A importância de um bom técnico
Muito se critica uma equipe que não venha obtendo os resultados satisfatórios, seja de futebol, futsal, basquete ou mesmo de voleibol, da permanência ou não do seu técnico. Então o que leva a dispensa do seu comandante mesmo que ele tenha um currículo invejável cheio de títulos e conquistas? Muitos dizem que é mais fácil dispensar o técnico do que dispensar uma meia dúzia de jogadores ou até mesmo a equipe toda.
No futebol ou mesmo no futsal, dois esportes bastante populares e os dois mais praticados no Brasil, com o maior número de atletas registrados nas suas Confederações, é muito comum o técnico sempre levar a culpa nas derrotas do seu time. Por mais competente que ele seja sempre é o primeiro a ser chamado de burro.
Todos nós temos um pouco de técnico dentro da gente. Sempre sabemos as soluções mais cabíveis para acabar com os problemas do nosso time de coração. Para nós tudo é muito fácil. Na nossa cabeça é só tirar fulano e botar sicrano. No futebol, por exemplo, é só jogar num esquema 3X5X2 ou 4X4X2 ou então quem sabe no 3X6X1 para vencermos um jogo, enfim, achamos várias opções para armar uma equipe vencedora com a maior sabedoria e clareza do nosso ponto de vista.
O técnico além de ter que ser um profundo conhecedor do esporte. Muitas das vezes ele atua como amigo, psicólogo, pai, conselheiro, tendo que ter habilidades para poder manter o grupo sempre focado. Tem que estar cercado de uma boa comissão técnica e principalmente ter confiança nos seus auxiliares para poder desenvolver da melhor maneira possível o seu trabalho. O técnico é um estudioso. Tem que ter estrela. Não basta ter todo esse aparato se não tiver estrela. Técnico tem que ser vencedor, a disciplina tem que estar em primeiro lugar e principalmente ter sorte. A sorte tem que acompanhar o bom técnico.
Nesse final de semana tivemos a oportunidade de acompanhar o trabalho de dois técnicos, ou seja, futuros técnicos. O Jorginho que já vem dirigindo a equipe do Palmeiras no campeonato brasileiro deixa essa semana o comando da equipe dando o lugar para o consagrado Murici Ramalho. Que responsabilidade do Murici. Ele recebe sua equipe em segundo lugar só perdendo a liderança para o Atlético Mineiro. O Jorginho cumpriu se papel e saiu como um verdadeiro técnico sem ainda ser. O outro caso foi o do Andrade do Flamengo. Pegou o time rubro negro num sufoco e acabou vencendo o Santos na Vila Belmiro fato que nunca havia acontecido em uma partida de campeonato brasileiro. O Andrade não é a primeira vez que dirige o Flamengo. Já teve outras oportunidades e sempre fez um bom trabalho. Acredito que ele ainda vai dirigir a equipe rubra negra por algumas rodadas. Vida de técnico é difícil mesmo.
Mais hoje em dia o grande técnico do Brasil continua sendo o Bernardinho. Vai ter estrela assim não sei aonde. Vai ser estudioso assim na caixa prego. Vai ser conciliador assim lá na Sérvia. E a estrela dele brilha mais de qualquer outro. O Brasil sob o seu comando conquistou neste final de semana o oitavo título da Liga Mundial. O mais importante para o voleibol brasileiro foi a renovação realizada nessa competição. Nomes como Lucão, Breno, Marlon, Sidão apareceram muito bem nessa competição. Segundo Bernardinho o Brasil estava devendo esse título já que no ano passado o Brasil deixou de subir ao pódium na mesma competição realizada no nosso país. A equipe brasileira na ocasião ficou em quarto lugar. A maior surpresa foi quando o libero Serginho foi escolhido o melhor jogador da Liga. Serginho, conhecido aqui por nós como Escadinha, pois o mesmo já defendeu uma equipe maranhense num campeonato brasileiro realizado aqui no nosso estado. Se não me engano foi no ano de 1998, teria que perguntar para o meu amigo Antonino. Pois foi ele que trouxe o Escandinha para jogar jogar pelo seu clube o CTGM, Centro de Treinamento Geraldo Magela. Naquele campeonato o Escadinha foi a grande revelação da competição defendendo o CTGM sob o comando de Antonino Araújo Neto. Depois desse campeonato num futuro bem próximo o Escadinha passou a ser chamado de Serginho para justamente não vincular seu nome com um famoso bandido, assaltante de banco, que existia no Rio de Janeiro e se tornar o melhor líbero do mundo.