Festa Hot Mix Brasil terá atração internacional e reviverá efervescência das pistas nos anos 90

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Atração internacional do evento será o grupo belga Technotronic

São Luís – O mês de agosto em São Luís será marcado por uma viagem ao túnel do tempo com uma parada dançante nos anos 90, que agora passa a atrair as atenções do público jovem devido às séries lançadas pelas plataformas de streaming. É a festa Hot Mix Brasil, dia 27, às 21h, no estacionamento do Shopping da Ilha (Maranhão Novo), tendo como atração principal o grupo internacional de dance music Technotronic, que ainda faz shows por diversos países e desembarcará no Brasil com a primeira parada na capital maranhense.

A festa será comandada pelos DJs Claudinho Polary, Henrique Carvalho e Mauro Dejota, três feras das pick ups com uma trajetória marcante dentro dessa vertente musical. Com 27 anos de história, o selo Hot Mix vai inaugurar uma nova fase, assumindo um status de festa-show para proporcionar ao público uma experiência única na maior pista de dança já formatada em São Luís em homenagem à década de 90, marcada pela explosão do eurodance, que surgiu na Europa, espalhou-se pelo mundo e conquistou o Brasil.

No Maranhão, o gênero ganhou acordes especiais nas rádios e pelas mãos de DJs que agitaram e ainda hoje movimentam a agenda cultural. O evento deverá reunir cerca de 5 mil pessoas, que ao longo do evento entrarão no ritmo do grupo belga Technotronic e de outros projetos que fizeram sucesso e são ouvidos até os dias atuais. Technotronic, que dominou as rádios e as pistas de dança, foi criado em 1988. Atualmente, se apresenta com Daisy Dee nos vocais. Além de canções do grupo como “Pump Up The Jam”, “Move This”, “Get Up” e “This Beat is Technotronic”, a cantora também é conhecida por sucessos como “Crazy“ e “Dance (If You Cannot)”.

DJs Claudinho Polary, Henrique Carvalho e Mauro Dejota estarão no comando das pick ups

Estrutura

A Hot Mix Brasil terá uma megaestrutura de palco, som e iluminação com dezenas de placas de Led. O palco, por sua vez, terá 20 metros de pista estendida. “Trata-se da maior estrutura já montada em São Luís para um evento com esse propósito, ou seja, fazer o público incursionar por uma boate dos anos 90 sentindo aquela batida forte, intensa e que faz esquecer de todo e qualquer problema por algumas horas. Nós teremos uma mistura do público jovem com aquelas pessoas que vivenciaram a época. Podemos afirmar isso porque as primeiras suítes foram vendidas para grupos da nova geração”, revela Claudinho Polary.

A estrutura comportará quatro espaços: Arena Chiquitito, Poperô, Camarote Abracadabra e Suítes. “A estrutura é bastante grande e a junção dos espaços formará uma aconchegante boate dos anos 90. O Camarote Abracadabra, por exemplo, terá capacidade para receber 300 pessoas com direito ao frontstage”, explica Henrique Carvalho.

Hot Mix

O selo Hot Mix, conforme Mauro Dejota, derivou de um programa homônimo de rádio surgido em 1995, que durou oito anos e passou pelas emissoras Cidade e São Luís FM, atual Jovem Pan. Começou a se apresentado pelo DJ Jofran e, mais tarde, por Claudinho Polary e Henrique de Carvalho. Os dois convidaram Mauro DJ para integrar a equipe e fazer sequências de flashback dos anos 1970 e 1980. O programa tornou-se campeão de audiência até os anos 2000.

Com o sucesso da proposta, os DJs levaram o projeto para as boates por onde passaram, entre elas, Ninja, Taj Mahal, Tucano’s, Extravagance, Fábrica, Seven Night, 90 Graus, Clubão da Cohab e Casino Maranhense. Claudinho Polary foi residente da Ninja, Taj Mahal, Tucano’s e Extravagance. Henrique de Carvalho passou pela Boate Lítero, Tucano’s e Fábrica. Já Mauro Dejota foi residente da 90 Graus, Tucano’s e Casino Maranhense. A primeira festa do Hot Mix foi em 1996, no Casino Maranhense (Avenida Beira-Mar), reunindo os dois mais famosos programas de dance da época: Hot Mix e Mix 94, na então Rádio Difusora FM.

