AMANHÃ EU TE ESQUECEREI | #DQ69

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Trilha: 

Sério. Eu estou te esquecendo. Tuas lembranças não são mais tão amargas e as lágrimas, que molhavam tuas cartas, deram lugar a um esboço de sorriso. Esboço, sim. Não dá pra gargalhar como antes até a barriga doer. Eu tô tentando ser feliz – mesmo que bem pouco. É o melhor que, no momento, eu posso fazer. Eu acordei e não me lembrei de te esquecer. Escovei os dentes e liguei a TV. Caminhei em direção à cozinha e, por um momento, eu me senti tão livre que resolvi ligar o som pra dançar, enquanto o café ferve – você sabe, eu adoro cozinhar ouvindo música! Fazia muito tempo que não me permitia isso. Talvez porque uma parte de mim acha injusto cantar, enquanto, por dentro, eu só quero chorar. É um luto que reluto em lutar.

 

Liguei o rádio, já no último volume, e fui traída pela playlist. Tu e tuas músicas, que falam de saudade, me invadem novamente. E, antes que eu cante qualquer estrofe, o café ferve. Eu sinto um cheiro forte – ah, e quem me dera se fosse de café! És tu, em mais uma de tuas invasões. E sequestrada pela tua saudade, cativa, feito uma refém qualquer, lá vou eu…pra mais um dia que não te esqueci, pra mais um mergulho no que tu deixaste. Lá vou eu… abrir o Facebook, pra ver se tu estás realmente feliz. Lá vou eu… tentar descobrir algum pedido de socorro nas entrelinhas de teus posts ou, quiçá, um sorriso amarelo, que seria prova de que tu não estás tão bem assim sem mim. Eu me sinto ridícula em te dizer isso (pior é do que dizer é sentir). Falta coragem pra te esquecer hoje. Sobra vontade em te querer amanhã.

 

Eu me sinto à beira de um precipício, andando na corda bamba e tendo que atravessar de um lado para o outro. No meio do caminho, tu gritas, lá de baixo, pedindo pra que eu pule. Eu sei, eu sei. Tu não me dás certezas alguma de que vais me segurar, mas teu chamado não é e nunca foi convite. Eu sempre me senti intimada a te atender. Mas eu juro que, amanhã, eu te esquecerei. Amanhã, eu cantarei a plenos pulmões e vibrarei com a minha alma, atestando com minha mente, que eu consegui te esquecer. Amanhã, eu tomarei café sentindo cheiro de vida nova e dando adeus às tuas memórias. Amanhã, eu juro, amanhã. Não entendas meu amanhã ao pé da letra. Amanhã é qualquer dia depois do hoje. Porque, hoje, eu ainda estou ridiculamente querendo ser tua. Hoje eu continuo querendo me lembrar de ti.

 

#DQ69 #espalheamorporaí

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Se eu contar, você foge | #DQ68

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Trilha: 

Tudo bem, eu também fugiria…

Se eu contar o que sinto, você me bloquearia de todas as redes sociais e me excluiria de nossa rotina, sempre leve, que a gente cultiva. Se eu contar o que sinto, você tomaria o primeiro avião com destino a algum lugar bem longe de toda a minha intensidade. Se eu contar o que quero, você entraria em pânico e não entenderia que essa história de amor calmo, sereno e tranquilo, nunca combinou comigo. EU SEMPRE SINTO COM MINHAS VÍSCERAS. Falo com a intensidade de quem está mórbido.

Sinto com a alma, tentando estancar meus sentimentos que vazam nos detalhes. Acredite em mim: se você ainda não percebeu isso, não é por acaso. É que eu estou no limite de minha sanidade, segurando-me pra não falar demais. Porque sentir, eu já sinto – e muito. Você é o ponto alto do meu dia. Você é minha direção. Faz tempo que não me sinto perdido e se, por acaso, me sentisse, eu fugiria ao nosso encontro.  Falo “nosso”, porque eu só me encontro quando estou com você. Mas se eu fugir pra você, você foge de mim. Do mesmo jeito que fugiria se algum animal selvagem corresse pra me atacar. (Eu sei. Que péssima analogia! Mas é a mais fidedigna possível!) Meu amor por você é como a caça e o caçador.

