Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.
São Luís – A mistura carioca vai agitar o Athenas Bistrô (Turu) neste sábado (13), às 21h, com a balada Treta Festa. A label teve a sua origem no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, e hoje circula o mundo, a exemplo da Grécia, Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, entre outros lugares.
No Brasil, a Treta Festa já esteve nas principais capitais e desta vez retorna a São Luís pela quarta vez com os DJs Thi Araújo e Fernanda Fox. Representando a prata da casa estará o DJ Brunno Ximenes.
A Treta é aquela mistura do pop que gostamos. A mistura também da alegria, felicidade e de todos os desejos que imaginamos em uma noite ímpar. O Athenas Bistrô é o melhor lugar para realizar essa super Treta”, conta Jeff Lauande, produtor local do evento.
Para Renata Cunha, sócia do Athenas Bistrô, a festa é uma das mais aguardadas pelo público LGBTQIA +. “A nossa casa passou por uma grande reforma e temos hoje um espaço super amplo com ar-condicionado, uma estrutura de banheiros e bares incríveis. O público já pedia uma festa super ousada e diferente no Athenas”, conta a empresária.
Os ingressos estão na Bilheteria Digital (Rio Anil Shopping, Shopping da Ilha, site e app). Os valores variam entre R$ 25 e R$ 80, sendo esse último ingresso de casadinha. É possível comprar o ingresso por meio de pix. Para saber o procedimento, basta entrar em contato pelo número (98) 9 8320-001.
São Luís – Fabrícia, a “Musa da Música no Maranhão”, dará o ar da graça neste domingo (14) no Casarão Colonial, na Rua Afonso Pena (Centro Histórico).
A cantora vai com tudo para, mais uma vez, agitar o público que festejará o Dia dos Pais no endereço mais disputado daquela região da cidade.
Quatro bandas e oito horas de música será o saldo positivo deste domingo. A programação no espaço terá início às 16h e o ziriguidum prosseguirá até 1h da manhã.
Os grupos convidados são Palmares, Samba de Reis e CDC, além do DJ Arsênio Filho, residente do Casarão.
São Luís – A Faculdade de Negócios Faene realizará, no próximo dia 20 de agosto, às 18h, em seu auditório, a cerimônia de colação de grau da turma do curso de graduação em Administração, cujo ciclo foi encerrado no mês de julho.
No total, receberão o canudo 23 alunos, sendo 20 funcionários da Potiguar, empresa que selou parceria com a instituição.
“A Potiguar bancou 70% do valor da mensalidade para seus funcionários e isto, sem dúvida, foi um investimento que garantirá um retorno excelente. O curso teve início em 2018 e está sendo finalizado com êxito”, disse Ricardo Carreira, diretor da Faene.
Para Ricardo Carreira, concluir mais uma turma de graduação é uma satisfação e alegria para a Faene. “Esses alunos formandos, inclusive, participarão do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – Enade, que avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial”, finalizou Carreira.
As aulas do segundo semestre para as turmas de graduação da instituição terão início na terça-feira, dia 16. E de 25 a 28 deste mês, o professor doutor Anderson Myranda ministrará aulas para a turma dos novos MBAs da instituição.
São Luís – Começa neste sábado (14) e prossegue até terça-feira (15) a programação do ritual de morte simbólica do Boi de Maracanã, marcando o encerramento oficial da participação do grupo nas festividades juninas deste ano.
A festa começa às 19h, na sede do grupo folclórico, com a Noite Cultural e a participação do Cacuriá Nova Geração, Dança Portuguesa Arte e Brilho de Lisboa, Cia. Batuke do Mará e Pão com Ovo. Mais tarde, às 20h, no Viva Maracanã, tem Pablo Mix e Banda, DJ Vanderson Pontes e Banda Mesa de Bar.
A partir das 23h, o boi se apresenta na sede e, logo em seguida, na Igreja de Santo Antônio. Depois, segue para a residência da senhora Flávia, na comunidade Alegria Maracanã, em homenagem ao saudoso Zé Ceará. Haverá, ainda, apresentação em frente à residência de Pioco e, às 6h, já no domingo, o levantamento do mourão, na sede.
