Alguém pro seu lugar | #DQ63

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Se você já conheceu o amor da sua vida e não se casou com ele, definitivamente ele não é o amor da sua vida. Ele é só mais uma das boas lembranças que você há de guardar. Eu sei que você pensa que ele é único. Que ninguém mais no mundo vai receber suas cartas (fingindo que acha isso brega, mas, no fundo, sempre decorar o que escreveu pra volta e meia soletrar pra você). Eu sei que tem alguns lugares que parecem só fazer sentido com ele. O mesmo acontece com algumas canções, livros e até sobremesas. Eu sei que depois que ele passou, você ficou tão exigente que parece nunca estar contente com o que a vida coloca no seu caminho – relaxa, não é nenhuma exigência infundada. É só você, que não se conforma mais em namorar por namorar. E, no fundo, você está coberta de razão.

Só namore quando estiver irremediavelmente apaixonada. Quando ele pedir algo absurdo, e você se pegar fazendo sem reclamar. O amor tem esse poder: fazer com que nós, que não dividimos o Trident com o melhor amigo, queiramos dividir a vida toda com um completo desconhecido.

No começo, é normal você buscar, ou melhor, exigir características iguais às dele. É só a saudade falando mais alto. Mas, um dia, você vai entender que o filme pode até continuar o mesmo, só o elenco é que tem que mudar. Ele não é o seu final feliz (e não precisa se culpar por ter apostado tanto nessa certeza!). Todo amor traz esse quê de exatidão – pelo menos, na cabeça dos amantes. Então, que tal tirá-lo de sua vida, a começar pelo seu coração, que é o lugar mais nobre? Tem muita gente aí, que você deixa de lado, que pode levá-la a lugares que nunca imaginou estar.

Tem lábios pedindo a você beijos que jamais pensou em provar. E, em alguns casos, esses mesmos podem ser a boca que lhe recitará novos versos e a fará esquecer por completo aquela velha canção. Quem sabe esse alguém não a use até como violão, tirando de você tons orgásticos com uma perfeita afinação? Talvez ele seja só outra melodia que, com o tempo, passará. Talvez seja o refrão que faltava pra rima completar. Mas você só vai descobrir se, um dia (se permitir), por alguém nesse lugar.

 

#DQ63 #espalheamorporaí

 

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AMAR COMEÇA TARDE | #DQ62

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Você apoderou o amor, colocando-o num arquétipo que não lhe cabe. Laços líquidos e nós frouxos amarram essa fantasia de que você está amando (ou é amado). Assim, a necessidade de ter um amor e aparentar uma felicidade artificial, para ser impressa e publicitada nas redes sociais, pode, em alguns casos, criar um mimetismo amoroso, que tem na infinidade de sensações a própria finitude do sentimento. Você sente. Intensamente. O começo é sempre essa erupção toda. Mas não se engane: o amar começa tarde. É necessário tempo de maturação que nem Chronos dimensionaria. Não há uma linha lógico-racional que quantifique a medida de tempo necessária para transformar toda essa ebulição em água límpida e potável, ao invés de vapor.

Eu não dividiria o amar alguém em etapas. Simplesmente porque amar sempre terá uma relação semântica com eternidade, que traz uma ideia de continuidade. Já a divisão de etapas, mesmo aquelas enlaçadas por um único fio condutor, gera a ideia de progressividade. Dessa forma, nos inclinaríamos a dizer que amar é uma constante evolução. É aquele diamante bruto que vai sendo lapidado. Esse, indubitavelmente, é uma definição interessantíssima sobre amar. Mas amar não funciona assim. Amar é in natura: sem dimensão. Já o amor é apenas um átimo do amar. Amor é um substantivo abstrato que, no auge de nossos devaneios sentimentais, assume aspectos concretos, numa espécie de Matrix entre a realidade e a imaginação.  Já amar é verbo. Transitivo. Corrente. Infinitivo. A ação, ou melhor, o exercício do amor é amar.

Como falar de exercício em uma sociedade que sofre da dicotomia paradoxal de estar obesa e anoréxica ao mesmo tempo? Como explicar que o amor vem tarde, em plena ditadura do relógio? Como pedir paciência ou calma na era dos fast foods?

