Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.
São Luís – O Villa do Vinho Bistrô (Cohama), leia-se Werther Bandeira, promete um super almoço para o Dia dos Pais neste domingo (14), das 12h ás 16h.
Unindo boa música, drinks e gastronomia refinada, os papais e suas famílias ainda serão brindados com apresentação do duo de voz e violino formado pelos músicos Janeth Rocha e Hélio Bonfim, numa pegada Lounge Chic (sem cobrança de couvert artístico).
O menu é à la carte. E para maior conforto de todos, a casa está trabalhando com lotação limitada mediante reservas antecipadas, que podem ser feitas pelo WhatsApp (98) 98125 3311.
São Luís – Uma boa dica para o Dia dos Pais é dar uma passada nas lojas do Empório Fribal, que estão repletas de opções para presenteá-los com o que eles mais gostam, proporcionado um domingo saboroso para toda a família.
Há opções de kits para montagem com itens à escolha: cervejas nacionais e importadas, vinhos, uísques, bebidas finas, chocolates, doces, cafés gourmets, massas importadas, além de carnes nobres como o Dry Aged Beef, corte macio e saboroso que passa por um processo de maturação a seco, resultando numa carne especial para receitas gourmets ou churrasco.
Quem quiser também pode levar o papai para tomar um café da manhã especial nas lanchonetes do Empório Fribal e começar a data de forma diferente. Ou, ainda, presenteá-lo com uma deliciosa cesta de café da manhã, que pode ser encomendada em todas as lojas.
Outra opção deliciosa e ainda mais completa é a cesta de brunch, que pode ser encomendada exclusivamente no Empório Fribal do Calhau com o Chef Ricardo Formigari pelo fone (98) – 991899552.
São Luís – Mais uma vez, o Shopping da Ilha inova e oferece uma experiência única para seus clientes. Trata-se do Ilha Beer Festival, que será o maior festival de música, comida e cerveja do Maranhão.
Há muito tempo que o público esperava por um evento desse porte. “Pensamos em um evento para toda a família e que reunisse diversão, música e gastronomia”, afirma a gerente de Marketing do shopping, Elirdes Costa.
Serão cinco dias de música de qualidade, comida boa e as melhores cervejas artesanais. “Todos os dias, teremos atrações de relevância nacional, covers oficiais das maiores bandas de rock do planeta e as melhores bandas de pop rock do Maranhão”, acrescenta Elirdes Costa.
O evento é exclusivo para clientes do Shopping da Ilha. Para participar, basta cadastrar notas fiscais no aplicativo do Shopping da Ilha (baixe na Apple Store ou Play Store), gerar o QR Code Vale-Brinde e se dirigir ao Posto de Trocas, na Praça de Eventos do Shopping da Ilha.
Atenção:
– Promoção válida para compras realizadas de 5 a 28 de agosto de 2022
– R$ 300,00 em compras = 1 par de ingressos para 1 dia de evento.
– Cada CPF pode trocar até 5 pares de ingressos, sendo 1 pra cada dia.
Atenção para as datas: 7 a 11 de setembro
Datas e atrações:
07/09 Sandra de Sá
08/09 Queen Tribute Brasil
09/09 Coldplay Yellow
10/09 U2 Grace
11/09 Rockinstones
ONDE?
Shopping da Ilha – Arena do Ilha – Estacionamento externo do Mateus
São Luís – No dia 13 de agosto, às 11h, abre para o público, no Itaú Cultural, em São Paulo, a Ocupação Tônia Carrero, com exposição que permanece em cartaz até 6 de novembro.
Ela celebra o centenário da atriz em sinergia, durante este período, com mostra de filmes na plataforma de cinema brasileiro Itaú Cultural Play, encenação de Navalha na Carne, com Luisa Thiré no papel da prostituta Neusa Sueli, interpretada por sua avó na década de 1960; leitura dramática das memórias da atriz em seu livro O Monstro de Olhos Azuis, na atuação de seus netos, e uma série de quatro episódios do teleteatro, Tônia, um corpo político, sob direção de Fabiano Dadado de Freitas.
Junta-se a esta programação um Almanaque – disponível no formato impresso e on-line –, o site e a playlist da Ocupação no Spotify, além de programação educativa diversa, presencial e virtual.