Eu controlo cada fio de cabelo em meu corpo, pra não avançar em você. Para não bombardeá-la com meu arsenal de sentimento. Para não abatê-la com minhas juras e propostas indizíveis ao pé do ouvido. Para não devorá-la com toda a ebulição de desejos que suas gargalhadas despertam em mim. Eu vou desenhar pistas até você perceber que o que sinto por você não cabe no peito. Eu vou convencê-la, antes de revelar, de que você não precisa fugir: você pode ficar. Eu mudarei o nosso destino. Eu serei a sua paz. Não essa, com cheiro de chuva e ritmo de valsa. Mas uma paz absurdamente inquieta, barulhenta, feito bateria de escola de samba. Eu trarei a você medo – porque o que sinto é deliciosamente aterrorizante. Não é um amor que traz risinhos: você sentirá cãibras até o maxilar descolar. Não é um amor que trará borboletas ao estômago. Pelo contrário: vai parecer que, dentro de você, abriga um avestruz e você se perguntará que raio de sensação é essa.

Eu não prometo ser o ideal, mas prometo ser único. Esse que faz o corpo ficar febril e que arrebata a alma. Eu não vou marcá-la nesse texto. Porque eu mesmo me assustaria ao ler o que sinto.

 

#DQ68 #espalheamorporaí

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TODO MUNDO MENTE | #DQ67

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Por vezes, na vida, você vai ter que mentir. Sim, mentir. Ou você acha que para ser feliz não precisa de algumas mentiras? Claro.

Você precisa mentir sobre as circunstâncias e, num ato de fé, acreditar que o amanhã pode ser melhor que ontem. É que o hoje é só um momento. Você precisa mentir sobre o passado, pra se dar a chance de ter futuro. Você precisa mentir socialmente para não viver recluso. É preciso rir das piadas sem graças nos jantares executivos. É preciso mentir sobre ser forte, quando tudo que você tem é uma vontade louca de ruir tudo e todos.

 

A chave para a resistência é a negação. Negar é a mentira mais necessária que já existiu. A gente se nega a ficar triste, se nega a chorar, se nega ao medo e vai negando, até o dia em que fica muito pesado carregar todo esse fardo de negação. – Mas por quê? Talvez, inconscientemente, torçamos para que a parte boa da vida chegue, antes do fardo pesar sob os ombros. E, assim, com o passar do tempo, criamos uma verdade paralela.  Eu não chamaria de mentira por parte da gente acreditar ou, pelo menos, querer acreditar nisso. Por falar nisso, há na sabedoria popular um dito que: “mentiras contadas várias vezes assume o status de verdade”. Elas se enraízam e se sustentam em nossa mente a ponto de passarem a existir de fato – mas só em nosso mundo. Estão erguidas impetuosamente frágeis, como uma espécie de castelo feito na areia. Não é um terreno sólido (no fundo, sabemos), mas, algumas vezes, nos sentimos mais seduzidos por acreditar nas mentiras risonhas do que nas verdades tristonhas que a vida traz.

 

O problema é que, mais cedo ou mais tarde, a maré sucumbirá esse castelo. Sacudindo os frágeis pilares que o sustentavam, ele ruirá diante de você da forma mais horrenda possível. Vai doer tanto que você irá se arrepender por ter vivido nessa ilusão. Aprenderá que evitar problemas é também adiar soluções. A mentira tem prazo de validade. Já a verdade é eterna e, mais cedo ou mais tarde, ela vai bater à porta. E, acredite em mim, não será com educação. Virá feito onda, invadirá os porões obscuros que sequer imaginava existir dentro desse castelo. Como eu falei: ‘uma mentira dita por várias vezes ganha o status de verdade’. E se com as verdades inventadas é fácil perder o controle, que dirá as reais?

 

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Estou esperando você | #DQ66

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Trilha: 

 

Decidi que vou esperar você chegar. Mas, olha… não está sendo nada fácil!

Não está sendo nada legal ver todo mundo encontrar o que, desde muito pequena, eu sonhei pra mim. Não está sendo nada fácil admitir pra mim que reconhecer você será uma das tarefas mais difíceis. É que eu vinha insistindo em ver você em pessoas que não lhe cabiam, em beijos que não lhe pertenciam e até em lugares que, com certeza, você deve detestar. Eu tenho fechado os olhos pra não mais me confundir tanto. E quando digo olhos, você pode ler “coração” – se preferir algo menos metafórico. Eu fico nessa dualidade angustiante que é: esperar por você, ou fingir que você é apenas fruto da criação de meus devaneios mais românticos.

