não atua”, diz José Carlos dos Santos, vice-presidente técnico da Federação Paulista.
O serviço de marcação de jogos não poderia ser mais simples. O cadastro de uma equipe tem o dia da semana e horário em que ela está disponível para jogar e se tem uma quadra própria. Quem tiver, pode receber os amistosos. Quem não tiver um local próprio, joga apenas com visitante. A partir daí, quem faz o trabalho é a empresa, que monta a tabela de jogos após tabular os dados.
“No começo, a coisa era por telefone mesmo. A gente tinha os dados dos times, cruzava horários e dias dos jogos e ligava para as equipes para marcar as partidas. Às vezes, eram duas, três ligações por jogo”, lembra dona Cecília. “Hoje, o serviço já está informatizado. Mas muita gente ainda prefere ligar”.

Mais nova, a FutLiga foi a primeira a informatizar a marcação. “Nós já éramos uma empresa de informática e tínhamos a tecnologia de banco de dados. A idéia veio do meu sócio, que joga futsal e tinha dificuldades para marcar as partidas. Resolvemos montar o serviço. Praticamente não temos contato via telefone”, fala Ângelo José Segatti, diretor comercial da empresa.

“O site é a própria ferramenta, é o banco de dados. O time informa que é mandante e joga de sábado. O sistema faz a pesquisa e convida um time que joga como visitante aos sábados. O site estrutura tudo isso e dispara um convite. Se for aceito, o sistema já marca a partida. Os usuários têm autonomia total”, completa.

FUT LIGA TEM ATÉ TORNEIO DOS CAMPEÕES
Uma das atrações do serviço prestado pela FutLiga é o Torneio dos Campeões, que envolve os 32 melhores times da temporada anterior. Como o sistema, além de marcar as partidas, armazena os placares (informados pelas próprias equipes), ao final do ano a temporada sempre tem seus vencedores.

“É como se fossem as finais do campeonato anual. Os times são convidados, pagam uma taxa de inscrição e nós fornecemos a quadra e os juízes”, conta Ângelo Segatti. O torneio de 2012, inclusive, terminou no último domingo.

BRIGAS E W.O GERAM MULTAS PARA TIMES
• No mundo do futsal amador, algumas coisas não são aceitas. Times que costumam se envolver em brigas, por exemplo, ficam marcados e têm dificuldade maior de encontrar adversários. Quem não aparece para jogar, também.

“Existem regras. Apesar de ser brincadeira, os times levam muito a sério. Sempre que alguém dá W.O., é multado, com pena em dinheiro e perda de acesso ao site. Essa multa vira reembolso para o adversário. Segundo nosso banco de dados, 5% dos times não aparecem”, diz Ângelo Segatti, da Futliga.

“Temos controle dos times. Sabemos quem são os mais briguentos e colocamos uma observação na ficha. Controlamos os W.O., multamos quem falta a jogo e exigimos explicações. Quem é punido, pode pagar uma taxa ou fica um período sem jogar pela Liga”, diz Cecília Dragonette, da Liga do Batalha.

O W.O., inclusive, é o motivo para muitos times evitarem jogar em casa pelos serviços de marcação. A maioria dos times não é dona das quadras em que atuam, apenas alugam os locais, semanalmente, por duas horas. Por isso, têm de arcar com o prejuízo quando o rival não aparece. Jogando sempre fora de casa, existe a garantia que o adversário, que já bancou o aluguel da quadra, vá aparecer – é bom lembrar que o aluguel costuma ser dividido entre as duas equipes.

Por Bruno Doro
Uol

Terminaram na última sexta feira o prazo de inscrições para o campeonato de futsal na categoria sub -20. Parece que as equipes da capital não estão muito interessadas nessa categoria, haja vista que somente o Internacional se inscreveu para a disputa. A cidade de Balsas com o SEB e o K10 e a cidade de Açailandia com o MEC completam os postulantes ao titulo máximo da categoria que disputará a referida competição. O campeão terá o direito de representar o Estado no brasileiro do ano que vem. No próximo dia 14 haverá uma reunião na sede de Fefusma, localizada no Ginásio Guioberto Alves, no Bairro de Fátima para que seja decidido a formula de disputa e a data do início da competição.

