São Luís – O ator e produtor Jô Santana, idealizador do espetáculo “Marrom, o Musical”, se prepara para retornar a São Luís e apresentar na terra da Alcione Dias Nazareth uma grande homenagem que celebra os 50 anos de carreira da maranhense. Jô Santana produz desde 2016 a “Trilogia do Samba”, a exemplo do musical “Cartola – O Mundo é um Moinho” e “Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro”, apresentado em 2018.
Com a realização da Fato Produções, patrocínio da Equatorial Maranhão e Governo do Estado do Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e com direção do ator, diretor e dramaturgo, Miguel Falabella, o espetáculo vem emocionando o Brasil a cada sessão e com números surpreendentes.
Jô Santana comenta que a aceitação do público vem sendo muito positiva e com as sessões esgotadas consegue fortalecer o mercado. “São gerados mais de 250 empregos diretos e indiretos na produção musical. Em 54 apresentações no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, fomos prestigiados por mais de 30 mil espectadores”, explica o idealizador do musical.
Em cartaz na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o espetáculo se prepara para uma nova e longa temporada. “Dessa vez, faremos 28 apresentações e teremos um público estimado em mais de 25 mil espectadores”, informa Jô Santana.
Quatro maranhenses participam do musical, após uma seleção com mais de 700 participantes e os escolhidos são os atores Anastácia Lia, Milena Mendonça, Jefferson Gomes e Fernando Leite. “Ter eles com a gente é uma grande satisfação e valorização dos talentos culturais que temos no Maranhão. A história sem dúvida fica muito mais emocionante”, ressalta Jô.
Um fato e curiosidade sobre o espetáculo é o elenco e equipe de trabalho. “Temos um elenco e equipe técnica quase todo negro que nos faz valorizar e potencializar quem sustenta a melhor cultura do país. É uma representação importante e muito significativa para os dias atuais”, pontua o produtor.
“Marrom, O Musical” é conduzido por Cazumbá, personagem central do bumba meu boi e que, além de ser uma espécie de mestre de cerimônias do espetáculo, traz os elementos do boi para a cena, como o mito originário que ecoa os horrores da escravidão no Brasil, mas que também dá origem à celebração colorida, coletiva e cheia de vida no Maranhão: “Uma história triste, mas que termina em festa”. A sentença se transforma numa máxima da música de Alcione.
Complexo Prisional de Pedrinhas
Em parceria com a Cooperativa Cuxá, por meio do Projeto Humanitas360, o espetáculo conta com uma colaboração que reforça a inclusão social dentro do projeto. “As mulheres do Complexo Prisional de Pedrinhas prepararam todo o figurino do musical e o resultado do trabalho foi magnífico. Foram confeccionados adereços e figurinos do espetáculo. A equipe de figurino do musical esteve na Cooperativa Social Cuxá e ensinou 15 mulheres a bordar e costurar as peças e todas elas foram remuneradas pelo trabalho”, disse Jô Santana.
São Luís
O espetáculo será apresentado em São Luís no mês de março, data essa que, em breve, será anunciada com o início das vendas. “Tenho certeza de que será emocionante e com um tempero bem diferente e especial. Estamos preparando novidades especiais para o Maranhão. Fiquem atentos que, em breve, vamos divulgar todos os detalhes para essa grande apresentação no Teatro Arthur Azevedo”, finaliza o idealizador do musical.