A sociedade atual, vítima de sua leveza e velocidade, alimenta o consumismo emocional e suga os nutrientes das relações duradouras. O amor está aí como uma oferta, semelhante a uma mercadoria com prazo de validade definido. Em alguns casos, acredite se quiser, pode se escolher cor dos olhos, altura, cor e até classe social. Não é à toa que mídias sociais que promovem relacionamentos nadam em plena crise num mar de prosperidade.

Os mais eufóricos se valem da filosofia do Carpem Diem, como um subterfúgio na fragilidade de suas relações. Usam o escudo de que o amor pode nascer de uma troca de olhares, de um esbarrão na fila do pão, ou até mesmo da troca de alguns emoticons, likes e shares. Pode até ser que alguns se contentem em fazer amor, ser amor e ter amor. Mas a você que leu isso e entendeu que amor é só uma etapa transitória que deve desbocar no amar, deixo meus votos mais sinceros. Seja bem-vindo ao time dos que não querem só o amor como uma parte. E sim, o inteiro, que é o amar.

 

#DQ62 #Espalheamorporaí <3 #lançamentodia16 #euleioDQ

 

Primeiro capítulo do nosso livro.

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Você é a saudade de quem? | #DQ61

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Trilha: 

Roberto Carlos, no apogeu de suas mais belas canções, disse: “das lembranças que eu guardo na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim, sinto você bem perto de mim, outra vez”. Ele fala de uma saudade boa de guardar. De uma falta muito peculiar e (por que não?) rara? É a falta que preenche, é o vazio que ecoa – mas nesse caso, algo bom. Falar do sentimento alheio é bem difícil, ainda mais quando esse sentimento é a saudade. Saudade é desses sentimentos que só parecem fazer sentido pra quem sente. O causador de saudade, às vezes, sequer sabe que, pra alguém, ele é saudade. E, talvez, ele esteja do outro lado sentindo saudade de outro alguém, que, por sua vez, sente saudade de outro alguém. E nessa ciranda, que mais parece uma de adaptação da Quadrilha, de Drummond, a gente segue, ora sentindo, ora fazendo saudade.

 

Das mais variadas sensações que você experimentará, nos mais variados papéis que você tiver que interpretar no palco da vida, ser a saudade alheia é uma das coisas que você nem sequer se dará conta de que foi. Ser a saudade de alguém é ser uma companhia invisível: é morar nos porões mais escuros e íntimos de alguém. É ocupar um espaço enorme. Porque saudade é da casta dos sentimentos que não existem em porção menor. Ela é sempre muita. Saudade não é pouca – nem rasa. Saudade é profunda e afunda o peito em dor aguda. Veja que louco: você, que por vezes, se sentiu sozinho e cigano em sua própria vida, nem imagina que é companhia constante num coração alheio.

 

Ah, quem nos dera (ao menos uma vez) pegar carona nessa saudade e visitar um lugar onde a presença é uma dádiva – e até sua ausência faz bem! Ser a saudade de alguém é um sentimento que ninguém percebe, mas todo mundo já viveu ou ainda vai viver.

 

A saudade, um dia, passa. E a falta, um dia, cessa. E você? Bem, você não saberá sequer que foi a saudade de alguém. Que foi desejado a ponto de arder o peito. Que teve milhares de declarações escritas e mensagens não enviadas. Que foi o primeiro e último pensamento de alguém por vários dias- e, quem sabe, ainda é. Você foi protagonista de vários capítulos e objeto de análise na terapia de alguém. Você já foi tema de desabafo. Você já teve músicas dedicadas e poemas escritos. Você foi o motivo daquela leitura que fala sobre saudade, daquele filme que não tem final feliz. Você foi, um dia, durante algum espaço de tempo, uma saudade guardada, um sentimento protegido dentro de um coração que não soube dizer a você o que sente.