É muito preocupante o posicionamento das equipes filiadas da capital em não ter o interesse de disputar uma competição como essa. Os dirigentes no meu modo de pensar estão com um planejamento totalmente errado. Agindo desta forma nos leva a crer que esses atletas que hoje disputam a categoria principal serão eternos. A renovação não passa pela cabeça desses dirigentes? O descobrimento de novos valores só não acontece aqui no nosso Estado? A diminuição dos custos em relação à folha de pagamento não diminuiria com a descoberta desses novos valores? Ou será que essas equipes não querem ter o trabalho de formar novos atletas esperando que alguém faça para depois contratar? São questões para serem discutidas.

Sabemos que existem professores formadores de bons atletas. Que já trabalham com esses meninos há muito tempo. Que esses meninos ficam na expectativa de poder disputar uma competição oficial. Temos bons atletas que disputaram o último Jems e que estouraram a idade que poderiam continuar jogando. Porque não aproveitar e colocar para jogar. Depois alguns corneteiros ficam dizendo que não existem competições para serem disputadas. A renovação tem que acontecer. Tive um exemplo agora com a vinda da Seleção Brasileira na nossa cidade. Dois ou três atletas da nossa seleção só não saíram por causa da idade. Infelizmente a realidade é essa. Um campeonato estadual sub – 20 só com quatro equipes e sendo três do interior é realmente vergonhoso. Vergonhoso para quem trabalha com o futsal, pois fica transparecendo que os técnicos e professores estão acomodados e satisfeitos com a sua situação. Eu quando ainda era treinador ficava o tempo todo cobrando da Federação as competições. Meu objetivo não era ser campeão estadual e sim disputar uma competição nacional. Dizia para meus atletas que o estadual era somente uma passagem para o brasileiro. Lá sim nós teríamos a oportunidade de aprender e adquirir novos conhecimentos. Parece que isso não enche mais os olhos dos nossos atletas e treinadores.

A Federação Maranhense de Futsal vai dar início ao seu calendário de competições já a partir do dia 14/03 com a abertura do Campeonato Maranhense sub 15. Ao todo são sete equipes inscritas que através de sorteio foram divididas em dois grupos. No primeiro turno os grupos jogam entre si classificando os dois melhores de cada grupo para as semifinais. Já no segundo turno jogaram as equipes do grupo A contra as equipes do grupo B, sendo que os dois melhores de cada grupo jogaram as semifinais. Caso uma mesma equipe vença os dois turnos será declarada campeã maranhense da categoria e terá o direito adquirido de disputar a Taça Brasil sub 15 do ano de 2013. Havendo dois ganhadores distintos nos turnos haverá uma única partida para ser declarado o campeão.

Todas as partidas serão realizadas no Ginásio Guioberto Alves. Casa permanente do futsal maranhense, o ginásio foi todo reformado pela SEDEL e entregue à Federação. Portanto o futsal não terá mais problema quanto ao local dos seus campeonatos.

Grupo A – Elmo, Colégio Upaon-açu e Condesc

Grupo B – Col. Santo Expedito, Maranhão Atlético Clube, Afasca e Moto Club/Sentinela

A primeira rodada já esta definida e jogarão no dia 14/03 às 19hs as equipes do Elmo X o Colégio Upaon-açu. Já no dia 16 completando a rodada entrarão em quadra no primeiro jogo às 19hs as equipes do Colégio Santo Expedito X Mac e logo depois às 20hs será a vez do Afasca enfrentar o Moto Club/Sentinela.

