Pela volta da Monarquia

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Já está na hora de se voltar à Monarquia

PELA VOLTA DA MONARQUIA

No começo era a Monarquia, sob a qual vivemos muitos anos, embora nem mesmo se conhecesse o rei, de tão longe que este ficava. A vida era difícil,  mas dava pra levar numa boa até mesmo porque, nessa época, não havia Faustão, rede social e nem dupla de música  sertaneja.

Tudo começou a melhorar depois que o imperador nasceu aqui. Era um sujeito culto e generoso, que queria o bem do país, mas, assim como Cristo, não conseguiu agradar todo mundo. Escorraçaram o velhinho e implantaram a República e, com ela,  a Democracia.  Tinha tudo para dar certo, mas, aos poucos,  o inconformismo tomou conta do país. Resultado: Ditadura neles!

O ditador era um baixinho gaúcho, gorducho e patriota que tinha,  no entanto,  um pequeno problema: era chegado a um suicídio. Isso causou uma enorme confusão e a solução foi apelar de novo para a velha e manjada solução: democracia, com presidencialismo a reboque. Tentou-se de tudo desta vez , até  um bruxo apareceu como uma vassoura, mas o povo continuava insatisfeito.  Ora, diante do caos nada como uma ditadura para salvar a pátria. Apelou-se  então para uma ao  estilo militar para não haver suicídio à vista ( militares, como se sabe,  mão se suicidam, só suicidam os outros, mandando-os para a guerra) .

A pau e pedra  a coisa permaneceu algum tempo, enquanto durou a alegria no futebol. O Brasil ganhou a terceira Copa do mundo, foi o tempo do país que ia dar um passo à frente.  Tão logo  o Brasil voltou a apanhar no futebol o país deu um passo à frente , caiu no abismo e foi a vez do velho e surrado presidencialismo dar as suas caras de novo desta vez com um presidente com cara de novo: Fernando Collor, que tinha cara de novo mas era um velho ladrão. Solução: impeachment nele.

 A coisa capengou até chegar a Dilma Roussef que também foi impichada mostrando que o Brasil havia deixado de ser campeão mundial de futebol para ser campeão mundial de impeachment.  Depois de um ex-presidente ir parar na cadeia por roubo  e ter assumido um vice ,    suspeito de roubo, já estão querendo impichar um terceiro, em vias de implantar o Bolsonarismo que é um regime que funciona mais ou  assim:  o presidente manda pra cá para defender o filho acusado de roubo, os deputados mandam prá lá para se defenderem da acusação de roubo, os judiciário tira os corruptos da cadeia e, em volta, o roubo impera.  

Ora, se o roubo continua, está mais do que na hora da volta  do regime monárquico onde o roubo é institucionalizado, mas  para poucos.  Além do mais…

            1.O Brasil sempre foi  cheio de reis . Rei do futebol (Pelé), rainha dos baixinhos, rei da Voz, rei dos apelidos na Lava-Jato  etc.

            2.A forma de governo não é  monarquia mas dá no mesmo porque os governantes não são reis mas agem como se tivessem um na barriga.

            3.Coroa tem aos montes, em todas as capitais deste imenso país. É só procurar nas fotos das colunas sociais dos jornais. A variedade é imensa, embora enferrujadas.

            5.Os nobres e poderosos do Brasil podem até não ter sangue azul, mas, com certeza, este não é vermelho porque,  depois de tantas falcatruas jamais se viu um deles corar de vergonha.

            6.Bobo da Corte também é o que não falta neste país. Desde Galvão Bueno gritando gol do Flamengo no limite de perder a fala, até os que fazem cócegas nos egos dos poderosos da Corte, como Gilmar Mendes, para que estes caçoem de suas misérias. Quem duvida de que o eterno bobo da corte desse país sempre foi o povo ? 

José Ewerton Neto é autor de
O ABC bem humorado de São Luis

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