A programação continua no domingo, às 16h, com cortejo saindo da Igreja de Santo Antônio e, às 20h, ritual de morte do boi, na sede. Na programação cultural estarão as bandas Suave Veneno, Pallace Show. Mega Show, Caibbean Hits e Switch 14. Na segunda-feira, às 20h, será a vez do arrancamento do mourão, na sede. Para a parte cultural, foram escalados Wandra Senna, DJ Emerson Pontes, Roots Family e Eugênia Miranda.
Na terça-feira, será a vez do tradicional Arroz de Toucinho, na sede, e à noite, da Terça Cultural, com o encerramento das festividades.
São Luís – “O coração do projeto é fazer com que a nossa economia circule e gere oportunidades e conexões entre todos os presentes”. Essa é a aposta da Feira Pertinho de Casa, evento que terá sua primeira edição no primeiro sábado do mês de setembro, dia 3, no Centro Histórico de São Luís, com programação gratuita e aberta a todos os públicos.
A feira integra o movimento “Pertinho de Casa”, iniciativa da Rede Asta, organização social que atua há 16 anos articulando negócios sociais, sustentáveis e empreendedores. As sedes são localizadas no Rio de Janeiro e São Paulo, em parceria com a Accenture, e em São Luís, com a execução e apoio da Organização NAVE (ONG Nave).
Em sua primeira edição, a Feira Pertinho de Casa objetiva conectar empreendedores e consumidores de toda a Região Metropolitana de São Luís, possibilitando a troca de experiências e fomentando o consumo local. Uma média de 40 empreendedores maranhenses participarão do evento, apresentando a diversidade de seus produtos, como comidas, bebidas artesanais, entre outros.
A expectativa é fazer com que o povo maranhense possa se conectar dentro do evento e criar possibilidades para os expositores da Plataforma Pertinho de Casa a nível econômico, cultural e empreendedor.
O evento foi pensado para potencializar o território maranhense, daí a escolha das ruas do Centro Histórico e das atrações locais, que serão divulgadas nos próximos dias. A feira será realizada das 16h às 00h, na Rua de Nazaré e na Travessa Couto Fernandes, próximo à Praça Pedro II e ao Palácio dos Leões.
A primeira edição da Feira Pertinho de Casa iniciará com ações voltadas ao público infantil e seguirá ao longo da noite com atrações artísticas. Para acompanhar todas as novidades e conferir a programação completa, basta acessar os perfis da ONG Nave (https://www.instagram.com/nave_ong/) e Pertinho de Casa (https://www.instagram.com/pertinhode.casa/) no Instagram.
Movimento Pertinho de Casa
O movimento Pertinho de Casa, que abarca o projeto da Feira Pertinho de Casa, visa possibilitar que os microempreendedores tenham uma plataforma digital a seu favor para comercializar seus produtos. Além disso, com o recurso de geolocalização, permite que o consumidor compre de quem está mais próximo da sua casa, fomentando o comércio local.
Em São Luís, o movimento Pertinho de Casa é articulado pela ONG NAVE, uma Organização sem Fins Lucrativos que tem 15 anos de existência. Ao longo de sua trajetória, tem trabalhado com empreendedorismo feminino em diversas comunidades de São Luís, proporcionando meios para que os grupos produtivos femininos possam atuar de forma assertiva.
A plataforma digital Pertinho de Casa está em São Luís e já conta com mais de mil empreendedores cadastrados. Para mais informações, acesse: https://www.pertinhodecasa.com.br/.
São Luís – O Instituto Alcoa lançou a campanha “Educador de Valor”, uma iniciativa que visa promover uma ampla mobilização em seus territórios de atuação para a valorização dos (as) educadores (as), profissionais essenciais envolvidos na missão de transformar realidades a partir da garantia de uma educação de qualidade e com equidade.
Há mais de 30 anos, a educação é uma das principais frentes de ação do Instituto Alcoa, que acredita ser esse um dos fatores centrais para o desenvolvimento do país e a diminuição das desigualdades, aprofundadas diante das consequências da pandemia de Covid-19.
