A executiva nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) pretende lançar campanha para proibir doações de dinheiro às campanhas políticas por parte das empresas e estimular o financiamento pelos cidadãos.
A intenção do movimento é impedir que grandes empresas fiquem impedidas de financiar campanhas de candidatos.
Para o movimento, esta é a causa da corrupção na política brasileira, pois a doação serve de moeda de troca na hora em que o candidato se elege. O juiz maranhense Marlon Reis, um dos fundadores do MCCE nacional, explicou que com a iniciativa o cidadão fica mais protagonista do processo eleitoral, fazendo com que as campanhas sejam tocadas apenas com contribuições do eleitor simpatizantes do candidato ou coligação.
Reis disse, em entrevista à Agência Brasil, que com a alteração o político vai se tornar credor do cidadão. O magistrado se justificou embasado em pesquisa feita pela Universidade Americana do Texas, em estudo feito aqui no Brasil. O trabalho apontou que o financiamento feito pelas grandes empresas aos candidatos a cargos eletivos retorna para os empresários em forma de contratos estabelecidos com o Poder Público, após o processo eleitoral. “O empresário recebe oito vezes mais”, afirmou Marlon Reis.
“Eles acabam ditando a ordem das políticas públicas e não o cidadão. São as empresas que ordenam a execução de grandes empreendimentos. Isso é um risco muito grande que a sociedade não tem que correr. Tal coisa se configura como o pagamento de uma dívida”, completou.