Testes de laboratório ganham espaço na prevenção e luta contra Alzheimer

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SÃO LUÍS – O avanço da tecnologia médica possibilitou a realização de exames laboratoriais capazes de identificar marcadores biológicos associados ao Alzheimer. Estes testes são realizados com sangue, líquor (líquido cefalorraquidiano) ou saliva, e podem ajudar a detectar sinais de risco antes mesmo do aparecimento de sintomas.

Em São Luís, o Laboratório Lacmar realiza esses testes, que levam em média 20 a 30 dias, e que são os seguintes:

Análise de biomarcadores no sangue: Exames de sangue conseguem medir níveis de proteínas como o peptídeo Beta-Amiloide (Ab-42), Tau Total (T-Tau) ou Tau Fosforilada (P-Tau), que se acumulam no cérebro e estão diretamente associadas à doença. Altos níveis dessas proteínas são indicativos de maior risco e podem ser detectados antes mesmo de algum sinal de demência.

Testes genéticos: O exame genético identifica variantes no gene APOE, especialmente o alelo APOE ε4, conhecido por aumentar o risco de Alzheimer. Contudo, é importante considerar que o gene é um fator de predisposição e não uma sentença definitiva.

Para quem os testes são indicados?

Os testes de detecção precoce não são recomendados para a população geral, mas sim para pessoas com histórico familiar da doença, que apresentem fatores de risco ou que desejem planejar sua saúde de forma preventiva. O acompanhamento de um neurologista ou médico geneticista é indispensável para interpretar os resultados e decidir os passos seguintes.

A detecção precoce vai além do diagnóstico. Estudos mostram que a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e estímulos cognitivos, pode ajudar a retardar o aparecimento da doença, especialmente em pessoas que sabem estar em grupos de risco.

A ciência avança, e a luta contra o Alzheimer, embora complexa, encontra na prevenção um aliado poderoso. Investir na detecção precoce do Alzheimer é investir em qualidade de vida e dignidade para o envelhecimento.

Embora os testes laboratoriais ainda não estejam amplamente disponíveis no sistema público de saúde, seu uso preventivo já sinaliza uma revolução na forma como a sociedade enfrenta as doenças neurodegenerativas. Afinal, prevenir é sempre o melhor remédio.

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