A exposição tem pesquisa, concepção, curadoria e realização da equipe Itaú Cultural, formada pelos núcleos de Artes Cênicas e da Enciclopédia. A cocuradoria é de Luisa Thiré e o projeto expográfico de Kleber Montanheiro.
Como é vocação dessa série, em mais de 230 peças o visitante mergulha na vida, obra e processo de criação da homenageada, revelando também facetas suas menos conhecidas do público. São fotografias, audiovisuais, trechos de filmes, roteiros originais, documentos, jornais, bilhetes, cadernos de anotações da atriz, cartazes de filmes e peças, entre outros. Todo este material vem de fontes como o próprio baú de sua família, os arquivos da Cinemateca, TV Cultura, Instituto Moreira Salles, Museu da TV, Centro Cultural São Paulo, Arquivo Nacional e a coleção de figurinos de Marcelo Del Cima.
Tem bilhetinhos pessoais dirigidos a Tônia por Rubem Braga, eterno apaixonado por ela, e Adolfo Celi, o seu segundo marido. Eram muitos os amigos da atriz, o poeta Carlos Drummond de Andrade, a atriz Bibi Ferreira, o autor Manoel Carlos, os compositores Tom Jobim e Vinicius de Moraes, a escritora Clarice Lispector, o ator Paulo Autran, amigo-irmão da vida inteira. Também compõem a mostra, depoimentos gravados na atualidade pelo Itaú Cultural com seus familiares artistas; o ator e diretor Daniel Filho, que discorre sobre a sua atuação nos palcos, novelas e teatro, e Laís Bodanzky, que a dirigiu em 2008, no último filme de que ela participou, Chega de saudade, fazendo par com Leonardo Villar.
Percurso
Para quem chega ao espaço expositivo pela entrada à esquerda, a visita ao universo de Tônia Carrero começa pelo núcleo Navalha na Carne. Em um dos seus papéis mais emblemáticos, sobre texto de Plínio Marcos e direção de Fauzi Arap, ela estreou esta peça em 1967, plena ditadura militar, ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier. Seu papel, o da prostituta Neusa Sueli, exigiu que engordasse e falasse palavrões, substituindo a mocinha bonita, de formas elegantes e delicada, conhecida até então. Com este trabalho, ela mereceu não somente o Prêmio Molière de Melhor Atriz, como também marcou o seu posicionamento político ao tomar frente do processo de liberação da peça, inicialmente proibida pela censura da época.
Esta foi uma postura frequente na defesa da atriz pela liberdade de expressão e pelas peças em que acreditava. É icônica uma foto dela, presente na mostra, em frente à passeata da greve dos artistas contra a censura e a ditadura, ao lado das atrizes Eva Todor, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell, em 1968, no Rio de Janeiro.
Maria Antonietta de Farias Portocarrero, seu nome de batismo, era filha de Hermenegildo, militar, e Zilda, dona de casa extremamente conservadora. Apesar da patente, ele incentivava sua “Mariinha” no universo das artes. A severa matriarca considerava este um mundo de perdição e queria ver a filha casada e comportada. Como se viu em sua carreira, a garota persistiu em todos os seus sonhos e seguiu em frente. Com o passar dos anos chegou a comentar com seu amigo e parceiro de palcos Paulo Autran que fez de sua vida o que queria ter feito.
Neste mesmo núcleo, o visitante é recebido pela voz da própria homenageada, falando de sua carreira. Provavelmente, boa parte do público – especialmente aqueles que têm mais de 30 anos –, lembra de Tônia Carrero por sua participação em novelas da Globo como Pigmaleão 70, ao lado do ator Sérgio Cardoso dirigida por Régis Cardoso, O Cafona, com Francisco Cuoco, sob direção de Daniel Filho e Walter Campos, ou O Primeiro Amor, com direção dupla de Regis Cardoso e Walter Campos, voltando a fazer par com Sérgio Cardoso.
No entanto, o percurso dela no mundo das artes foi iniciado pelo cinema e o teatro e este é o foco na entrada à exposição pelo lado direito. Tônia se formou em educação física, casou-se com o artista visual e diretor de cinema Carlos Thiré, com quem teve o único filho, Cecil. Foi estudar na França com Jean-Louis Barrault que a desincentivou de ser atriz. Tinha 25 anos quando voltou ao Brasil e estreou no cinema com Querida Suzana, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte e Nicette Bruno. Na sequência foi dirigida por Fernando de Barros em Caminhos do Sul (1949) e Perdida pela Paixão (1950). E por aí seguiu.
