Começa hoje o Campeonato Brasileiro sub 17 da segunda divisão de futsal na cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas.
O Maranhão terá como seu representante a equipe do Moto Club de São Luis que fará sua estréia amanha contra a equipe do Asmal/Rodogarra, donos da casa. A equipe motense adquiriu a vaga por ter sido campeão na categoria no estadual do ano passado.
É muito bom poder contar com um representante maranhense em mais uma competição nacional. Agora acho que não basta participar. Hoje nosso futsal chegou num nível que já temos a obrigação de nos prepararmos com qualidade para essas competições. Não podemos estar só por estar participando. Temos que vislumbrar títulos e respeito que outrora tínhamos quando participávamos em outras competições.
Acreditar é palavra chave e treinamento e dedicação completa a receita do bolo. O exemplo disso é o Maranhão Atlético Clube que recentemente conquistou a Liga Norte. O Mac saiu daqui como a grande zebra. Sua diretoria acreditou. Deu condições aos seus atletas. O técnico passou toda a sua confiança aos seus comandados, fechou o grupo e desbancou a equipe paraense que já havia conquistado por várias vezes consecutivas o título de campeão da Liga Norte. Outro exemplo recente foi à conquista do Colégio São José no futsal feminino nas Olimpíadas Escolares que terminou neste último domingo, tendo sua goleira convocada para a seleção brasileira da categoria. É bom ver o nosso Estado no topo do pódium.
É de conhecimento de todos que acompanham o futsal que não deixamos a desejar em nada no quesito material humano. Pelo contrário, até exportamos bons jogadores para outros estados e que se tornam destaque nas competições nas quais participam.
O que precisamos mesmo é a participação de todos os treinadores edirigentes, que por sinal temos aí uma boa safra, no que diz a troca de informações. A conversa buscando as melhores soluções para determinadas situações de jogo. A melhor maneira de treinar o ataque, a defesa. O melhor sistema de jogo, enfim uma troca de idéia para o crescimento do nosso esporte. Isso não quer dizer que vamos dar o ouro ao bandido. Cada um tem a sua metodologia de trabalho e sua maneira de passar essas informações a sua equipe. Mas uma boa troca de idéias só faz crescer a nossa modalidade que está numa fase boa de organização e realizações de competições, coisa que não tínhamos até a pouco tempo atrás.
Não podemos deixar acontecer o que aconteceu agora com o Moto Club. Até a uma semana antes da competição os atletas que treinaram e se dedicaram dentro das suas reais condições, não sabiam se iriam ou não para o campeonato, por pura falta de condições financeiras do clube o qual eles representam. Aí tem que entrar a Federação que na realidade não tem a obrigação de viabilizar financeiramente a participação do seu filiado com transporte e alimentação para a sede da competição. A obrigação da Federação é de providenciar a inscrição e agilizar a parte burocrática da participação do seu filiado. Aí tem que sair pedindo para colaboradores, ajuda financeira para poder estar no local da competição. Já foi o tempo desses procedimentos. Ou se profissionaliza ou não participa.
Temos que deixar de sermos amadores. Um dos motivos que deixei de trabalhar como treinador no ano de 2008, foi justamente a falta de condições oferecidas pelos clubes. Trabalhei na A. D. Mirante, A. D. Girassol e no Moto Club. Quando essas equipes não puderam oferecer o mínimo de condições para a minha comissão técnica e aos meus comandados, deixei de trabalhar. Nessas equipes conquistei todos os títulos que disputei deixando de ser campeão estadual somente no ano de 1988 e 1996. Com um bom planejamento e uma boa estrutura financeira você tem condições de conquistar os títulos com mais facilidade. Se não te oferecem essas condições, é melhor não participar.
Acho que é assim que tem que ser feito. Se estiver certo ou errado sei que aparecerão opiniões divergentes, mas o mais importante é que tenho convicção que estou certo no que diz respeito a essa minha postura.