“Considerando as dimensões continentais do Brasil e as particularidades de cada região, a educação é uma das pautas mais desafiadoras. Investir na qualidade e equidade de acesso do ensino que o país oferece às nossas crianças e jovens é urgente, e isso passa pela valorização dos educadores e das educadoras que, todos os dias, se dedicam à profissão de ensinar. Devemos celebrar, diariamente, a contribuição desses profissionais na formação dos estudantes”, destaca Tatiana Bizzi, diretora executiva do Instituto Alcoa.
Por entender e reconhecer que os (as) educadores (as) têm impacto direto em uma aprendizagem significativa e no desenvolvimento de toda uma sociedade, a campanha envolve uma série de iniciativas, dando visibilidade à atuação de educadores (as) e disseminando ideias, sugestões e oportunidades de ações para que todos e todas possam valorizar os(as) educadores(as) a partir da sua realidade cotidianamente.
A proposta é realizar um amplo processo de reconhecimento público dos (as) educadores (as) nas três regiões específicas onde o Instituto Alcoa atua ou que fazem parte das áreas de influência da Alcoa: 1. Juruti (PA): Juruti, Óbidos e Santarém; 2. Poços de Caldas (MG): Andradas, Caldas, Divinolândia/SP e Poços de Caldas; e 3. São Luís (MA): São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar.
Como participar
A campanha conta com três etapas. Na primeira, que vai de 9 a 24 de agosto, todas as pessoas interessadas poderão indicar educadores (as) que estejam em atividade no ano de 2022 e atuem em escolas públicas (municipal e/ou estadual) na etapa de ensino fundamental I ou II (1º ao 9º ano).
É importante destacar que a campanha considera educador (a) os (as) professores (as), assim como os membros da equipe gestora (diretores, coordenadores pedagógicos, orientadores etc.).
As indicações deverão ser feitas por meio de formulário online disponível no site da campanha: www.educadordevalor.com.br. Os(as) cinco educadores(as) de cada território com o maior número de indicações estarão aptos(as) para a próxima etapa, que será a de “Reconhecimento público”.
Na segunda etapa – que será realizada de 20 de setembro a 4 de outubro -, serão divulgadas no site da campanha as histórias sobre as jornadas de vida dos(as) 15 educadores(as) indicados(as) e todos(as) poderão escolher um(a) educador(a) que gostaria de reconhecer e valorizar do seu território. Assim, os(as) nove educadores(as) mais votados(as) no “Reconhecimento público” serão, então, valorizados(as) pela campanha.
Como parte do reconhecimento, os (as) educadores(as) receberão um “kit conhecimento”, composto por tablet, brindes do Instituto Alcoa e Alcoa localidade, divulgação de suas histórias nos veículos de comunicação do Instituto Alcoa e participação em uma atividade online sobre a temática de valorização de educadores(as), o “Evento de Reconhecimento”. O encontro, aberto e gratuito, será realizado no final de outubro e contará com a participação de especialistas na temática de educação.
Ao longo de toda a campanha, o Instituto Alcoa irá divulgar nos seus veículos de comunicação – como o perfil no Facebook e Instagram, site e comunicados digitais – diversos materiais a respeito do tema de Educação. Além disso, todos que participarem da iniciativa receberão um selo digital “Parceiro(a) da Educação – eu valorizo quem educa!” e acesso a um kit com materiais digitais sobre o assunto.
São Luís – A brita é a grande aliada na montagem de jardins, vasos e canteiros. É que o produto garante eficiente drenagem, sem excesso de água. O melhor de tudo é que é excelente para a remineralização do solo, a partir da incorporação do pó da rocha, o que permite diversificar as fontes minerais de macro e micronutrientes a serem absorvidos pela planta.
Na verdade, mais do que escolher as plantas e produtos ideais para cada projeto de paisagismo, é preciso criar um sistema de drenagem realmente eficaz, pois o excesso de água das regas e da chuva pode encharcar a terra e apodrecer as raízes. Há grande quantidade de brita para jardim disponível no mercado.
Enquanto as pedras mais “nobres” ficam bem na decoração, a brita ainda é a mais indicada para o sistema de drenagem por seu baixo custo e funcionalidade garantida.
“A brita, sem dúvida, é excelente para esse fim. É uma prática altamente sustentável, principalmente neste momento em que o Brasil precisa comunicar ao mundo atitudes dessa natureza”, frisa o publicitário Pedro Salgueiro, da equipe de comunicação da Granorte, empresa especializada na produção de material britado para construção.