No final da década de 60, a televisão entrou em sua vida pela mão de Vicente Sesso para fazer, na extinta Excelsior, a telenovela Sangue do Meu Sangue, ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco, com direção de Sergio Britto. Também por aí seguiu.
O teatro foi sua paixão, como atriz, produtora e empresária. Pela sua mão, o então aspirante a advogado Paulo Autran se tornou um reconhecido ator. Juntos, em 1949 estrearam no Teatro Copacabana, no Rio de Janeiro, Um Deus Dormiu Lá em Casa, de Guilherme Figueiredo, sob direção de Silveira Sampaio. Ela também estreou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em 1953, Uma Certa Cabana, de André Russin, com direção de Adolfo Celi. Em 1956, já separada de Carlos Thiré e casada com Celi, o casal e Paulo Autran formaram a Companhia Tônia-Celi-Autran, estreando em 1956, Otelo, de Shakespeare, dirigida pelo então marido. Mais uma vez, por aí seguiu.
Para se ter uma ideia, segundo levantamento feito pela equipe do Itaú Cultural para o Almanaque desta Ocupação, ela participou de 19 filmes. Só nos estúdios da Companhia Vera Cruz, onde foi parar a convite de Franco Zampari, foram três, que estão em exibição na mostra dedicada a ela na Itaú Cultural Play – Apassionata, de Fernando de Barros e Tico-tico no fubá, de Adolfo Celi – produção indicada no Festival de Cannes como melhor filme –, ambos de 1952, e É proibido Beijar, dirigido por Ugo Lombardi em 1954. Esta companhia teve projeção internacional e, junto, projetou Tônia no exterior como se vê em matéria da revista Scena Muda em exposição na mostra. Além disso, ela fez 15 telenovelas, entre a Tupi, SBT e Globo, onde ainda participou de outros oito programas dessa emissora. Tônia recebeu nove prêmios, encenou 25 peças com Paulo Autran e sete com seu filho. Na Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), encenou outras 17. No total, a atriz participou de 54 montagens diferentes. Como Neusa, em Navalha na carne, falou 22 palavrões, em um tempo em que era considerado impróprio este palavreado entre as mulheres.
Com este pano de fundo, chega-se na mostra ao terceiro e último nicho, o camarim – ou espaço de afetos –, por onde se desenvolve o seu histórico cênico e de vida, desde pequenina.
São Luís – “Pink Floyd Experience In Concert”, a ser apresentado no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol), no dia 11 de setembro, é uma imersão musical e visual nas histórias e mentes dos lendários David Gilmour e Roger Waters, que, juntos, foram responsáveis pela história musical de uma das maiores bandas de todos os tempos.
O show conta com grandes sucessos em seu repertório, tais como “Mother”, “Wish You Were Here”, “Time”, “Another Brick In The Wall”, dentre outros, propiciando ao público uma verdadeira viagem no tempo, com as fases e músicas mais importantes dessa grande banda, em um espetáculo emocionante.
Efeitos visuais, projeções em Mapping 3D e um palco totalmente temático com sincronia incrível entre música e iluminação completam o combo.
Além dos vocais, banda e orquestra, o espetáculo ainda conta com a produção executiva de Daniela Schiarreta e a direção de grandes mestres da cena artística da atualidade.
Com direção musical do maestro Eduardo Pereira e direção geral do renomado diretor Bruno Rizzo, que assina a direção de grandes espetáculos como “Queen Experience In Concert”, “Abba Experience In Concert”, “Embalos de Sábado à Noite, O Musical”, “Amazing Tenors, Sings Bocelli”, “Broadway In Night”, entre outros.
A turnê já percorreu várias cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Campinas, Brasília, Jaraguá do Sul, Passo Fundo, Chapecó, Boa Vista, Manaus, entre outras.
São Luís – “A Bela e a Fera In Concert, O Espetáculo Musical” será apresentado em São Luís no dia 11 de setembro, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol).
O espetáculo traz aos palcos um dos maiores clássicos de animação do cinema em um musical 100% cantado ao vivo e com orquestra no palco. Uma belíssima releitura de um dos maiores clássicos de todos os tempos.