 

Você não sabe como é difícil ter fé em você. Como é distante pra mim o caminho que está entre nós – mesmo que, por alguns instantes, eu pense que você mora logo ao lado. Você não sabe como sou traída pelas minhas próprias esperanças. Como é difícil me manter sã, quando eu vejo (até aqueles que jamais sonharam essa vida pacata a dois e saltavam de relacionamentos com uma velocidade indizível!) estamparem, em minha timeline, a sorte de um amor tranquilo. Dói. Não que eu ache que eles não mereçam – longe de mim pensar isso! Mas é que poderia ser eu, entende? Poderia ser a gente, se nosso cupido, sorte, destino, ou o que quer que você acredite, não fosse tão incompetente.

 

Nessas horas, no auge de minhas inquietações, quando pareço entrar numa ebulição de frustrações e ansiedade, eu fecho os olhos e, de uma forma ilógica, eu posso ver você. Não vê-lo pelos atributos físicos que você possui, mas sim, pelo que você representa mesmo antes de chegar. Eu consigo vê-lo pela forma como você foi desenhado, esculpido pela minha esperança, impresso em mim feito tatuagem, me fazendo sua, antes mesmo de nos conhecermos. Eu sei que sou inquietude. E que, vez ou outra, vou quebrar a promessa de esperar você. Mas eu voltarei a acreditar no dia seguinte. Voltarei a acreditar nesse sonho que me deixa confusa e me traz inquietação. Afinal, eu prefiro essa confusão toda a me entregar ao conforto de uma relação preguiçosa. Não está sendo fácil, mas eu continuo esperando você.

#DQ66 #espalheamorporaí

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O que todo mundo já sabe | #DQ65

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Trilha: 

Quero falar pra você, hoje, do que eu ainda não sei ––mas que hei de saber um dia.

Quero falar pra você, hoje, das voltas que nosso mundo dará e de como você ficará surpresa com ele. Quero falar pra você, hoje, do tempo que vai congelar em dado momento em que saltaremos do AGORA pra o SEMPREQuero falar pra você do dia em que vou olhá-la e ver meu futuro dentro de seus olhos. E você vai ficar sem graça em descobrir que, se estamos juntos, estamos bem. Quero falar hoje de um futuro que a gente não sabe, porque se soubesse, se atropelaria no caminho e tentaria apressar (em vão) o destino. Quero falar pra você o que todo mundo já sabe, mas só a gente ainda não entende.

 

Estamos perto, mas não juntos. Estamos enlaçados pelas nossas rotinas e soltos pelas nossas escolhas. Somos um do outro e pertencemos ao mundo. Bagunçados organizadamente pelos desacatos a que nos submetemos, quando o assunto é se encontrar. Vagamos como imbecis por aí em busca de cores, sabores e emoções, quando ao lado um do outro, temos o ponto alto do dia, brincando de ser felizes e se disfarçando de amizade. Você ainda não sabe, nem eu. Mas, em breve, muito em breve, você, desastrada como sempre, vai esbarrar em mim pela centésima-quadragésima- quarta vez. E, dessa vez, (ah, dessa vez!) tudo vai ser diferente. Vai ter um silêncio embaraçoso, de poucos segundos, é claro. Silêncio esse, que parecerá durar todo tempo que nos enganamos em não admitir estarmos completamente apaixonados. Passará um filme, com flashes do quão na cara isso estava ––e só a gente não via. Não via porque não podia. Porque não queria. Ou porque ainda não era hora  –– vai saber!

 

Eu não tenho pressa em descobrir você. Não tenho urgência em desvendá-la. Vai acontecer aos poucos e de repente, como um sono súbito. Só que dessa vez, eu finalmente vou acordar, abrir meus olhos e descobrir que a vida é a surpresa que acontece enquanto a gente faz plano. Mas, por enquanto, esse amor tácito ainda se camuflará em parceria, ou melhor, cumplicidade. Pois somos nós, cúmplices da mesma mentira. Do mesmo medo. Do mesmo crime: o de não se perceber.

 

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ANTES DE TUA CHEGADA | #DQ64

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Trilha: 

https://www.youtube.com/watch?v=JiCwS3r_vac

 

Fiz e desfiz promessas.