#DQ61 #espalheamorporaí #Faltam9dias

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Porque você é única | #DQ60

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Hoje, especialmente hoje, minha vida começa…

Agora, nesse exato momento, você é única. Suficientemente plena e plenamente falta, toda vez em que decide demorar. A vantagem é que se antes era solidão, hoje é só saudade. Com saudade, eu me sinto vazio. Com solidão, sou oco. Vão dizer que é mais um texto apaixonado ou algum exagero de quem vê beleza até em seu bocejar. Talvez até seja realmente isso. Mas quer saber? Eu não me importo nem um pouco. Eles só olham o que sinto. E eu sinto tanto, como se não fosse suportar. Como se meu peito fosse pequeno e todo meu corpo quisesse por inteiro amar você. Eu ouço sua respiração como uma sinfonia que me acalma e desperta a parte boa que todo ser humano, que é capaz de amar, carrega dentro de si. Hoje eu esqueci que era humano. Esqueci que sou mortal e, pela primeira vez na vida, a eternidade parece não estar assim tão distante. Talvez porque quando você está por perto, eu me sinta assim: eterno, repleto e completo de cada pedaço seu – de cada detalhe nosso.

A vida, por várias vezes não fez sentido. Pessoas entraram e saíram da minha, como se eu fosse corredor e só servisse de passagem ou de condução. Essas pessoas me trouxeram sentimentos, momentos, música e lugares. E quando se foram, eu me senti perdido e com a sensação de que estraguei o que deveria ser só seu. Minha melhor piada. Melhor declaração. O lugar mais romântico. Tudo isso tinha sido em vão. Mas quando olhei você, eu descobri o que é amar de verdade. Senti meu coração bater tão alto e tão forte, a ponto de sentir todo meu corpo pulsar. Parece até que meu coração mudou de lugar e foi parar nos tímpanos. Brotou, nesse momento, a novidade que todo mundo diz sentir. Essa coisa de “nada é como antes, sabe?”. Isso não quer dizer que tenho que me desfazer das lembranças ou ser obrigado a viver tudo inédito com você. Acontece que, agora, tudo será único e nada será igual – desde que seja com você. Eu queria poder lhe escrever novas palavras e lhe entregar minha melhor poesia, mas você me ensinou hoje que o que faz as palavras serem especiais é o sentimento que as acompanha. E não, as frases que serão ditas. Então, meu amor, aceite esse coração rasurado, que eu prometo: [até em nossa rotina] tentar ser inédito.

 

#espalheamorporaí #DQ60

 

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POR QUE EU NÃO POSSO TE PERDER? | #DQ59

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A resposta óbvia é: porque te amo. Mas há, além de amor, uma necessidade. Dessas que me constrangem e me fazem trocar teu nome por aquele apelido carinhoso, que, para os outros, é bobagem, mas pra nós é só um dos detalhes que compõem o que nós sentimos e como nós sentimos. Se eu te perder, eu, com certeza, perderei a mim mesmo. Porque tu sabes, somos apenas o resto que sobra das múltiplas equações, que ao longo da vida fazemos. Há aqueles que nos tiram sorrisos, e outros, o juízo. Uns em que depositamos confiança, outros, em que já perdemos até a esperança. E, nesse emaranhado de ganhos e perdas, eu encontrei algo que nem sabia que poderia existir. Ou melhor, que poderia sentir: eu te encontrei.

É que me roubaram muitas partes ao longo do caminho. Partes que eu não deveria sequer mostrar, quanto mais doá-las, assim como se fossem uma mercadoria qualquer. Eu dei, ou me tomaram – agora tanto faz. Porque depois de ti, eu sinto que não preciso de nenhuma das partes que me foram tomadas. Pra que eu ia querer aquilo tudo se eu já te tenho? É por isso que eu sinto que, se te perder, não é mais uma parte que vai embora, ou um pedaço que vai faltar. É tudo que eu separei de melhor que vai partir e me deixar um vazio tão grande, que eu vou esquecer até o meu nome.

Talvez eu esteja, nas entrelinhas dessa carta, admitindo minha insuficiência. Ou reconhecendo que o que sinto por ti já me engoliu por inteiro, de dentro pra fora. É absurdamente ridículo e incrivelmente perigoso ser dependente de um abraço e escravo de um sorriso. É um amor que aprisiona sem algemas e que prende sem corrente, mesmo tu repetindo que eu sou livre – o que me causa pavor, por sinal. Que liberdade seria capaz de fazer sumir a gravidade e, por alguns instantes, acreditar que é possível voar? Estou dependente e com mãos atadas nesse querer constante e perpétuo que sinto em te amar.