Baseado no conto de domínio público francês, “A Bela e a Fera – O Espetáculo Musical” traz aos palcos esse emocionante espetáculo que conta a história de amor entre uma linda jovem e um príncipe enfeitiçado e transformado em fera. Sua bondade a faz enxergar o lado humano da fera, por quem se apaixona perdidamente, quebrando o feitiço.
Além da orquestra e do experiente elenco que atua, dança e canta, o espetáculo conta com produção executiva de Daniela Schiarreta e direção de grandes mestres da cena artística da atualidade. Com direção musical do maestro Eduardo Pereira, coreografias de Tatiana Abbiati, direção de elenco de Ewerton Novaes e direção geral do renomado diretor Bruno Rizzo.
A turnê já percorreu mais de 50 grandes cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, João Pessoa, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu, Curitiba, Maceió, Joinville, Natal, Porto Alegre, Fortaleza, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, entre outras. Impactando um público de mais de 100 mil pessoas, tendo sua primeira experiência internacional no Uruguai.
São Luís – Na noite da última terça-feira (09), o Boticário reuniu influenciadores e formadores de opinião da capital maranhense em um evento sofisticado para falar sobre seu mais recente lançamento: Malbec Ultra Bleu.
A novidade no portfólio reúne a força do amadeirado a notas ultrarrefrescantes e conta com uma molécula exclusiva, capturada na essência de um vinho francês envelhecido nas profundezas do mar Mediterrâneo.
A programação, que ocorreu no Gran Cru Restaurante, contou com a apresentação do novo Malbec, além de um jantar e bate-papo super legais.
São Luís – Deive Leonardo, que estará em São Luís no dia 26 de agosto, às 20h, no Multicenter Sebrae, é o evangelista com o maior canal de pregação individual do mundo. Ele tem mais de 372 milhões de visualizações, mais de 7 milhões de inscritos no YouTube e mais de 10 milhões de seguidores no Instagram.
Com uma mensagem inspiradora e de fé, Deive busca responder as maiores inquietações do ser humano e levar o conforto necessário para os momentos de dificuldade.
Além disso, convida o público a viver uma nova experiência com Deus. A ministração conduz o público a uma experiência única e emocionante, do começo até os últimos minutos.
Os números nas redes sociais concretizam o sucesso de Deive com o público. No Instagram, são mais de 11 milhões de seguidores. Seu canal no YouTube tem um engajamento de meio bilhão de visualizações.
Além disso, ele é autor dos livros “O Deus que me faz chorar”, “Ser Diferente #Partiu”, “O amor mais louco da história”; “Coragem para recomeçar”, “Final da Tempestade” e “Devocional alegria do amanhecer”, todos best-sellers.
Nascido e criado em Joinville (SC), Deive é casado com Paula Martins e pai dos pequenos João Leonardo, Noah Leonardo e Serena.
São Luís – As metas de crescimento das empresas familiares no Brasil são otimistas. Um estudo da PWC (PricewaterhouseCoopers) aponta que 78% delas esperam bons resultados para este ano. Essa perspectiva positiva se deve ao forte desempenho antes da Covid-19, no qual 63% experimentaram crescimento e apenas 13% registraram redução nas vendas.
Apesar do momento positivo, muitas empresas dessa natureza acabam entrando para o ranking das que fecham as portas antes do terceiro ano de existência. Uma das explicações é a falta de uma boa estrutura organizacional e da implantação de uma estrutura mínima de governança, uma vez que é comum não haver hierarquia administrativa, ou seja, todos os sócios delegam funções e tomam decisões importantes.
A transição entre gerações pode ser um dos principais desafios enfrentados pelo gestor de uma empresa familiar, de modo que o sucessor tenha capacidade de tomar a melhor decisão, bem como enfrentar as dificuldades que encontrará no decorrer do caminho com preparo e necessário empoderamento para tal
“Os desafios começam quando as próximas gerações vão vindo e a família aumenta. Sou parte da segunda geração de uma empresa familiar e hoje conduzo o negócio com um cunhado”, conta o empresário Márcio Búrigo, presidente do Conselho de Administração da Pozosul Cimentos, em atividade desde a década de 1970, sendo pioneira na produção de cimento com adição de cinzas Pozolânicas.