Beijei sapos e tive tanta pressa que, se eu te contasse, tu mal acreditarias. Eu te desenhei em pessoas e coisas. Fiz teu nome na areia. Briguei com o mar por ele insistir em vir te apagar. Vi-te em canções que eu sonhava te dedicar – e esperei (ansiosa!) pra ver se tu já as ouvias ou se eu precisava te fazer gostar. Fui a lugares que guardei só pra nós, com pessoas que sequer lembro o nome. Evitei mudar de perfume e de rotina — vai que tu passas e não reconheces meu cheiro na esquina?

 

Em vão, te esperei olhando pro relógio fazer tic – tac. Em vão, te esperei olhando o mundo girar, ficar do avesso e ninguém reparar. Em vão, te quis apressada. E, nesse vai e vem de figurantes, percebi que tu figuravas mesmo só em meus sonhos.  Eu te procurei tanto que, quando finalmente te achei, ignorei. Ainda bem que tu insististe em vir, em estar, em ser. Ainda bem que tu não me ouviste desabafar sobre os quase amores que eu vivia a colecionar. Ainda bem que tu não te importaste nenhum pouco com minha casca exposta e seca, devido às paixões áridas que a vida me fez viver. Ainda bem! Ainda bem.

 

Tu, que já me empurraste para outros braços, agora me apertas como se fosse tua última quimera.  E eu, que sempre quis de tudo um muito, me pego rezando pra ver se, dessa vez, o amor não me solta e, em ti, eu possa repousar e descansar meu coração serelepe, andarilho e com espírito de cigano, que vaga entre os sentimentos que crio em mim — e os que deixo criar.

 

Quero sentir a paz que mora no silêncio de teu peito, interrompido pelas batidas calmas e ritmadas de teu coração. Que me fazem acreditar que tu és real e que isso não é um sonho. Antes de tu chegares, eu te sentia sem ver e, por vezes, me fiz de cega pra não me encantar por outros olhos. Antes de tu chegares eu repetia como um mantra que tu existias, lutando pra me convencer de que ia dar certo, se não nessa, mas em outra vida, mas tu serias meu um dia.

 

Antes de tu chegares, eu fui te buscar, com um coração tomado por urgência e uma alma inquieta. Mas tu só chegarias mesmo no fim da prece, quando quisesse de mim me salvar.

 

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Alguém pro seu lugar | #DQ63

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Se você já conheceu o amor da sua vida e não se casou com ele, definitivamente ele não é o amor da sua vida. Ele é só mais uma das boas lembranças que você há de guardar. Eu sei que você pensa que ele é único. Que ninguém mais no mundo vai receber suas cartas (fingindo que acha isso brega, mas, no fundo, sempre decorar o que escreveu pra volta e meia soletrar pra você). Eu sei que tem alguns lugares que parecem só fazer sentido com ele. O mesmo acontece com algumas canções, livros e até sobremesas. Eu sei que depois que ele passou, você ficou tão exigente que parece nunca estar contente com o que a vida coloca no seu caminho – relaxa, não é nenhuma exigência infundada. É só você, que não se conforma mais em namorar por namorar. E, no fundo, você está coberta de razão.

Só namore quando estiver irremediavelmente apaixonada. Quando ele pedir algo absurdo, e você se pegar fazendo sem reclamar. O amor tem esse poder: fazer com que nós, que não dividimos o Trident com o melhor amigo, queiramos dividir a vida toda com um completo desconhecido.

No começo, é normal você buscar, ou melhor, exigir características iguais às dele. É só a saudade falando mais alto. Mas, um dia, você vai entender que o filme pode até continuar o mesmo, só o elenco é que tem que mudar. Ele não é o seu final feliz (e não precisa se culpar por ter apostado tanto nessa certeza!). Todo amor traz esse quê de exatidão – pelo menos, na cabeça dos amantes. Então, que tal tirá-lo de sua vida, a começar pelo seu coração, que é o lugar mais nobre? Tem muita gente aí, que você deixa de lado, que pode levá-la a lugares que nunca imaginou estar.