 

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#Espalheamorporaí #DQ59 #EuleioDQ

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NÃO DESACREDITE NO AMOR | #DQ58

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Não desacredite no amor

Trilha: 

Só existe uma parte complicada em achar um grande amor, antes de achá-lo. É que as frustrações, erros, lágrimas e decepções, que você acumula ao longo do caminho, vão, à medida do tempo, pesando sob os ombros e fazendo você desacreditar no amor ou, pelo menos, acreditar que algumas pessoas não nascem para serem amadas, somente para amar. E se você é uma dessas pessoas que alimentam o sonho de achar “amor da sua vida”, todo dia vai ter que brigar contra as perspectivas que, com o passar dos anos, só ficarão mais intensas e cruéis.

 

Você vai ver aqueles amigos, que sempre acharam bobagem essa coisa de amor e nunca tiverem sequer um relacionamento sério, se casarem, terem filhos e viverem aquele sonho que você alimenta muito antes de aprender a sonhar. Você participará de casamentos, batizados, aniversários e tantas outras comemorações que tentarão dissuadi-la (pelo menos pra você) a desacreditar no amor. Pode ser que, com o passar dos anos, você comece a diminuir o padrão. Comece a colocar o sentimento como segundo plano e, simplesmente, se contente com alguém que a respeite. Não que isso seja pouca coisa, mas você sempre quis mais que isso. E, por mais que tente admitir que aparentemente isso não seja pra você, no fundo, você não está pronta pra abrir mão disso. Não quero usar um tom professoral, mas desacreditar no amor é burrice. Se isso tudo for uma fantasia, que se dane a realidade! Tem gente que vai achar exigente demais, mas isso não é ser exigente. É saber exatamente o que você quer! E, principalmente, o que você não quer numa relação.

 

Um dia, o relógio da vida vai colocar você de frente para seu grande amor. E você entenderá o quão fácil isso tudo foi. Vai achar fácil, porque essa pessoa vai fazê-la tão feliz, que você toparia passar novamente por todo longo caminho, enfrentando todas as mágoas que teve que passar. Vai achar fácil, porque o simples abraço terá o poder de curar e preencher cada vazio do seu coração. Vai parecer até que é proposital esses vazios existirem. Vai achar fácil, porque o grande amor da sua vida é muito melhor que qualquer outro coadjuvante que você poderia escolher.

 

Vai, enfim, perceber que você não seria capaz de achar o grande amor da sua vida. Porque ele simplesmente não é o que você procura e sim, quem acha você.

 

#Espalheamorporaí #DQ58 #EuleioDQ

 

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Você era tudo aquilo que me bastava | #DQ57

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Trilha:

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Eu vou ficar. Quieto. Resiliente. Como uma nódoa em sua alma. Você vai conhecer novos amores, sensações e emoções. – E eu? Eu não passarei. É difícil dizer adeus. Às vezes, impossível. Você nunca vai deixar de me sentir. E, vez ou outra, quando pensar em não se lembrar de mim, o vento vai soprar meu perfume. O sol irradiará meu calor. O relógio vai rodar por completo, e você sentirá minha falta. Nós deixamos nas entrelinhas capítulos completos de uma história infinita. Palavras tão verdadeiras, quanto doloridas, de um amor que não parecia desse mundo.

 

Esses não eram os planos. Mas nós dois sabemos que a vida não os segue, e, agora, eu preciso seguir. Sem eles, sem nós, mas com você. Afinal, você vai morar em alguma gaveta secreta do meu coração – dessas que, às vezes, a gente mesmo se esquece de que tem. Assim, ninguém a acha. Ninguém a verá. E só eu sinto. Sinto, não porque quero, mas porque preciso. Ignorar você é deixar parte de mim para trás. Tantos sorrisos, abraços, lágrimas e promessas, de uma época em que apenas nosso sentimento nos bastava, me lembram de como a vida pode e já foi bem mais simples, de como é bom viver em paz.