O lado positivo é a volta do Afasca nas competições oficiais da Fefusma. Estou sentindo a falta da Estrelinha Bom de Bola que tem um trabalho de base muito bom e da equipe do SEB da cidade de Balsas que poderia também esta nessa competição. Agora é tarde para se arrepender. O Campeonato está aí e quem ficou de fora só no ano que vem. Esse alerta serve para as outras competições que estão para começar como é o caso do sub 20. Ainda a tempo de procurar a Federação e fazer as suas inscrições. A sede da Federação agora esta localizada no próprio ginásio Guioberto Alves.

Fui ao jogo ontem do Sampaio contra o Atlético (PR). Vi o time maranhense bastante empenhado em conseguir a vitória logo nos minutos inicias da partida. Tanto é que aos 5 minutos já estava vencendo o jogo pelo placar de 1 X 0 com um belo gol do Edgar. Da maneira que o time boliviano estava se postando em campo a torcida acreditava que viria uma grande vitória. Tanto é que logo depois numa bela cobrança de falta o placar foi aumentado para 2 X 0. Tudo muito bem desenhado, o Sampaio jogando nos contra ataques e criando ainda algumas boas oportunidades de gol. Com 2 X 0 o torcedor já estava imaginando o jogo de volta e na vantagem que a equipe maranhense teria.

Alguns fatos me chamou a atenção nesse time do Sampaio;

• A equipe nitidamente joga nos contra ataques explorando a velocidade e habilidade do Edgar. Isso é notório.

• Esse mesmo jogador estando nesta condição se torna muito individualista e às vezes chega até a prejudicar o contra ataque criado por sua equipe.

• O Eloir grande articulador da equipe, pelo menos nesse jogo se escondeu o tempo todo. Poderia ter sido mais útil.

• Nos escanteios a favor do time Atleticano todo o time do Sampaio volta para a sua grande área para marcar deixando assim a oportunidade do contra ataque quase zero.

• Pelo menos nesse jogo, o banco do Sampaio não pareceu à altura dos atletas titulares. Os que entraram não contribuíram em nada para a equipe. Principalmente o Jéferson que tem pinta de jogador, mas não demonstrou isso ontem. A equipe no segundo tempo, principalmente depois da expulsão do Fabrício, caiu muito de produção e cansou. Os que entraram não deram conta do recado. O Edgar pelo seu individualismo e pela canseira que deu aos defensores atleticanos, saiu esgotado de campo.

• Os dois laterais, Deca e Arlindo Maracanã foram os nomes do jogo. Principalmente o Arlindo que fez uma grande partida.

• Achei que o goleiro Rodrigo falhou no gol atleticano. Uma bola defensável para o nível do goleiro boliviano. Além do que, transpareceu para o torcedor que ele não estava numa noite segura, soltando algumas bolas fácies que foram em direção ao seu gol. Mas devemos levar em consideração que a bola estava pesada devido ao campo encharcado o que dificulta a defesa do goleiro.

• De uma ingenuidade total a expulsão do zagueiro Fabrício. Primeiro pelo cartão amarelo tomado na primeira etapa por retardar o andamento do jogo e segundo numa falta boba, merecedora de cartão feita no meio de campo sem que a jogada levasse perigo algum para a meta boliviana. Prejudicou muito a sua equipe e com certeza deve ter levado uma bronca da comissão técnica e direção do Clube.

É diante desses fatos acho que a vitória por 2 X 1 do Sampaio acabou sendo justa, mas o placar se torna perigoso para o jogo de volta. Com uma vitória simples lá em Curitiba o Atlético continua na competição e o Sampaio sai. O treinador boliviano terá muito que pensar de como atuar na casa do adversário. Eles já perceberam que o contra ataque boliviano é perigoso. Sendo assim o Sampaio precisa armar uma estratégia para surpreender e não depender somente do Edgar para poder sair de lá com a sua classificação para a segunda fase da Copa do Brasil. Não podemos esquecer que o Atlético jogou desfalcado de duas das suas principais estrelas. O veterano Paulo Bayer e o atacante Guerron.

