Wine Celebration contará com a presença de destacados nomes do mundo do vinho

Geovanini Dias Neves, diretor comercial da Rothschild Brasil, participará do Wine Celebration

São Luís – Um time de peso de personalidades importantes ligadas ao mundo do vinho desembarcará em São Luís para a segunda edição do Wine Celebration, evento confirmado para o dia 7 de outubro, às 21h, no Palazzo Eventos (Araçagi), em regime all inclusive.

Uma delas será Geovanini Dias Neves, diretor comercial da Rothschild Brasil, uma das marcas de luxo que estarão presentes no evento.

Ele atua há quase duas décadas no segmento de vinhos, bebidas e alimentos finos importados, trabalhando para empresas como Makro, Ravin e Winebrands. É formado em Comex e Administração de Empresas com MBA pela Universidade de Toronto.

O evento, que entrará em contagem regressiva, disponibilizará de vinhos de rótulos tradicionais de países produtores como Argentina, Brasil, Chile, Espanha, França, Itália e Portugal. O consumo será ilimitado.

Cada nacionalidade de vinho contará com sua respectiva estação gastronômica, proporcionando ao público uma deliciosa experiência de harmonização comandada por sete dos mais prestigiados chefs maranhenses.

A carta de vinhos será assinada pela experiente sommelière paulista Gabriele Frizon e o evento será embalado pelas belas canções do cantor Daniel Boaventura.

Crônica de José Fernandes: “Réquiem para Teresa”

TERESA de Jesus Fernandes, minha mãe, já detinha o sobrenome Fernandes antes de se casar com o meu pai, também Fernandes. Mas eles me diziam que não eram parentes, que pertenciam a etnias diferentes. Acreditando nesse não parentesco, consideramo-nos livres, eu e minha irmã, por não conduzir, no nosso código genético, os males que, dizem os cientistas do ramo, tornam-se portadores os descendentes de parentes muito próximos, casados entre si.

Pessoa simples, criada num pequeno povoado, minha genitora aprendeu a ler em idade adulta, e a escrever em seis meses, para melhor se comunicar comigo, estudante na capital do Estado, e orientar os meus primeiros passos numa cidade grande.

Prendada, sabia ser mãe. Rigorosa ao seu modo, jamais alimentei rancores por ela me ter “disciplinado” com rigor, aplicando-me boas surras quando, em criança, passava o dia brincando na rua e não me preparava para a aula do dia seguinte. Amei-a, acima de tudo, mesmo por ocasião de nossa desavença, quando me proibiu de namorar uma prima legítima.  

Com esse introito, quero mesmo é contar como ela nos deixou muito cedo, aos 58 anos. Tinha uma vida normal, dona de casa exemplar, trabalhadora infatigável até o dia em que, ao visitá-la no interior, notei que seu calcanhar esquerdo tornara-se de cor roxa escura, embora ela entendesse que devia ser em consequência de talvez haver furado o pé, descalça no quintal. Mas me preocupei; senti, no íntimo, alguma suspeita de coisa séria.

Por insistência minha e do meu pai, conseguimos trazê-la a São Luís, e o médico Lauro Jacinto, olhando-lhe o pé, mesmo sem exame minucioso, chamou-nos ao lado, dizendo tratar-se ali de uma gangrena, em fase de decomposição da carne, predisposta, após os exames de praxe, a um tratamento cirúrgico, mediante amputação do pé – caso de diabete incontrolável – doença silenciosa, quase imperceptível no início, que ainda hoje acomete uma parte da população brasileira e mundial, inclusive este que vos escreve.

Não demorou muito, foi ela submetida à amputação do membro afetado e, três meses depois, da perna inteira até o fêmur.

Seu estado geral agravou-se. Todos os recursos médicos disponíveis na época foram empreendidos, sem nenhum êxito, e sua vida foi-se extinguindo, paulatinamente, no decorrer de seis meses. Assim registrei os seus últimos instantes:

      Solitário e lacrimante,

      Numa triste madrugada,

      Eu velava minha mãe,

      Sofrida, exaurida e inconsciente

      No leito hospitalar.

      Pleno de ternura, repentinamente,

      Uma incontida vontade dominou-me,

      Como uma irresistível antevisão,

      De recomendar aos céus o seu espírito.

      Fixando o olhar e o pensamento

      Na sua esquálida figura, proferi,

      Naquele instante inolvidável,

      Longa e contrita prece,

      Um inspirado bendito para conduzi-la

      À divina paz dos caminhos eternos.

       E logo ao concluir aquela oração,

       Vi que minha mãe, serenamente,

       Exalara o último suspiro.

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QUEM SOU EU

Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.

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