São Luís – A programação das diversas casas de cultura do Estado atraiu significativo número de visitantes em 2023, superando o ano de 2022. O aumento foi de 95% no fluxo de pessoas, comparando os dois períodos, com os maiores registros de movimentação destacados durante as férias escolares.
Entre museus, bibliotecas, arquivos, teatros e pontos culturais, são mais de 20 alternativas de espaços disponíveis para o público, totalmente gratuitos, e mantidos pelo Governo do Maranhão, sob coordenação da Secretaria de Estado da Cultura.
As casas de culturas atraíram 487.064 visitantes em 2022, número que quase dobrou em 2023, quando houve 949.389 visitas aos locais. Este aumento expressivo é resultado direto da programação diferenciada, organizada pela Secma, e disponibilizada ao longo do ano para o público.
Os espaços mais visitados foram a Biblioteca Pública Benedito Leite, o Arquivo Público do Maranhão, Museu do Reggae, Teatro Arthur Azevedo e o Centro de Pesquisa História Natural e Arqueologia – todos localizados no Centro Histórico de São Luís.
Para a finalidade de pesquisas e atendimento geral, a Biblioteca Pública Benedito Leite reuniu o maior número de pessoas, tendo aumento em quase 200% nas visitações, entre 2022 e 2023. Na opção para shows e espetáculos, as visitas ao Teatro Arthur Azevedo aumentaram 132%; e no quesito visitação/atendimento, a maior procura foi pelo Museu do Reggae, crescendo em 106%. As atividades presenciais e virtuais foram responsáveis por 84% das visitas às casas de cultura no período, sendo as exposições o maior atrativo, com 54% deste total.
O titular da Secma, Yuri Arruda, enfatiza a importância de oferecer opções de lazer cultural, e destaca o planejamento de ação para que estes espaços sejam frequentados durante todo o ano.
“Acreditamos na cultura como um pilar fundamental para o desenvolvimento integral das pessoas. Nesse sentido, temos elaborado plano de ações para assegurar uma programação diversificada, atraindo maranhenses e turistas para prestigiar as agendas do nosso sistema de cultura. O Governo do Estado vem investindo fortemente neste setor, que impacta diretamente na educação, na economia e reforça o potencial do Maranhão como berço cultural”, avalia o secretário.
Para conhecer os atendimentos, atividades e visitas às casas de cultura, os espaços têm horários definidos ou podem ser agendados, de forma gratuita. No caso dos teatros, há cobrança de entrada, se tratando de programação de produções externas.
Alternativa de lazer e conhecimento
O aumento da procura pelas casas culturais do Maranhão mostra a relevância desses espaços como alternativas enriquecedoras de lazer, cultura e aprendizado. A fim de proporcionar momentos de diversão, as programações organizadas pela Secma e as atividades promovidas pelas diretorias destes espaços, contribuem para a preservação e difusão do patrimônio cultural maranhense.
Para a diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite, Aline Nascimento o aumento das visitas é um estímulo para o setor cultural: “É uma grata satisfação ver que, em tempos de redes sociais, as pessoas têm o desejo de visitar as casas de cultura, de estar em uma biblioteca e apreciar as obras físicas”.
A diretora pontua, ainda, a série de atividades que são realizadas nestes espaços, que atraem ainda mais o público para conhecer. “Há uma vasta programação de exposições, workshops, oficinas e apresentações artísticas, que cativam todas as faixas etárias, e as famílias têm buscado nossos espaços como uma opção educativa e cultural”, ressaltou.
A biblioteca se destaca ainda pela inclusão digital, o escritório de direitos autorais e pelo atendimento aos municípios, por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas.
A diretora do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), Amélia Cunha, destaca a importância da participação da comunidade. “O envolvimento da população tem sido essencial. O sistema de cultura do estado vem promovendo eventos que valorizam as tradições locais, oferecendo oportunidades para artistas da região mostrarem seus talentos e garantindo um conhecimento riquíssimo da nossa história em mostras e exposições”, frisou.
Diretor do Museu do Reggae, Ademar Danilo reforça a importância do espaço como instrumento de valorização cultural.
“O Museu do Reggae recebe milhares de visitantes a cada mês. O reggae tem impacto no turismo, cultura e economia. Mesmo tendo nascido em outro país, foi apropriado por nós e transformado em elemento cultural, que influencia a maneira de ser do nosso povo. É referência nacional e internacional sobre o Maranhão. Atende à enorme curiosidade sobre a presença do ritmo como favorito de grande parte da população maranhense”, pontuou.