Serviço

O quê

Hot Mix Brasil

Quando

Dia 27 de agosto, às 21h

Onde

Estacionamento do Shopping da Ilha

Ingressos à venda na Bilheteria Digital e Óticas Diniz

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Crônica de José Fernandes: “Púlpitos, letras e cátedras”

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João Mohana

Está sendo anunciado que serão reeditadas algumas obras de João Mohana, o sacerdote e escritor mais lido neste País durante a segunda metade do século findo. Essa boa notícia me leva à lembrança das circunstâncias que me fizeram conhecer pessoalmente esse formidável ser humano.

No ano de 1953 realizou-se em Arari a 1ª. Semana Rural do Maranhão, promovida pela Arquidiocese de São Luís, com a presença de autoridades da República, do governador do Maranhão, do arcebispo metropolitano e a participação de dezenas de técnicos especialistas de todos os recantos do Brasil, que excitaram cursos sobre mecanização da lavoura, racionalização da pecuária, criação de associações rurais, cooperativas agropecuárias e outros enfoques – acontecimento único até então realizado, visando o desenvolvimento social e econômico do interior maranhense.

Esse importante conclave teve como um dos principais coordenadores o pediatra João Mohana, então com 28 anos, que promoveu aulas, palestras e treinamentos de higiene e dietética infantil, preconizando a criação de Postos de Puericultura e Clubes de Mães, neste Estado. Estudante em férias, então com 14 anos, apresentei-me para ajudar, como voluntário, e o jovem médico, precisando de alguém para facilitar contatos, ordens, sugestões e trocas de informações, “nomeou-me” o estafeta da Semana, “cargo” que muito me empolgou, então com 14 anos.

Ali conheci e passei a admirar esse ser humano diferenciado, de quem, empolgado, li os primeiros livros: o premiado O outro caminho, Maria da Tempestade e Sofrer e Amar, e depois tomei conhecimento da sequência de mais 40 livros, de temática doutrinária e psicológica, alguns redigidos em francês, inglês e espanhol, publicados e divulgados, obviamente, em outras nações.

Seguindo irrevogável vocação, o médico, psicólogo e escritor tornou-se sacerdote, conferencista e orador sacro, cujas exortações, plenas de fé e sabedoria, faziam-se ouvir por uma assistência ávida, nas homilias, na igreja da Sé. Felizes dos que ouviram suas admiráveis alocuções.

Em boa hora virão as reedições das obras de João Mohana, o mais profícuo autor brasileiro sobre a temática matrimonial.

Ao referir-me a esse benemérito polígrafo, lembro, agora, de dois outros padres maranhenses que também se destacaram como literatos, os únicos, e, tais como João Mohana, foram eminentes tribunos, palestrantes, educadores, com a diferença, porém, de que ambos se imiscuíram na política partidária: os monsenhores Hélio Maranhão e Clodomir Brandt e Silva, este mais conhecido como Padre Brandt.

Monsenhor Hélio, licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e professor do Curso de Humanidades do Seminário Santo Antônio, escreveu livros como Uma carta de amor, Palavras de ontem e de hoje, Janelas do meu claustro, o Brilho das Estrelas e outros, que o levaram a, também, integrar a Academia Maranhense de Letras. Durante anos, ilustrou a imprensa timbira com sua lúcida colaboração.

Teve ampla atuação no campo ideológico da Igreja, como divulgador da Ação Católica entre a juventude e criador das Comunidades Eclesias de Base-CEB, entidade que, de certo modo, aproximou-se, doutrinariamente, da discutida Teoria da Libertação, divulgada por Leonardo Boff e, como este, realizou Encontros e Peregrinações no Brasil e no Exterior.

Durante o período em que esteve como pároco de Tutoia, concomitante ao seu trabalho no âmbito da assistência comunitária e da fundação de escolas na sede e na periferia da cidade, exerceu uma estressante militância política, intensificada por renhida polêmica na imprensa, entre ele e o seu opositor e desafeto, o também jornalista Merval Melo, redator de O Imparcial.

