SÃO LUÍS – A Vale contratou a implantação de uma infraestrutura inédita de tecnologia para ampliar o alcance de internet 4G ao longo da Estrada de Ferro Carajás, que percorre 28 municípios entre Maranhão e Pará. A iniciativa tem parceria com a Vivo e inclui a instalação de 49 novas torres de telefonia e ativação em outras 27 torres já instaladas, além da aquisição e instalação de equipamentos.
Com conclusão prevista para 2025, a nova infraestrutura vai modernizar a troca de dados na EFC, beneficiará comunidades vizinhas à ferrovia com pontos de acesso gratuitos e melhorará a conectividade no trem de passageiros. O investimento da Vale será de R$ 200 milhões. Outros R$ 40 milhões serão aportados pela Vivo, que será responsável pela implantação e oferta do serviço.
“Essa iniciativa está alinhada ao nosso compromisso de investir em projetos de valor compartilhado com a sociedade. Ela atende não apenas às necessidades da Vale, modernizando a tecnologia usada na troca de dados durante a circulação dos trens , mas, também, das comunidades, com a oferta do sinal 4G em todo o trajeto da EFC, e ainda dos usuários do trem de passageiros, melhorando a conectividade na viagem”, destaca Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale.
“Nosso projeto de rede privativa tem papel preponderante na materialização de iniciativas que aceleram a digitalização industrial, potencializando tecnologias como IoT, Big Data, Inteligência Artificial e Analytics dentro da operação, transformando dados em inteligência, garantindo mais segurança, redução de custos e ganho de eficiência. E para além do avanço tecnológico dentro da operação ferroviária da Vale, as empresas vão além e compartilharão com a população os benefícios de uma conectividade de excelência em localidades de todos os municípios próximos à ferrovia”, explica Alex Salgado, VP de Negócios da Vivo.
Mais segurança e eficiência para a ferrovia
A nova rede privativa baseada em 4G levará mais segurança e eficiência para a operação da Estrada de Ferro Carajás, que já é considerada a ferrovia mais segura do Brasil pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Toda a comunicação da ferrovia será alterada de analógica para digital, agilizando acesso a dados gerados pelas composições e possibilitando a implantação de sistemas ainda mais inovadores no futuro.
Com o 4G, a ferrovia terá transmissão de vídeo em tempo real, levando o maquinista a ter maior visibilidade sobre o que ocorre em todos os trechos da via. Informações geradas pela telemetria sobre o desempenho do trem também estarão disponíveis em tempo real em toda a extensão da via. Além disso, a comunicação por telefone celular entre os empregados será mais estável.
O investimento na ferrovia é parte de uma iniciativa iniciada em 2019, quando a Vale assinou o primeiro contrato com a Vivo para a instalação de uma rede privada 4G em suas operações. “Desde 2019, essa rede já foi implantada em Carajás, onde possibilita a operação de 22 equipamentos autônomos, entre caminhões fora de estrada e perfuratrizes, e em Itabira, onde dá apoio ao monitoramento de barragens”, explica Paulo Pires, diretor de Tecnologia. “Com a expansão para a Estrada de Ferro Carajás, o total investido pela Vale em rede 4G será de R$ 260 milhões”.
Valor compartilhado com comunidades
Um impacto social relevante deste projeto de tecnologia refere-se à oferta de pontos de acesso de internet gratuita ao longo da ferrovia, em locais de grande circulação como hospitais, escolas e centros comunitários. As equipes da Vale já iniciaram diálogo com lideranças e representantes do poder público para definir que locais serão beneficiados. Serão cerca de 280 pontos de acesso.
Além disso, até o fim de 2024, todas as 15 estações de passageiros ao longo da EFC terão sinal de internet grátis para os usuários. Na primeira fase, as estações priorizadas são: São Luís Vitória do Mearim, Santa Inês e Açailândia (MA); e Marabá e Parauapebas (PA).
“Desde a conceção do projeto aliamos a necessidade de modernização das comunicações da ferrovia ao atendimento de uma demanda legítima das comunidades, que é a de ter maior acesso à telefonia digital na região. É um forte exemplo de como incorporamos o compromisso com as comunidades à nossa estratégia”, explica João Júnior, diretor de Operações da Estrada de Ferro Carajás.
Conectividade no trem de passageiros
Um dos objetivos do projeto de tecnologia iniciado agora é viabilizar de maneira definitiva o pagamento de refeições com uso do cartão de crédito nas viagens do Trem de Passageiros, conectando os equipamentos do carro restaurante à nova rede que será instalada. Hoje, por conta da instabilidade ou ausência de sinal, o pagamento ainda é feito com dinheiro em espécie.
Como forma de antecipar essa comodidade, a Vale iniciou em agosto os testes com o uso de internet via satélite para viabilizar o pagamento de refeições com cartão. Como se trata de uma solução tecnológica alternativa, e em fase de testes, a Vale ainda recomenda que os passageiros levem as duas formas de pagamento (dinheiro e cartão), evitando contratempos.
A Vale no Maranhão
As operações da Vale no Maranhão são estratégicas para os negócios da empresa e para a mineração brasileira. É por meio da Estrada de Ferro Carajás que toda a produção de minério de ferro do sudeste do Pará chega ao Terminal Marítimo Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Do porto, a produção cruza os oceanos até os mercados consumidores em todo o mundo, em especial a China, um dos maiores compradores da atualidade.
No Maranhão, a Vale emprega 22,2 mil trabalhadores, entre próprios e terceiros permanentes. Entre janeiro e junho deste ano, foram pagos R$ 157, 5 milhões em tributos (ICMS e ISS) e R$ 2,2 bilhões em compras com fornecedores locais (matriz e filial). Para saber mais, acesse o Balanço Vale + em www.vale.com/maranhao