Segundo os especialistas em jardinagem, para cada vaso ou jardineira, o processo de drenagem é formado por 1/3 de brita e 2/3 de areia misturada com terra vegetal adubada. Nesse caso, a brita do tipo 1 e a areia produzidas são excelentes opções para garantir a qualidade do serviço.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na incorporação de pó de rocha ao solo, podem ser aproveitados elementos como cálcio, magnésio, potássio, cobre, ferro, manganês, silício e zinco, entre outros. Debruçados sobre o assunto, os pesquisadores detectaram ainda a necessidade de uso de microrganismos para melhor absorção desses minérios. Fungos ou bactérias se alimentam do agromineral e liberam no solo nutrientes que serão aproveitados pela planta, formando uma cadeia alimentar específica.
Montagem de vasos
A drenagem pode e deve ser utilizada no plantio doméstico. Veja o passo a passo:
– Escolha o vaso levando em conta o tamanho da espécie a ser plantada
– Coloque um caco de telha sobre o furo do vaso para impedir que ele entupa
São Luís – Terapias integradas que ajudarão os clientes a melhorar o seu bem-estar físico, emocional e mental é a proposta da Alma Mater, espaço do português Miguel Rodrigues, que se apaixonou por São Luís e aqui decidiu seguir o seu caminho como terapeuta holístico.
“Com a pandemia do Covid-19, as pessoas que apresentam sinais de depressão, ansiedade e estresse tiveram um enorme aumento. A terapia integrada ajudará estas pessoas, pois todos os sinais que sentimos no nosso corpo têm causas emocionais. Uma simples dor de estômago tem origem em algo da nossa vida que nos está perturbando”, disse o terapeuta Miguel Rodrigues.
Reiki e Terapia Multidimensional aliadas a outros processos de cura holísticos irão ajudar os clientes nos seus problemas, no espaço da Alma Mater.
“Cada pessoa será avaliada na primeira consulta e depois desse diagnóstico iremos realizar as terapias no sentido da melhoria do bem-estar da pessoa”, revelou Miguel Rodrigues.
Uma das curiosidades dos tratamentos é que incluirá massagens relaxantes e terapêuticas. “Muitas das pessoas só se lembram de massagens quando o corpo dói. Fazemos assim um tratamento preventivo em todos os níveis: corpo, alma e mente, porque também só pensamos nos nossos problemas emocionais e doenças quando surgem na nossa vida”, salientou ainda o terapeuta. Dai o nome Alma Mater, que vem do latim e significa ‘a mãe que nutre, a mãe que alimenta’. É isso que “vamos fazer: nutrir as pessoas com energias curadoras e apaziguadoras, elevando a vibração de cada um e fazendo com que cada um se sinta cada vez melhor”, disse o terapeuta.
O novo espaço fica situado no Midas Coworking, no quarto piso do edifício Atrium Plaza, na Rua das Mitras, Renascença. “Um espaço com atendimento fantástico na recepção, bonito e com o conforto que agradará as pessoas”, garantiu Miguel Rodrigues.
São Luís – A Maxx é uma empresa que oferece serviços de última geração de Internet 100% fibra, telefonia fixa e móvel e TV a cabo HD. Mais que isso: com responsabilidade social, pois sua missão é promover conexões de valor para toda a sociedade maranhense.
E isso inclui a causa animal. A sede da operadora, no São Francisco, é “pet friendly”, ou seja, permite a entrada de animais de estimação com seus donos e também busca apoiar a causa da proteção animal.
Para aproximar ainda mais a Maxx desse universo do resgate, cuidados e proteção animal, quem esteve na sede foi o protetor de animais Nélson Andrade, um ativista social e digital influencer que desenvolve um importante trabalho em prol da saúde e bem-estar animal.
Vem novidades por aí e a Maxx já revela que planeja fazer parcerias em prol dessa causa tão importante.
CACHORRO GRANDE, com feição de brabo, desconhecido, solto e sem coleira faz medo até aos mais afoitos.
Morando há anos num recanto calmo, conhecido como Sítio Campinas, do bairro São Francisco, nesta Ilha repleta não só de levezas, um dia, bem cedinho, acompanhei, pela redondeza, meu filho, de sete anos, que pedalava uma bicicleta.
