O mundo da voltas

0comentário

Esse é um ditado que está a todo o momento em evidência e nos mostrando que só o tempo é capaz de nos colocar a prova a competência, o trabalho realizado com seriedade e acima de tudo com o prazer de realizá-lo.
Neste feriado passei de domingo à terça feira acamado. Sabe aquela gripe que não te da vontade de nem abrir os olhos. Foi assim meu feriado. Literalmente deitado. Por um lado foi bom que fiz algumas coisas que não fazia há algum tempo como ficar á frente da televisão, ainda bem que existem os canais SPORTV e ESPN, li o livro sobre a vida do Heleno de Freitas atacante do meu querido Botafogo, enfim procurei ocupar-me da melhor maneira possível.
O que mais me chamou a atenção foram os comentários em todos os programas esportivos sobre a performance do Dunga junto à seleção brasileira. Após um início incabuloso, aí confesso que eu também achava que não iria dar certo, o nosso técnico da seleção quase que virou uma unanimidade. Após a vitória sobre a nossa arquirival Argentina no último sábado e a garantia de estar na África na copa do mundo do ano que vem, Dunga mostrou, ou melhor, provou, para a maioria dos especialistas esportivos ligados ao futebol que o trabalho quando é feito com seriedade e prazer precisa só de um tempo para se provar a competência. Muitos ontem que estavam criticando o Dunga hoje rasgam de elogios ao trabalho do treinador. Temos todo o direito de desconfiar da competência de qualquer profissional, mas nunca subjugá-lo antes mesmo dele ter tempo de provar a sua capacidade. Dunga começou a dar a volta por cima na sua vida desde a sua eliminação na copa do mundo de 1990 quando Maradona arrancou de uma forma extraordinária da sua intermediária defensiva e deu o passe para o atacante Caniggia eliminar o Brasil nas oitavas de final na copa da Itália. E por pura obra do destino quem desenhou a eliminação do Brasil naquela ocasião foi o mesmo que o Dunga encontrou no último sábado tendo o mesmo sentimento de incapacidade ou mesmo de inoperância demostrado por Dunga naquele ano de 1990. O mesmo Maradona que hoje técnico da Argentina pode estar começando a sentir o gostinho de uma eliminação. E uma eliminação muito mais doída. Doída por nem ter tido o gosto de estar numa Copa do Mundo. A era Dunga como assim foi denominado na época, como jogador duro sem técnica e incapaz de estar vestindo a camisa da seleção brasileira começou a dar a volta por cima após aquela eliminação para Argentina.
Ontem depois de um início arrasador o Brasil cedeu o empate ao selecionado chileno. Empate esse que veio após a expulsão e, diga-se de passagem, sem a mínima necessidade de uma entrada tão desleal e dura do bom jogador Felipe Melo. Jogador esse que teve seu nome lembrado por Dunga e criticado por todos por julgarem sem capacidade para vestir a camisa da seleção brasileira. Com a atitude de ontem deve ter levado um puxão de orelha do Professor. Quem se lembra do Ronaldinho Gaucho? E que o Robinho tome cuidado que as oportunidades que o Nilmar teve souberam aproveitá-la sem medo de ser feliz. Mas voltando ao jogo de ontem o nosso treinador demonstrou a sua capacidade nas três substituições que fez e de forma incontestável venceu mais uma partida das eliminatórias.
Agora com a missão cumprida de classificar o Brasil para o Mundial, Dunga e sua comissão técnica terão muito tempo para planejar o desempenho da nossa seleção. Uma coisa tenho certeza. A farra que houve em 2006 não haverá em 2010. A era Dunga voltou e voltou dando a volta por cima, ou melhor, um banho como se diz aqui na nossa terra, em todo mundo.

Sem comentário para "O mundo da voltas"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS