São Luís – As hepatites virais representam um grave problema de saúde pública em todo o mundo, com milhões de pessoas afetadas e consequências potencialmente fatais se não forem adequadamente diagnosticadas e tratadas. Neste contexto, os exames laboratoriais desempenham um papel fundamental no diagnóstico precoce, monitoramento e tratamento eficaz das hepatites virais.
De acordo com o Ministério da Saúde, as hepatites virais são infecções que afetam o fígado e são causadas por diferentes vírus, incluindo os vírus das hepatites A, B, C, D e E. Essas doenças podem ser transmitidas por meio do contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas, entre outras vias de transmissão.
O diagnóstico preciso das hepatites virais é essencial para garantir o início imediato do tratamento e reduzir os riscos de complicações graves, como cirrose hepática, câncer de fígado e insuficiência hepática. Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial nesse processo, permitindo a detecção e identificação dos diferentes vírus causadores das hepatites, além de fornecer informações sobre a fase da infecção, a intensidade da replicação viral e a resposta do sistema imunológico.
Exames
Dentre os exames laboratoriais utilizados para o diagnóstico das hepatites virais, destaca-se a sorologia, que identifica a presença de anticorpos específicos para cada tipo de vírus. Esse exame é capaz de identificar a presença do vírus mesmo antes do surgimento de sintomas clínicos, possibilitando um diagnóstico precoce e a tomada de medidas preventivas.
“A sorologia, que pode ser realizada por indicação médica como investigação da infecção viral, é realizada de forma totalmente automatizada, através de um analisador de imunoensaios pela metodologia Eletroquimioluminescência – ECLIA. Existem também os Testes Rápidos do método imonocromarográfico”, destaca Débora Schmidt, biomédica e coordenadora do Núcleo Técnico Operacional (NTO) do Laboratório de Análises Clínicas do Maranhão / Lacmar.
Após o diagnóstico, os exames laboratoriais também são cruciais para monitorar a progressão da infecção, avaliar a resposta ao tratamento e ajustar a terapia quando necessário. Através de testes de função hepática, contagem de plaquetas, dosagem de enzimas hepáticas e carga viral, os profissionais de saúde podem avaliar a eficácia dos medicamentos antivirais, identificar possíveis efeitos colaterais e adaptar o plano terapêutico para maximizar os resultados.
“A sorologia serve de acompanhamento do estágio da infecção, se na fase inicial, aguda, crônica, e a dosagem das enzimas auxilia na avaliação do funcionamento do fígado, como exemplo as transaminases, TGO e TGP”, acrescenta a coordenadora do NTO do Laboratório Lacmar, Débora Schmidt.
“O diagnóstico precoce faz toda a diferença, uma vez que o tratamento mais adequado pode minimizar complicações mais graves, assim, visitas regulares ao médico, exames de rotina e check-up podem contribuir para a preservação da saúde” completa ela.