São Luís – A palavra vulnerável significa estado de fragilidade, de destrutibilidade, de acordo com a origem da palavra. Entretanto, para a médica acupunturiatra Mércia de Souza e a fisioterapeuta e palestrante de saúde e bem-estar Patrícia Bogéa, autoras do e-book Janelas para Alma, vulnerabilidade está associada a um estilo de vida, uma forma de aceitação do próprio eu, saber lidar com todos os estágios da vida, seja no âmbito profissional ou pessoal.
Segundo as autoras, para chegar a essa capacidade de lidar de forma positiva com a vulnerabilidade, é preciso desenvolver o autoconhecimento e substituir a ideia de vulnerabilidade que exclui, habitualmente de fragilidade, vergonha e de culpa – por aquela que inclui e permite receber apoio, ajuda, escuta, assim como doar, em uma troca.
“Quando falo em vulnerabilidade inclusiva, falo de aceitação, sem culpas ou vergonha daquilo que realmente somos, uma aceitação do Eu integral,” frisa a médica acupunturiatra (que realiza acupuntura).
Já a fisioterapeuta define vulnerabilidade inclusiva como “um estado receptivo, ou seja, é estar aberto às experiências, dando a oportunidade de reconhecer a si mesmo, com todas as suas potencialidades”.
Reconhecer os momentos de vulnerabilidade faz parte do autoconhecimento. É desenvolver o estado de presença, quando se mantém corpo e mente no mesmo lugar, reconhecer que quem domina os sentimentos é você, segundo Patrícia. “Quando nos conhecemos, conseguimos nos ver além da programação mental e em uma postura neutra de contemplação”, pontua.
Pulsar
Por meio do Programa Pulsar, oferecido pela Elan Vital, empresa de desenvolvimento humano, o jornalista Oton Lima, de 38 anos, diz que ser vulnerável é lidar com imperfeições, pois segundo ele, não existe perfeição, e lidar com a própria vulnerabilidade lhe possibilita viver levemente. “Não é algo que acontece da noite para o dia. É preciso ir lapidando, exercitando o autoconhecimento, e a Elan foi uma aliada para que eu soubesse reconhecer, identificando esses momentos para lidar com a minha própria vulnerabilidade,” destaca o jornalista.
No e-book Janelas para Alma, as autoras afirmam que, aceitar que as pessoas são formadas, em sua essência pelo bem e o mal, pelo belo e feio, pela força e pela fraqueza, é a chave que abre a porta do caminho para a vulnerabilidade que inclui, é o caminho onde se encontra o que se foi, o que se é, e o que será.
Para a enfermeira Janaína Bezerra, de 33 anos, ser vulnerável, é se permitir reconhecer as dores do passado, aceitá-las e reconstruir um novo ‘Eu’. Ela conta que sua jornada de autoconhecimento começou quando buscava ajuda para outra pessoa, e ao conhecer o Programa Pulsar, percebeu estar em um momento vulnerável, pois se permitiu ser sensível ao acolher e ajudar o outro. “Eu consegui sentir verdadeiramente o significado de vulnerabilidade, uma sensação indescritível, uma evolução interna que sinto diariamente,” conta a enfermeira.
O livro Janelas para Alma mostra que revelar os sentimentos mais profundos é uma atitude de coragem e desprendimento. Mércia de Souza fala que ao escrever, deixou que sua vulnerabilidade fosse aflorada, para transmitir o que estava sentido em cada palavra escrita. “Em mim os textos do janelas causam um sentimento de alegria e realização como quando realizei meus sonhos de infância,” revela.
Para Patrícia de Matos, ‘Janelas para Alma’ nos permite descortinar nossas fragilidades de forma compassiva. Não importa que fomos feridos ou ferimos. “Quando nos conhecemos, conseguimos nos ver além da programação mental e em uma postura neutra de contemplação,” Enfatiza a Patrícia.
Janelas para Alma, até o momento disponível em e-book, já está em preparação para lançamento de um livro físico e um audiobook, sendo uma obra inclusiva àquelas pessoas que têm deficiência visual. A parceria entre as autoras mostra o quanto se permitiram conhecer uma a outra para troca de experiências e de conhecimento expressos em cada página. Para conhecer esse trabalho, acesse o site http://janelasparaalma.launchrock.com/ e, a respeito do tema, assista à live com o tema “Ser vulnerável. É saudável ou perigoso?”, que acontece nesta segunda-feira (19), às 19h, com a fisioterapeuta Patrícia e a jornalista Maria Regina Telles, pelos perfis no Instagram @espacoelanvital e @comunicativama.