A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) registra pelo menos 17 casos de afogamento por dia. Um dado alarmante, que chama a atenção da sociedade e mobiliza instituições e entidades nacionais e internacionais que estão na luta para mudar essa realidade.
Na manhã desta quinta-feira (21), vários países, inclusive o Brasil, reeditam a “Maior Aula de Natação do Mundo” (The World’s Largest Swimming Lesson), cujo propósito é também mostrar que aulas de natação salvam vidas. No Maranhão, a representante oficial e credenciada é a Academia Viva Água, que abraça a campanha desde 2008, e reunirá, às 12h10, pontualmente, o maior número possível de pessoas nas piscinas de seu complexo aquático, em sua sede, na Rua das Gaivotas, no Renascença II. Aberto ao público, qualquer criança de 3 meses a 12 anos pode participar.
O credenciamento está marcado para as 11h30, com entrega das camisas e pulseiras de identificação oficial do evento, que dará direito a certificado de participação. A aula, em clima da Copa do Mundo 2018, contará com a participação de alunos de várias instituições de ensino, entre públicas e particulares.
O evento tem o objetivo também de quebrar o recorde do Guinness Book, para o maior número de pessoas dentro de piscinas no mesmo dia e horário. “É um evento internacional, com o objetivo de alertar as famílias e a sociedade sobre os riscos do afogamento infantil, que pode ser evitado”, enfatiza Denise Araújo, coordenadora geral da Viva Água.
São seis mil afogamentos por ano no Brasil
Segundo o presidente da Sobrasa, médico David Szpilman, o afogamento é a segunda principal causa de morte entre crianças de 0 a 9 anos de idade. São 6 mil casos por ano. A grande maioria acontece em rios e corredeiras. Cinco mil pessoas se afogam todo ano no Brasil por ignorar as margens da prudência. Já a piscina é um capítulo à parte. “O presidente da Sobrase sempre alerta: se o seu filho pequeno está na água, esse capítulo traz uma regra de ouro: um braço de distância entre você e ele. Parece excesso de zelo, mas pode evitar uma tragédia”, lembra Denise Araújo.
A coordenadora reforça que é preciso instituir programas municipais de segurança aquática. “O evento vai acontecer em 39 países e em mais de 50 locais no Brasil. Justamente em razão da seriedade desse problema, que precisa ser visto com mais responsabilidade pelos órgãos públicos e pela sociedade como um todo. As pessoas que não sabem nadar, muitas das vezes, não têm noção dos riscos que correm ao estar em contato com a água. É preciso também respeitar as sinalizações e não ir além dos limites. É muito comum, em praias, rios, lagos e represas, você ir além do seu limite, mas, ao fazê-lo, poderá correr sérios riscos de se afogar”, finaliza Denise Araújo.