A força contra a técnica

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Que o futsal mundial esta numa evolução assustadora isso ninguém pode negar. Falo isso quando vejo países como Ucrânia, Irã, Rússia, Guatemala, Bélgica, Estados Unidos, Republica Tcheca, Argentina, Paraguaio, enfim alguns países que já se destacaram e vem se destacando nas competições que ora participam e evoluindo a cada jogo. O Brasil juntamente com a Espanha consegue manter sua hegemonia. Diga-se de passagem, que a Espanha chegou aonde chegou com o intercambio feito há alguns anos com atletas brasileiros.

Com a evolução do futsal, nossos treinadores começaram a adotar a força como principal recurso para a formação de uma boa equipe. A habilidade e os recursos técnicos foram ficando para trás. Hoje é difícil se ver atletas como Canhoto, João Bala, Djalma, Fifi habilidosos por natureza. Atletas como Cesar Bragança, Biné, Luizinho, Poé que com elegância desenvolviam um grande futebol de salão. Isso falando dos nossos craques. De uma maneira geral não olhamos mais no cenário nacional craques como os cearenses Fernandinho, Caca, Leonel os mineiros Jackson, Paulinho Bomfim e Valmir, os gaúchos Ortiz e Choco, os paulistas Miral e Douglas só para citar alguns. Com esses ai qualquer técnico conseguia juntar técnica com habilidade e um pouquinho só de força.

Acompanhado a Liga de Futsal, o jogo da seleção brasileira recentemente aqui na nossa cidade, da para perceber que a força hoje predomina o futsal nacional. O atleta habilidoso, inteligente esta perdendo espaço para o brucutu. Não aquele que da pancada, mas aquele que fica fungando no cangote do adversário o tempo todo. Esse sim é o craque no futsal de hoje. Com a exceção do Falcão, hoje os treinadores brasileiros preferem aquele que marque, corra e que consegue jogar no erro do adversário. Hoje você não vê uma jogada ensaiada que não seja de bola parada. Hoje você percebe que o atleta driblador, habilidoso fica tolido pelo seu “Professor” de arriscar uma jogada individual. Depois que o Brasil adotou essa maneira de jogar, a Espanha, Ucrânia, Irã, e outros países que evoluíram importando os nossos craques, começassem a dar trabalho nas competições internacionais.

Está em andamento o campeonato maranhense da categoria sub 15. Que os nossos professores procurem refletir sobre isso. A habilidade e a técnica nunca pode superar a força. Deixem os seus atletas habilidosos jogar. Procurem dentro de um esquema, protegê-los de uma possível falha, dando-lhes cobertura no momento que precisar. Concordo que esse atleta também tenha que correr e marcar, mas que a habilidade, inteligência e técnica têm que sempre prevalecer. Aquela equipe que possui atletas com essas qualidades já começa ganhando qualquer jogo. Isso eu tenho certeza. O futsal pode evoluir do jeito que for, mas a arte e a técnica estarão sempre no primeiro plano.

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