Monsenhor Hélio Nava Maranhão, nascido em Barra do Corda-MA, foi capelão-chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Maranhão, no posto final de tenente-coronel. Muitas vezes estive na capela do quartel, no retorno do Calhau, ouvindo os seus sermões repletos de praticidade sobre a missão da Igreja perante a realidade social do povo brasileiro.

O outro clérigo-escritor, padre Brandt (monsenhor Clodomir Brandt e Silva), natural de Colinas-MA, escreveu livros sobre temas históricos, étnicos e romanescos, como Assuntos Ararienses, Escritos sem ordem, 26 opúsculos sobre a etnia das famílias de sua paróquia, uma peça teatral e os romances Folha miúda minha dor, Os caminhos de Silvânia, Arnaldo e Luzia dos olhos Verdes, todos com o viés de denúncia contra os mais vulneráveis.

Jornalista, redigiu centenas de artigos de conteúdo geral, publicados, semanalmente, no pequeno órgão por ele criado, Notícias, editado pela Escola de Artes Gráficas, também por ele fundada. Nesse periódico publiquei o meu primeiro texto, aos 14 anos, sob o título “Suicídio”, referente ao final trágico do então presidente Vargas, jornal existente nos arquivos do Memorial que lhe é dedicado.

O padre Brandt, excelente professor nosso, executou um grandioso trabalho assistencial, fundou escolas convencionais, profissionais e entidades culturais, mormente nos primeiros anos de seu apostolado. A continuidade desses empreendimentos foi prejudicada pelo seu ingresso na política partidária, atravancando, ainda, o seu trabalho missionário, que perdurou, mesmo com conflitos, por mais de meio século, sempre em Arari. Em razão de manter a sua atuação adstrita a esse município, teve limitado o seu campo de visibilidade literária, que bem poderia ampliar-se para um horizonte maior, conquanto competência e talento não lhe faltavam.

Biografei-o num livro volumoso – O universo do padre Brandt – em cujo final, saliento: “… na velhice, recolheu-se ao seu tabernáculo e no silêncio de suas meditações reencontrou-se consigo mesmo: redirecionou seus dias para a pesquisa histórica e para a literatura, tendo tempo suficiente para produzir uma obra de considerável mérito e honrar sua predestinação intelectual”.

Estes foram, numa apressada síntese, cabível numa crônica, os três sacerdotes que, no último século, pontificaram nos diversos gêneros da literatura, nas cátedras educativas, nos púlpitos e até nos difíceis meandros da política, nesta abençoada gleba tropical.

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Crônica de José Fernandes: “A história ‘maravilhosa’ de um par de tênis”

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EM VIAGENS de recreio, gosto de olhar os produtos expostos nas vitrines das lojas de luxo, mas não compro nada. Só faço olhar. Mesmo sem procurar saber os preços, cismo que tais produtos me sairão muito caros. Já nas feiras livres, compro tudo o que necessito, e às vezes o que não necessito, sempre com a impressão de estar fazendo um bom negócio.

De passagem por uma feira, no Recife, olhei um par de tênis, achei-o bonito, vistoso e o experimentei; ajustou-se aos meus pés, o preço era bom – comprei-o, sem mais delongas.

De regresso, eu o calcei, para a minha caminhada habitual na avenida Litorânea, e logo nos primeiros passos o calçado começou a ranger, fazendo um som desagradável, facilmente percebível por quem passava perto. Discretamente, descalcei-o e fui andar na praia, descalço.

Dias depois, procurei uma sapataria artesanal, daquelas que o sapateiro fabrica o calçado de conformidade com o gosto do freguês. Encontrei-a, depois de muita busca, pois as sapatarias artesanais em São Luís hoje são raras, diferente do que ocorria antigamente quando tais casas proliferavam pela cidade – hoje os calçados são fabricados em outros centros.

Deixei o par de tênis com o dono do negócio, que não mostrou satisfação diante da insignificância do serviço, mas prometeu fazer o possível para debelar o meu desconforto.