 

Confesso que em alguns dias é assustador viver sem você. É como estar em um mundo preto e branco, num filme de figurantes. É preciso crescer pra admitir que amor seja diferente de amar. Amar é o conjunto, a conjugação. Amor é só o sentimento que, se não houver exercício, definha até virar saudade. E daquelas que, por serem maiores que o peito, escorrem pelos olhos e lembram de que crescer emocionalmente pode ser uma droga. Podíamos ser menos exigentes. Podíamos acreditar que só sentir, basta. Ainda que por mais um dia ou, quem sabe, por uma vida inteira. Acredite, se eu pudesse, eu a bastaria.

 

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UMA RAZÃO PARA MUDAR | #DQ56

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Um dia, uma palavra, um encontro, ou desencontro.

Isso tudo é capaz de alterar todo um plano de vida. A falibilidade de nossos planos mostra o quão perigoso e grandioso é cada decisão que tomamos. É só lembrar que um pequeno leme pode mudar toda direção de um navio. Eu não quero dizer que meu erro foi pequeno. Eu errei com você. E, acredite, é algo doloroso.

Bem, eu sabia que eu poderia tentar ser alguém bem melhor. Então, eu decidi mudar. Tudo bem, eu sei. Você é muito cética quanto a isso. Você não acredita que as pessoas mudem. Elas simplesmente são o que são, e mudar alguém é tão raro quanto milagres. Não tem problema em não acreditar. Eu mesmo não acreditava – até perceber que só o amor tem esse poder. Esse sentimento que conseguiu mudar o destino da humanidade não seria capaz de mudar o nosso destino? Eu quero dizer a você que eu posso ser o seu milagre, porque é você a minha razão. Uma razão para começar de novo – ou seria recomeçar? Afinal, eu já estive aqui, nessa mesma porta, falando totalmente o contrário, pedindo a você um espaço e colocando em seus ombros toda minha confusão. Na época, suas lágrimas doíam menos em mim do que esse seu silêncio e olhar altivo de hoje. Olhar você assim, me faz entender um pouco do que eu  fiz você passar.

Pensando bem, fui eu mesmo quem fez você acreditar que as pessoas não mudam .E agora, venho tentando convencê-la do contrário? Parece uma dessas piadas sarcásticas que a vida resolve nos colocar! E, na verdade, é. Se eu tivesse um pouco mais de força e fosse menos covarde, eu não estaria aqui pedindo uma nova chance. Pedindo a você, não pra esquecer os erros, mas pra lembrar que, se ainda existir amor, nós podemos tentar.

Eu sei que estou atrasado. Que você me avisou tanto pra eu não desistir. Você sempre entende tudo primeiro do que eu, não é mesmo? É que só descobri hoje o que você já sabia há muito tempo. Hoje eu descobri que não faz sentido viver num mundo no qual você seja apenas uma lembrança. Eu não posso voltar no tempo e enxugar todas as suas lágrimas – que eu mesmo lhe fiz derramar. Mas eu prometo a você que vou fazer o possível pra que cada gota que derramou regue um seu sorriso e no meu abraço você possa morar.

 

#DQ56 #espalheamorporaí <3

 

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Nós somos tudo e muito mais | #DQ55

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Trilha: 

 

É, eu sei. Nada pode ser maior que tudo. Como uma parte pode ser maior que o todo? Talvez pelo simples fato de não existir parte, metade, nem qualquer outra divisão possível. A Lógica e a Física vão achar isso um absurdo. Afinal, elas se gabam por conseguirem dividir até um átomo. Mas o que elas não sabem é que você e eu somos mais: somos além. E, quando falo além, cabe a interpretação menos comum que essa expressão costuma significar. Somos além – não somos desse mundo. Porque você não me completa. Você me transborda e desperta muito mais do que qualquer outra podia me despertar.

 

Não é que sua beleza seja estonteante. Nem que seus olhos sejam algum azul insólito. Não é pelo perfume que fica em meu ombro (e que quando você sai, eu fico com um tique buscando um pouco mais dele!). Não é pelo seu humor nada peculiar em meio às situações mais constrangedoras. Não é pelas coisas que você faz, nem pelas coisas que deixa de fazer. Não é pelas coisas que você tem. Ou essas que eu não consigo descrever. Quer dizer, deve ser pela falta de sinônimos e de literatura existente pra explicar alguém tão incrível e tão inédito, assim como você.