Não poderia deixar de falar do público e do acesso ao estádio. Muito boa a estratégia usada ontem para se chegar ao estádio. O acesso para a Praça Catulo da Paixão feito somente por pedestres foi fundamental. A segurança da policia militar também funcionou de maneira satisfatória. Agora o torcedor compareceu, mas não foi da maneira que todos esperavam talvez pelo custo do ingresso. Agora isso só diz respeito à direção do Sampaio.

Futebol pode ter sete mudanças na regra em votação já neste sábado

Sete regras podem ser incorporadas ao futebol em julho deste ano. A Fifa e a International Board (IFAB) vão ser reunir neste sábado em Surrey, na Inglaterra, para votar as mudanças (veja abaixo). Quem sugeriu as leis foi uma força-tarefa liderada por Beckenbauer, e que tem Pelé como vice-presidente. O principal objetivo é tentar aumentar o jogo limpo.
Mas uma das mudanças não sugere isso totalmente. Atualmente, quando um jogador paralisa um lance de clara situação de gol, é expulso. A força-tarefa sugere que isso acabe. Para o ex-árbitro José Roberto Wright, um absurdo.
– A Fifa diz que há tripla punição (pênalti, expulsão e suspensão), o que é correto. Vai voltar àquele anti-jogo, quando o jogador agarrava o outro para parar a jogada – explica Wright ao LANCE!NET.
Outra proposta que causa discussão é a obrigatoriedade do cartão amarelo em qualquer pênalti, seja qual for a gravidade de infração.
– É coerente. O defensor impediu o adversário de finalizar, ou de fazer uma jogada de linha de fundo, nesse caso, eu acho que é válido. É a falta mais grave do jogo, que é a penalidade máxima – acredita.
Exemplo de um lance de expulsão quando o infrator é o último homem:

SEM FAIR-PLAY

Wright fazia parte da comissão de arbitragem, e discorda totalmente de que essas novas regras, principalmente a do último homem, vá aumentar o fair-play. Pelo contrário:
– O ponto crucial é a retirada do cartão vermelho para o último homem. Eu me dou bem com o Beckenbauer, mas essa mudança não vai melhorar, vai piorar o jogo limpo.
Para definir uma mudança, são necessários seis dos oito votos. A Fifa tem direito a quatro, e a IFAB tem o restante, um de cada país membro (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).

WRIGHT SUGERE LATERAL COM O PÉ

Apesar de saber da dificuldade, José Roberto Wright defende mais duas propostas nas regras do futebol, e que mudariam bastante a dinâmica do jogo. A primeira delas seria a cobrança do lateral com os pés, como no futsal.
– Seria mais uma chance de colocar a bola lá dentro, cobrando da defesa, principalmente. Nas mesmas situações, sem impedimento, indireto, e só com o pé, sem a opção de cobrar com a mão. Vai criar chances de gols – defende o ex-árbitro.
A segunda seria a entrada do segundo árbitro em campo. Não um em cada metade, pois não daria uma segunda visão do lance, mas ambos correndo juntos, como no basquete. Wright explica que isso foi testado na Itália, mas que não deu certo.
– Foi um fracasso, mas porque ambos queriam mandar mais, eles precisam ser entrosados. Seria uma boa medida com certeza – conclui Wright.

AS PROPOSTAS

Substituição extra

Atualmente são permitidas apenas três substituições durante uma partida de futebol, mesmo com prorrogação. A mudança prevê uma nova troca de jogadores, caso haja um tempo extra. Seria a quarta substituição no jogo.

Mais jogadores

Um banco de reservas é composto por sete jogadores. Não há obrigação de preencher totalmente o grupo. Para dar mais opções aos treinadores, a Força-Tarefa sugere que até 12 jogadores possam compor a lista de suplentes.

Último homem

Se o jogador está em situação clara de marcar o gol e é impedido de forma ilícita, o infrator é expulso. Acaba a obrigatoriedade de dar cartão vermelho ao defensor. É a medida mais polêmica destas mudanças.