Dias depois, ao recebê-lo de volta, o profissional informou-me tê-lo esticado, demoradamente, numa fôrma, achando ele que essa providência o tornaria normal. Não o experimentei – meu carro ficara mal estacionado e não quis demorar. Só dias depois pude fazê-lo, ao sair para a orla marítima. Confiante, iniciei normalmente a minha caminhada, satisfeito com o trabalho do artesão; aí, nova surpresa: não demorou, o tênis recomeçou a ranger, desta vez mais alto, causando-me incômodo e acanhamento diante dos passantes. Chateado, voltei ao carro, descalcei-me e, novamente, fui caminhar na areia da praia, disposto a não mais usá-lo.

Passados uns dois meses, contei o ocorrido a alguém de minha intimidade e este me convenceu a levar o calçado a um amigo seu, dono de uma pequena remontaria, dizendo ser um profissional competente no ramo, capaz de solucionar o impasse com presteza e eficiência. Atendi a recomendação, contratei o ajuste, e logo no dia seguinte recebi-o de volta, devidamente acomodado numa caixa, como se fosse novo.

Para não aborrecer o caro leitor ou leitora, vou encerrar esta historinha, que já se prolonga: dias depois, quando me dispus a abrir a caixa contendo o dito cujo, fui novamente surpreendido, desta vez por ele exalar um cheiro desagradável. Mesmo assim, calcei-o e, mais uma vez, ouvi e os de minha casa ouviram, rindo de mim, o mesmo rangido das outras vezes, além de continuar a expelir o cheiro nada agradável, agora identificado: sebo de carneiro.

O abjeto tênis, bonito, rangente e malcheiroso, comprado por um preço “razoável” na feira movimentada daquela rua de Recife, foi doado por mim, com a devida explicação, e aceito, embora com uma certa desconfiança, por um rapaz limpador de para-brisas que faz ponto no retorno da avenida Castelo Branco, no bairro de São Francisco, encerrando, assim, essa “linda e empolgante” história de um par de tênis rangedor, restando, apenas, como moral da história, lembrar o velho adágio popular que diz: o barato sai caro.

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Anderson Mello, o “Garoto do Samba”, anuncia eventos para o segundo semestre em São Luís

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Anderson Mello, o “Garoto do Samba”, é o criador do “Samba de Maria” e de outras marcas que conquistaram os bambas de São Luís

São Luís – Há 7 anos dedicando-se ao gênero musical mais popular do Brasil, o produtor Anderson Mello, o “Garoto do Samba”, tem se esforçado para fazer um trabalho diferenciado nessa área com o intuito de deixar sua marca nos eventos que promove, sempre com as bênçãos de São Jorge, santo protetor de sua família.

Pelo andar da carruagem, o “Garoto do Samba” tem tudo para alçar voos mais altos e sacudir a agenda cultural local. É que o samba para ele é sagrado e merece todas as atenções.

Recentemente, Anderson Mello anunciou o projeto “Samba Experience” com um evento especial para convidados no Residencial Recepções, na Cohama. Uma iniciativa que revelou todo o carinho que ele imprime ao samba.

Anderson Mello: “Meu objetivo é fazer eventos cada vez maiores em São Luís, pois o samba merece”

Mello cuidou de todos detalhes como se estivesse realizando uma festa de 15 anos do filho primogênito. Disso depreende-se o cuidado para com o ritmo que ele resolver abraçar.

“Comecei como produtor de eventos de outros gêneros, dei uma parada por causa da faculdade, mas depois que me formei voltei já focado no samba. Comecei sozinho e ao longo do caminho fui encontrando alguns parceiros. Meu objetivo é fazer eventos cada vez maiores em São Luís, pois o samba merece”, afirma ele.

O “Garoto do Samba” em momento de descontração na orla marítima da capital maranhense

A programação de Anderson Mello para este segundo semestre, aliás, vai de vento em popa. A próxima festa assinada por ele, “Independência ou Samba”, será realizada no dia 7 de setembro. Em outubro, no dia 12, será a vez de mais uma edição do “Samba de Maria”. E 2023 promete. O primeiro samba do ano também terá as mãos dele. A festa acontecerá no primeiro dia de janeiro, mas os detalhes ainda serão divulgados.

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