 

Eu já fui de outros braços e me permiti ficar em outros abraços. Já fiz promessas tão frágeis que, no primeiro sinal de que algo não daria certo, eu mudei. Ou melhor, me mudei. Saí de lá, sem olhar pra trás. E, cá entre nós, não me arrependi nenhum pouco. Eu não posso ser hipócrita de dizer que nunca achei lugares em que eu tinha tudo o que eu queria. Achei sim. E descobri que ter tudo não é – nem de longe – ter alguém que seja repleta de predicativos.É ter alguém que me leve todos os verbos, rimas e adjetivos. Alguém que faça até Shakespeare parecer clichê, como se nada (nem ninguém) pudesse descrever você – nem mesmo as entrelinhas de doses impublicáveis que sussurrarei ao pé de teu ouvido. Porque ter você é ter tudo. Ser seu é ser muito mais. E, nós juntos somos: um tudo e muito mais.

 

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Cheque em branco | #DQ54

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TRILHA:

 

Toda relação é uma troca de interesses. Ninguém fica com ninguém à toa. Se, por acaso, você está com alguém e está pensando que não é por interesse, sinto lhe dizer que está redondamente enganado. Pode não ser um interesse material, estético, emocional ou espiritual. Mas há. Ou, pelo menos, precisa haver algum tipo de interesse – nem que seja o pior de todos: O MEDO DE FICAR SÓ. Essa troca de interesse é, na maioria das vezes, algo saudável. Assim, a felicidade de uma relação e, consequentemente, a sua longevidade estão intimamente ligadas à razão entre realidade e expectativa. Você se sentirá feliz à medida que sua realidade for maior ou igual à expectativa criada. Essa troca de interesses, se fosse entendida pela lógica mercantilista, é o que define o lucro e o prejuízo. Ninguém quer sustentar uma relação que gere prejuízo no seu balanço emocional. Os esforços despendidos e todo o custo, (lê-se: “sacrifícios”) que uma relação requer, nada mais é do que uma expectativa de lucro pro futuro.

Já dizia o velho dito popular: “sorte no jogo e azar no amor”. O amor segue uma lógica diferente da bolsa de valores. O lucro de uma relação está muito mais ligado ao que você pode dar do que aquilo que você pode ganhar. Enquanto o mercado se baseia em usufruir de um esforço (até que isso gere um ativo e, por conseguinte, um lucro), o AMOR CRESCE COM  OS ESFORÇOS, ainda que esses gerem prejuízos momentâneos. O amor se autoperpetua em sua natureza infinita. A lógica de mercado, na contramão do amor, diz que: “as relações devem durar até quando não houver mais indicadores plausíveis de lucratividade”. Assim, essas relações, apesar de não possuírem um contrato definido, expressam o seu fim. Há, portanto, implicitamente, um prazo de validade. Em alguns casos, romantizados, através de poemas, como do saudoso Vinícius de Moraes: “que seja eterno enquanto dure”. Ou seja, até que eu tenha benefícios ou expectativas futuras, “o amor perdura”.

 

Em suma e ainda de posse da amálgama das relações comerciais e afetivas, chego à conclusão de que o amor é, ou deveria ser UM CHEQUE EM BRANCO. Temos o costume de guardar no banco aquilo que nos é de grande valia. O que diríamos, então, acerca dos sentimentos que carregamos? A questão é que agimos da mesma forma, tanto nas relações comerciais como nas afetivas. Não doamos nada. Apenas guardamos os sentimentos. E, assim como qualquer outro negócio, continuamos a procurar um banco (lê-se: “alguém”) que ofereça condições mais rentáveis.  Amar alguém não pode e nem deve ser encarado como um contrato. É, por sua vez, como assinar um cheque em branco. Confiar ao outro seus sentimentos e não, fazer deles um leilão. Confiar, não responsabilizar. Há uma diferença substancial entre essas duas ações. O exercício da confiança traz bons ventos soprando.  Coragem para continuar. Já o de responsabilizar o outro deságua no cárcere.  Na dependência. Aprisiona. Faz de refém o sentimento mais libertador que nós humanos somos capazes de sentir. Sim, ele mesmo.  O amor.

 

Créditos imagem: Alexandre Reis.

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