O potencial turístico da Baixada Maranhense

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Parque Dilu Melo em Viana
Tradicional Bar Brisas do Aquiri em Matinha

Com o objetivo de divulgar o potencial turístico de Viana e da região da  Baixada Maranhense,  a Rádio e TV Maracu promoveu um aprazível passeio náutico no último dia 13/04, reunindo baixadeiros e amigos da Baixada. Foi a segunda edição dessa aventura fantástica. A primeira ocorreu em 2018. O passeio saiu do parque Dilu Melo em Viana e incluiu paradas na cidade de Cajari e no bar Brisas do Aquiri em Matinha. Em 2020, a emissora promete intensificar essa belíssima agenda turística, com o acréscimo de um roteiro para Penalva.

A Baixada Maranhense foi transformada em Área de Proteção Ambiental (APA) em face da sua importância ecológica, especialmente para as numerosas espécies de aves migratórias, que a utilizam como ponto de descanso, alimentação e reprodução.

Na estação chuvosa, a Baixada se transforma em uma imensa planície alagada e verdejante, que forma o majestoso Pantanal Maranhense, com toda a sua diversidade de fauna e de flora, que a transforma num santuário ecológico de rara beleza. Essa paisagem esplendorosa muda de acordo com a época do ano. Do ponto de vista socioeconômico, é uma região vocacionada ao ecoturismo sustentável.

O rosário de lagos e os campos floridos da Baixada constituem atrativos naturais extraordinários que merecem ser explorados economicamente, tendo em vista o seu imenso potencial de captação turística, que precisa ser encarado como um mecanismo indutor do desenvolvimento sustentável da região, sobretudo pela sua capacidade de gerar trabalho e renda a uma população carente e historicamente desassistida.

A partir do seu ecossistema diversificado e da sua cultura peculiar, a Baixada é naturalmente propensa ao desenvolvimento da indústria do turismo e tem como ofertar uma infinidade de produtos turísticos, como cavalgadas, pesca, trilhas, mergulhos, motociclismo, gastronomia típica, artesanato, folguedos, tradições religiosas, festas folclóricas, danças populares, patrimônio arquitetônico, passeios náuticos, camping etc.

A indústria do turismo se alicerça em três pilares: a infraestrutura dos destinos turísticos (hotéis, bares, restaurantes, transporte e espaços para eventos), a qualidade e criatividade dos serviços oferecidos aos visitantes e uma política de divulgação eficiente. Nesse passo, é imperioso que os gestores municipais da Baixada e os empresários maranhenses sejam sensibilizados e internalizem a ideia da mudança de hábitos e quebra de paradigmas, a fim de superarem o marasmo que norteia a aplicação das mesmas políticas públicas de sempre e das repetitivas oportunidades de negócios.

Já passou da hora de os nossos governantes e empreendedores privados compreenderem que a política de turismo no Maranhão não pode se restringir eternamente aos Lençóis Maranhenses e à Chapada das Mesas. Por fim, registro as minhas homenagens à emissora Radio e TV Maracu por ser uma grande entusiasta do ecoturismo na Baixada Maranhense.

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Dilúvio na Baixada e seca iminente

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O Maranhão, em geral, e a Baixada Maranhense, em particular, têm experimentado  uma precipitação pluviométrica sem precedentes nas últimas décadas. O volume das fortes chuvas acarreta o aumento dos níveis dos rios e lagos, provocando enchentes e inundações nas comunidades ribeirinhas. O rosário de lagos da Baixada transborda, se interliga e se converte em uma vasta extensão de água doce.

Na estação chuvosa anual, a Baixada se transforma em uma imponente planície alagada, que adorna o majestoso Pantanal Maranhense. Em 2019, esse fenômeno tem atingido proporções hiperbólicas.

Para surpresa de ninguém, uma situação insólita se avizinha. Daqui a alguns meses, essa mesma Baixada estará agonizando com o martírio da estiagem, desnudando um paradoxo sinistro, que mutila as regras da lógica e as leis da razão. A falta de água já se tornou uma calamidade pública anual, que submete as comunidades baixadeiras às mesmas privações e ao mesmo suplício durante o período crítico do verão maranhense.

Esse quadro de penúria é uma tragédia previsível e anunciada, mas incapaz de sensibilizar as autoridades que têm o poder de minimizar tamanho sofrimento, as quais fazem ouvido mouco para o grito de socorro ecoado da voz dos baixadeiros.

Causa assombro lembrar que entre os meses de abril e agosto de cada ano a Baixada fica envolta num verdadeiro mar de água doce. Entretanto, na época do abaixamento (entre julho e setembro), essa exuberância de água escoa para o mar e os campos da Baixada se transformam numa paisagem árida, imprópria para qualquer atividade produtiva, como consequência direta da omissão, descaso e negligência do Poder Público.

Conforme já enfatizamos repetidas vezes, as soluções para melhorar as condições de vida do povo que habita a Baixada são baratas, simples e de fácil resolução. Só depende da vontade política dos nossos governantes.

Quem conhece de perto a realidade da Baixada tem a noção exata do quanto são singelas as intervenções necessárias para represar a abundância de água das chuvas e salvar a Baixada do drama da escassez de água anual: açudes e barragens para conter a fuga da água doce dos campos e lagos da Baixada para a Baía de São Marcos. Simples assim.

Com efeito, a retenção da água doce nos campos da Baixada representa a maior riqueza para as atividades de pesca de subsistência, pecuária, piscicultura, agricultura familiar e pequenas criações, como galinhas, patos, porcos, caprinos e ovinos.

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