Búrigo comanda uma empresa familiar que pode servir de exemplo para muitas outras no Brasil. O negócio deu bastante certo, apesar das diversas dificuldades à época da transição, pois as rédeas da Pozosul, com sede em Santa Catarina, tiveram de passar de pai para filhos sem nenhum planejamento. O processo foi delicado e exigiu muita superação e aprendizado. A empresa tem um histórico expressivo nesse ramo de atividade, tendo, entre outras coisas, participado diretamente de grandes obras de infraestrutura, a exemplo da construção de hidroelétricas e túneis como fornecedor de cinza e cimento pozolânico.
O empresário conta que ele, a mãe e os irmãos precisaram assumir o controle com a morte do pai, sendo que, nos primeiros anos da transição, quase foram à bancarrota. “Naquela época, na década de 90, os acordos eram muito pessoais (fio do bigode). Havia pouca formalização de contratos. Logo, tudo foi muito difícil, pois nós não tínhamos a experiência acumulada pelo meu pai para poder tomar decisões do dia para a noite”, revela.
A empresa foi fundada por Aryovaldo Búrigo e tinha como objetivo a comercialização da cinza volante originária da queima de carvão do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Estudos sobre esse produto levaram Búrigo a pesquisar um cimento que era produzido no exterior, chamado Portland Pozolânico, que possuía em sua composição a mesma cinza que a Pozolana já comercializava.
Mudança repentina
Do dia para a noite, os herdeiros tiveram de tomar decisões sem entender muito do negócio. Surgiram dificuldades financeiras de toda ordem, incluindo atrasos de fornecedores, impostos a pagar, endividamento bancário e por aí vai. A solução veio com muito trabalho, segundo conta Búrigo.
“Contamos com a tecnologia e a informatização. Foi preciso reorganizar processos e documentos, a parte contábil, jurídica e a administrativa, o que levou entre seis ou sete anos até a estabilidade”, conta.
A família utilizou modelos de governança, como, por exemplo, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) para poder trabalhar em diferentes planos. “Nós começamos meio que dividindo as tarefas, mas todo mundo tocava. Até formalizar um outro modelo, que depois veio com o Conselho de Administração, separado do Conselho de Família. Alguns familiares não participarem mais do negócio”, detalha.
O executivo afirma que, mesmo atuando em um setor bastante tradicional que é o da construção civil, a nova proposta da empresa se volta muito para todas as possibilidades de inovação. “Assim como meu pai inovou ao utilizar um resíduo da usina termelétrica como componente do cimento hoje usado no Brasil inteiro, acreditamos que a inovação como base é importante para a nossa continuidade, usando a tecnologia ou não, mas principalmente instigando a mentalidade das pessoas que compõem nossa equipe”, frisa.
Márcio Búrigo foi em busca de conhecimento e aprendizado para administrar o negócio da família. Ele é pós-graduado em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela FGV e tem especialização em Marketing pela Madia Associados SP, além de muitos cursos de especialização em diversas áreas.
Além disso, possui certificação financeira CPA-20 pela Anbima e expertise no desenvolvimento de projetos imobiliários inteligentes em São Paulo e Santa Catarina. Ele é, também, responsável por liderar processos de M&A (fusões e aquisições), pela reestruturação de empresas e implantação de Governança Corporativa e Advisor de performance para empresários e empresas familiares.
No Brasil, as empresas mais bem-sucedidas são também longevas, pois possuem uma gestão estável e agem rapidamente. Elas são de fundamental importância e podem ser consideradas um dos pilares da economia. Há diferentes tipos, sendo que as mais conhecidas são a tradicional, onde a administração é exercida pelos próprios sócios, a híbrida, cuja administração é formada por sócios e por executivos, e a profissionalizada, cujos sócios são apenas quotistas, sendo a administração exercida, em quase sua totalidade, por profissionais contratados para essa finalidade mais comum nas SA de capital aberto.
Há vários aspectos que caracterizam uma empresa familiar e um deles é o senso intenso de propriedade. Como herdaram o patrimônio dos pais e dos avôs, a responsabilidade de continuar os negócios torna-se, às vezes, um pesado fardo, já que os herdeiros não tem no negócio seu sonho de vida. Um outro aspecto diz respeito à longa permanência dos membros (geralmente o patriarca concentrador) da família na empresa.