Cartão amarelo em pênalti

Quando um jogador comete um pênalti, o cartão amarelo é dado ou não de acordo com a gravidade da infração. Ao marcar o pênalti, o juiz será obrigado a aplicar no mínimo o cartão amarelo, independente da jogada feita.

Bola ao chão

Após o jogo ser interrompido e reiniciado pela bola ao chão, é constituído como um tiro direto. Entra em discussão se continua valendo uma finalização direta para o gol, a regra pode ficar mais complexa.

Véu para equipes islâmicas

No ano passado, a Fifa vetou o uso de véus em times e seleções femininas, que sejam da religião muçulmana. A medida será discutida. A ideia é achar um meio-termo para respeitar a religião, sem atrapalhar o rendimento.
Spray
Já há alguns anos, o spray é utilizado para demarcar o local em que a barreira vai ficar, mas só na América do Sul. O uso do spray é considerado bem sucedido, e pode ser utilizado também em todas as competições.

Spray sendo utilizado:

COM A PALAVRA: José Roberto Wright, ex-áribtro

Neste sábado, a International Board faz uma reunião para estudar novas medidas no futebol. Para o amigo internauta entender, eles têm quatro votos, e a Fifa outros quatro, e são necessários seis para aprovar uma mudança. Sem a Fifa, nada feito. E entre elas, uma aponta para um possível retrocesso. A abordagem de não ser obrigatória a expulsão do jogador que impede, como penúltimo ou último homem, uma situação clara e manifesta de gol. A entidade alega que essa determinação traz uma punição tripla. Bobagem. A medida da expulsão foi fundamental para que brucutus sejam expulsos, e o bom jogo preservado.
Sobre a tecnologia para determinar se a bola entrou no gol ou não, que ficou para julho, serão oito propostas. Na minha experiência, a melhor é a colocação de duas microcâmeras na interseção do ferro da rede com o poste, uma de cada lado, sendo quatro no total. Quando comentava na TV Globo, defendi a medida, uma vez que assistentes podem não ver bolas encobertas. Acho uma bobagem os árbitros atrás dos gols. O custo alto e uma visão diferente, quase sempre não esclarecedores, deverá ser encerrada. Algumas outras alterações de pequena influência poderão ser encaminhadas para a próxima reunião do grupo.

ALGUMAS MUDANÇAS ADIADAS

Duas das regras que mais podem causar discussões ficaram apenas para julho. Com isso, sete mudanças vão ser discutidas no sábado. As que ficaram para depois são sobre os árbitros atrás dos gols, e da tecnologia na linha da baliza para determinar se a bola entrou ou não.
Inicialmente, existiam 13 propostas de tecnologias para deixar claro se o lance foi gol ou não, incluindo o famoso chip na bola, e um projeto que se assemelha o “Olho do Falcão”, utilizado no tênis (sistema que tem dispositivos em posições estratégicas. As combinações dos vídeos em câmera lenta permitem definir a posição da bola com clareza).
– Tem diferenças, até pelos tamanhos das bolas e da maior facilidade de encobrir a bola no futebol, mas o princípio entre os sistemas é semelhante – explica.

GRUPO DIVERSO

Os membros da força-tarefa são: Beckenbauer (ex-jogador e presidente do grupo), Pelé (Rei do Futebol e vice-presidente), Cafu (ex-jogador, capitão do Penta), Bobby Charlton (ídolo inglês), Marina Sbardella (jornalista italiana), os ex-jogadores Albertini, Bwalya, Curkovic, Hierro, Karembeu, Lupescu e Savicevic; a ex-jogadora Hooper; os ex-árbitros Carlos Alarcon, Massimo Busacca e Peter Mikkelsen; os dirigentes Dr. Jiri Dvorak (EUA, especialista em doping), Sunil Gulati (Federação dos EUA), Alex Horne (membro da Federação Inglesa), Lu Tracy (China, do Comitê de Futebol Feminino), Kohzo Tashima (membro da Federação Japonesa) e Theo Van Seggelen (holandês, representante da Fifpro).
Fonte: Lancenet!