Tem lábios pedindo a você beijos que jamais pensou em provar. E, em alguns casos, esses mesmos podem ser a boca que lhe recitará novos versos e a fará esquecer por completo aquela velha canção. Quem sabe esse alguém não a use até como violão, tirando de você tons orgásticos com uma perfeita afinação? Talvez ele seja só outra melodia que, com o tempo, passará. Talvez seja o refrão que faltava pra rima completar. Mas você só vai descobrir se, um dia (se permitir), por alguém nesse lugar.

 

#DQ63 #espalheamorporaí

 

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AMAR COMEÇA TARDE | #DQ62

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Você apoderou o amor, colocando-o num arquétipo que não lhe cabe. Laços líquidos e nós frouxos amarram essa fantasia de que você está amando (ou é amado). Assim, a necessidade de ter um amor e aparentar uma felicidade artificial, para ser impressa e publicitada nas redes sociais, pode, em alguns casos, criar um mimetismo amoroso, que tem na infinidade de sensações a própria finitude do sentimento. Você sente. Intensamente. O começo é sempre essa erupção toda. Mas não se engane: o amar começa tarde. É necessário tempo de maturação que nem Chronos dimensionaria. Não há uma linha lógico-racional que quantifique a medida de tempo necessária para transformar toda essa ebulição em água límpida e potável, ao invés de vapor.

Eu não dividiria o amar alguém em etapas. Simplesmente porque amar sempre terá uma relação semântica com eternidade, que traz uma ideia de continuidade. Já a divisão de etapas, mesmo aquelas enlaçadas por um único fio condutor, gera a ideia de progressividade. Dessa forma, nos inclinaríamos a dizer que amar é uma constante evolução. É aquele diamante bruto que vai sendo lapidado. Esse, indubitavelmente, é uma definição interessantíssima sobre amar. Mas amar não funciona assim. Amar é in natura: sem dimensão. Já o amor é apenas um átimo do amar. Amor é um substantivo abstrato que, no auge de nossos devaneios sentimentais, assume aspectos concretos, numa espécie de Matrix entre a realidade e a imaginação.  Já amar é verbo. Transitivo. Corrente. Infinitivo. A ação, ou melhor, o exercício do amor é amar.

Como falar de exercício em uma sociedade que sofre da dicotomia paradoxal de estar obesa e anoréxica ao mesmo tempo? Como explicar que o amor vem tarde, em plena ditadura do relógio? Como pedir paciência ou calma na era dos fast foods?

A sociedade atual, vítima de sua leveza e velocidade, alimenta o consumismo emocional e suga os nutrientes das relações duradouras. O amor está aí como uma oferta, semelhante a uma mercadoria com prazo de validade definido. Em alguns casos, acredite se quiser, pode se escolher cor dos olhos, altura, cor e até classe social. Não é à toa que mídias sociais que promovem relacionamentos nadam em plena crise num mar de prosperidade.

Os mais eufóricos se valem da filosofia do Carpem Diem, como um subterfúgio na fragilidade de suas relações. Usam o escudo de que o amor pode nascer de uma troca de olhares, de um esbarrão na fila do pão, ou até mesmo da troca de alguns emoticons, likes e shares. Pode até ser que alguns se contentem em fazer amor, ser amor e ter amor. Mas a você que leu isso e entendeu que amor é só uma etapa transitória que deve desbocar no amar, deixo meus votos mais sinceros. Seja bem-vindo ao time dos que não querem só o amor como uma parte. E sim, o inteiro, que é o amar.

 

#DQ62 #Espalheamorporaí <3 #lançamentodia16 #euleioDQ

 

Primeiro capítulo do nosso livro.

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Você é a saudade de quem? | #DQ61

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Trilha: 

Roberto Carlos, no apogeu de suas mais belas canções, disse: “das lembranças que eu guardo na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim, sinto você bem perto de mim, outra vez”. Ele fala de uma saudade boa de guardar. De uma falta muito peculiar e (por que não?) rara? É a falta que preenche, é o vazio que ecoa – mas nesse caso, algo bom. Falar do sentimento alheio é bem difícil, ainda mais quando esse sentimento é a saudade. Saudade é desses sentimentos que só parecem fazer sentido pra quem sente. O causador de saudade, às vezes, sequer sabe que, pra alguém, ele é saudade. E, talvez, ele esteja do outro lado sentindo saudade de outro alguém, que, por sua vez, sente saudade de outro alguém. E nessa ciranda, que mais parece uma de adaptação da Quadrilha, de Drummond, a gente segue, ora sentindo, ora fazendo saudade.