Ao regressarmos, da casa defronte da nossa saiu um cachorro imenso, de causar medo a qualquer valente, que, sem mais nem menos, partiu em nossa direção, para atacar-nos. Rapidamente, coloquei o meu filho atrás de mim, apossei-me da sua pequena bicicleta e a segurei à nossa frente, em atitude de defesa.
O cachorro, latindo, esganiçadamente, ameaçava abocanhar-nos, e eu procurava repeli-lo com a bicicleta, em movimentos de vai e vem. Quase exaurido pelo cansaço, gritei para que alguém o levasse dali, temendo o iminente ataque, pois o bicho era de grande porte, agressivo, e por certo nos causaria sérios danos.
Depois de eu muito gritar, alguém da casa do cachorro saiu e chamou-o, e ele se foi. Sou cardíaco, diabético e nervoso, de metro e meio de altura, mas, mesmo assim, consegui ameaçar, em voz alta: “se esse cachorro nos atacar novamente, dou-lhe um tiro” (cá pra nós, com um revólver que eu nunca tive). Entrei na minha casa, esbaforido, tomei um copo d’água, meu filho quase desmaiado, sem sangue na face.
No dia seguinte, enfrentei minha jornada de trabalho e, de volta ao lar, ao anoitecer, antes de eu sair do carro, um homem alto, corpulento, aproximou-se, e, raivoso, asperamente perguntou-me, num português misturado com inglês: “É verdade que você prometeu dar um tiro no meu cachorro? ”. Eu, revoltado com o que havia me ocorrido no dia anterior, quase gritando, lhe respondi, ainda de dentro do carro: “É verdade sim. Quer ver? ”. Disse isso fazendo menção de sair do veículo como se fosse sacar uma arma – como já disse, inexistente.
Nesse momento, a mulher do gringo, que o seguira, agarrou-o com força e levou-o à sua casa, logo do outro lado da rua.
Ao amanhecer do outro dia, cedo, saí e fui até a esquina, receoso de que o estrangeiro estivesse me esperando de arma em punho, mas o vigia noturno informou-me que, durante a madrugada, ele e a família se mudaram, com cachorro e tudo. Com certeza, ficara com medo do revólver … que eu não possuía.
Mas, como disse no início, realmente tenho medo de cachorro grande, desconhecido e solto, sem coleira. No entanto, ao mesmo tempo, tenho histórias de inauditas relações com esses animais, a começar por Duque, um amoroso cão que acompanhava o vigia da nossa rua e um dia abandonou-o para ser cuidado pelas minhas filhas e filho.
Indo adiante, faço questão de contar a façanha de um querido cão de rua, adotado pela minha família, que, na minha juventude, me acompanhava, em Arari, à noite, até o outro lado de uma ponte velha de madeira, ao lado do comércio de Jorge Salomão, e lá ficava, deitado, até a madrugada, à espera do meu retorno das grandes noitadas, porque intuía que eu podia ser atacado, naquele local, por algum desafeto.
E numa madrugada, quando eu regressava de uma festa, um mal elemento, de tocaia e armado de cacete, partiu para agredir-me, mas foi atacado pelo meu valente vira-lata, que o pôs em debandada. Esse frustrado agressor foi identificado, perdoei-o e nos tornamos amigos.
Há algum tempo, tive intensa afeição por um lindo cachorrinho, de cor preta, amorosíssimo, que se mantinha cochilando aos meus pés, enquanto eu lia ou escrevia. Costumava levá-lo comigo para passear na praia. Certa vez desgarrou-se de mim, subiu para a pista da avenida Litorânea e foi atropelado por um automóvel. Quase morto, atirou-se aos meus braços, pedindo proteção, e, muito triste, levei-o para casa.
Morreu em seguida e foi carinhosamente sepultado no nosso quintal, numa aconchegante caixinha. Chorei por ele, escondido, porque nesse tempo eu, por implicância, ainda pensava, como na crônica de Fernando Veríssimo, que “macho que é macho não deve chorar”. Hoje, por convicção, sei que macho, que é macho, não tem motivos para não chorar.
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JOSÉ FERNANDES É MEMBRO DA ACADEMIA LUDOVICENSE DE LETRAS