Segundo o IBGE, as empresas familiares representam cerca de 90% dos empreendimentos. Apesar desse percentual expressivo, apenas 24% delas se prepararam para a sucessão. Visando garantir a longevidade e manter a competitividade, tornando-as mais duradouras. A sucessão, por meio de um planejamento bem feito, é de fundamental importância, uma vez que ele proporcionará não só uma melhor operação com redução de custos, mas organizará a passagem do patrimônio para os herdeiros e sucessores de uma forma gradual, organizada, simples e desburocratizada.
São Luís – “As mulheres trans estão mais organizadas desde a última eleição”. A afirmação é da psicóloga Raíssa Martins Mendonça, 40, candidata a deputada federal pelo PDT e que aparece como um nome forte para representar a população LGBTQIA+ no Congresso Nacional.
“Nós temos uma frente nacional transpolítica e estamos engajadas, articuladas e unidas para ocupar cada vez mais um lugar que é nosso por direito”, frisa a maranhense de Pedro do Rosário fundadora de um Instituto que acolhe pessoas trans em situação de vulnerabilidade social na capital maranhense.
Raíssa, que conseguiu o direito de usar o prenome social por intermédio da Justiça durante o período em que estava na faculdade, está entre os mais de 200 candidatos trans espalhados por diversas cidades do Brasil e que formam um grupo de destaque no pleito deste ano.
Segundo dados do Mapeamento de Pré-Candidaturas LGBT+, realizado pela organização #Vote LGBT em parceria com a ABGLT e Victory Institute, havia pelo menos 210 pré-candidaturas LGBT+ de diferentes espectros políticos e regiões.
A pesquisa também analisou a distribuição desses candidatos por gênero, raça e orientação sexual por linha partidária. De acordo com o mapeamento, as candidaturas, em sua maioria, se declararam preta (86), branca (76), parda (44) e indígena (4).
Apesar da maioria estar presente em partidos de esquerda (83%), como é o caso de Raíssa Mendonça, entre as pré-candidaturas negras (pretos + pardos), 19% estão em partidos de centro e direita, em comparação com 14,5% das pré-candidaturas brancas e 0% das indígenas.
Nas eleições de 2020, foi a primeira vez que candidaturas negras superaram a de brancos, mas isso não se reflete na eficácia eleitoral de pessoas negras, sejam LGBT+ ou não, que ainda não são a maior parte dos eleitos.
“Nossa luta, acima de tudo, é pela conquista de direitos, representando aquelas pessoas marginalizadas, incluindo a população LGBTQIA+. Precisamos dar voz e vez a milhares de pessoas. A discriminação é uma barreira por cima da qual a maioria não consegue passar. Sou negra, vim de uma família pobre e cresci vitimada pela discriminação de gênero. Quero chegar lá para mostrar do que nós somos capazes”, diz.
Pouca representatividade
A maranhense quer preencher um espaço que, segundo ela, carece dessa representatividade. E ela tem razão. Atualmente, somente três deputados federais e um senador se declaram membros da comunidade LGBTQIA+: os deputados David Miranda (PDT-RJ), Vivi Reis (PSOL-PA) e Israel Batista (PV-DF), além do senador Fabiano Contarato (PT-ES). Nas assembleias e câmaras estaduais e municipais, esse número chega a 104.
“É ínfimo diante da magnitude dessa população, espalhada em todo o território nacional. É preciso ampliar essa representatividade”, destaca.
Desde a noite da convenção partidária do PDT, realizada no Estádio Nhozinho Santos, a candidata tem se articulado bastante e se preparado para a propaganda eleitoral, quando terá a oportunidade de mostrar o seu projeto político. A propaganda será iniciada, oficialmente, no dia 16 de agosto.
Essa data marca ainda o início da realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou outros atos de campanha eleitoral. Fica autorizada também a propaganda na mídia impressa e na internet. “É um espaço muito importante para o nosso partido”, afirma.
O horário eleitoral no rádio e na televisão terá início no dia 26 de agosto e vai até o dia 30 de setembro para os cargos que concorrem ao primeiro turno. O período da propaganda vai de 16 de agosto até 1o de outubro, véspera das eleições. No Maranhão, Raíssa Martins Mendonça será uma das representantes dessa parcela da sociedade. “Vamos mostrar a nossa cara e os nossos projetos. Com união e propósitos a gente chega em Brasília”, frisa.