 

Das mais variadas sensações que você experimentará, nos mais variados papéis que você tiver que interpretar no palco da vida, ser a saudade alheia é uma das coisas que você nem sequer se dará conta de que foi. Ser a saudade de alguém é ser uma companhia invisível: é morar nos porões mais escuros e íntimos de alguém. É ocupar um espaço enorme. Porque saudade é da casta dos sentimentos que não existem em porção menor. Ela é sempre muita. Saudade não é pouca – nem rasa. Saudade é profunda e afunda o peito em dor aguda. Veja que louco: você, que por vezes, se sentiu sozinho e cigano em sua própria vida, nem imagina que é companhia constante num coração alheio.

 

Ah, quem nos dera (ao menos uma vez) pegar carona nessa saudade e visitar um lugar onde a presença é uma dádiva – e até sua ausência faz bem! Ser a saudade de alguém é um sentimento que ninguém percebe, mas todo mundo já viveu ou ainda vai viver.

 

A saudade, um dia, passa. E a falta, um dia, cessa. E você? Bem, você não saberá sequer que foi a saudade de alguém. Que foi desejado a ponto de arder o peito. Que teve milhares de declarações escritas e mensagens não enviadas. Que foi o primeiro e último pensamento de alguém por vários dias- e, quem sabe, ainda é. Você foi protagonista de vários capítulos e objeto de análise na terapia de alguém. Você já foi tema de desabafo. Você já teve músicas dedicadas e poemas escritos. Você foi o motivo daquela leitura que fala sobre saudade, daquele filme que não tem final feliz. Você foi, um dia, durante algum espaço de tempo, uma saudade guardada, um sentimento protegido dentro de um coração que não soube dizer a você o que sente.

#DQ61 #espalheamorporaí #Faltam9dias

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Porque você é única | #DQ60

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Hoje, especialmente hoje, minha vida começa…

Agora, nesse exato momento, você é única. Suficientemente plena e plenamente falta, toda vez em que decide demorar. A vantagem é que se antes era solidão, hoje é só saudade. Com saudade, eu me sinto vazio. Com solidão, sou oco. Vão dizer que é mais um texto apaixonado ou algum exagero de quem vê beleza até em seu bocejar. Talvez até seja realmente isso. Mas quer saber? Eu não me importo nem um pouco. Eles só olham o que sinto. E eu sinto tanto, como se não fosse suportar. Como se meu peito fosse pequeno e todo meu corpo quisesse por inteiro amar você. Eu ouço sua respiração como uma sinfonia que me acalma e desperta a parte boa que todo ser humano, que é capaz de amar, carrega dentro de si. Hoje eu esqueci que era humano. Esqueci que sou mortal e, pela primeira vez na vida, a eternidade parece não estar assim tão distante. Talvez porque quando você está por perto, eu me sinta assim: eterno, repleto e completo de cada pedaço seu – de cada detalhe nosso.

A vida, por várias vezes não fez sentido. Pessoas entraram e saíram da minha, como se eu fosse corredor e só servisse de passagem ou de condução. Essas pessoas me trouxeram sentimentos, momentos, música e lugares. E quando se foram, eu me senti perdido e com a sensação de que estraguei o que deveria ser só seu. Minha melhor piada. Melhor declaração. O lugar mais romântico. Tudo isso tinha sido em vão. Mas quando olhei você, eu descobri o que é amar de verdade. Senti meu coração bater tão alto e tão forte, a ponto de sentir todo meu corpo pulsar. Parece até que meu coração mudou de lugar e foi parar nos tímpanos. Brotou, nesse momento, a novidade que todo mundo diz sentir. Essa coisa de “nada é como antes, sabe?”. Isso não quer dizer que tenho que me desfazer das lembranças ou ser obrigado a viver tudo inédito com você. Acontece que, agora, tudo será único e nada será igual – desde que seja com você. Eu queria poder lhe escrever novas palavras e lhe entregar minha melhor poesia, mas você me ensinou hoje que o que faz as palavras serem especiais é o sentimento que as acompanha. E não, as frases que serão ditas. Então, meu amor, aceite esse coração rasurado, que eu prometo: [até em nossa rotina] tentar ser inédito.

 

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