Por Bruno Magno • quinta-feira, 26 de março de 2015
Hoje eu senti saudade de você… Bom, minha intenção era escrever isso e deletar logo após desabafar com esse papel em branco. Sim, costumo fazer isso quase todos os dias, escrever sem nenhum sentido para que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Mas isso vai virar uma carta, endereçada a você, meu amor. Você, que as vezes parece demorar propositalmente. Você, que permeia meus sonhos mais puros e os mais sacanas também. Você, que tem manias que outros jamais perceberão, porque os outros jamais vão te olhar como eu te olho. Hoje é daqueles dias que parece ter 36 horas, que você reza para acabar… sei que isso é até pecado, pois, talvez, tenha gente do outro lado da rua pedindo pro tempo passar devagar, pessoas em hospitais pedindo mais alguns minutos… eu sei, eu sei. Tenho a sensação que se você estivesse aqui tudo seria mais fácil, ou pelo menos não tão difícil. Hoje iria te propor uma quebra de rotina, um banho de piscina e até um sorvete na esquina. Hoje eu te desenhei em formas e curvas inéditas, afinal, saudade deixa a gente criativo. Hoje me peguei tentando adivinhar o que você estaria fazendo. Será que, assim como nos filmes, estamos sincronizados e você também pensa em mim? Eu não sei se hoje vai ser o último dia que eu sentirei saudade. Talvez você apareça amanhã e depois de amanhã você já esteja deitada em meu colo, lendo essa carta e sorrindo de tudo isso. De qualquer forma, se não for amanhã será um dia… dia em que te direi que hoje eu senti saudade de você.
https://youtu.be/-1wGlfZe_FE
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Por Bruno Magno • quinta-feira, 19 de março de 2015
Ter a última conversa é tão ruim quanto desnecessário, já que amores não deveriam ter despedidas. Quem é o louco que se despede de um amor?! Mas aqui vou eu, enfrentar uma conversa que no fundo eu já sei o teor; mesmo tendo uma parte de mim tão ingênua quanto o pierrot, querendo acreditar que magicamente tudo vai voltar a ser o que era antes. “Tô na porta” – envio um sms. Estranho não ter pressa pra que você abra. Não, não é que não esteja com saudades, é que a minha agonia fala ainda mais alto que qualquer sentimento. Confirmo minhas previsões mais catastróficas com teu riso amarelo e um beijo na testa. Que isso? Virou minha avó? Sem saber por onde começar você escolheu os piores clichês possíveis. Aqui vai uma dica pra vida, nunca elogie demais algo quando a intenção é deixa-lo. É o pior eufemismo que alguém pode pensar em fazer, não seja covarde a ponto de procurar uma linguagem mais suave, olhe nos olhos e diga que acabou, mesmo que não tenha um motivo latente. Diga que as vezes o amor passa, mesmo que a regra seja ficar. Não diga que eu sou o melhor cara que você já conheceu ou que eu vou encontrar alguém melhor. Uma forma mais covarde que essa de dizer que nosso amor feneceu, eu desconheço. Uma puta ironia é que o mesmo alguém que te leva ao céu possa também te tirar o chão. Esse é o preço a ser pago por se tornar refém de nossas emoções. Volto pra casa com um milhão de teorias sobre como chegamos ao nosso fim. Quem foi o responsável por essa tragédia? Sei que não vai adiantar encontrar respostas nem culpados, eles não vão trazer você de volta. Mas te afirmo, sem nenhum medo de errar, que o pouco que sobrou ainda daria pra te amar uns 20 anos. O que eu farei com esse amor? Não sei, não conheço um cemitério que enterre nossos sentimentos, então sobreviverei a esse luto sem relutar. Em minhas preces seguirei o conselho do Rodrigo Amarante e pedirei fé pra ver e coragem no amor, porque até isso você fez questão de levar.
Trilha do texto de hoje <3
https://www.youtube.com/watch?v=YboGD3LaZv8
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Por Bruno Magno • quinta-feira, 12 de março de 2015
Vá em busca de um amor
A utopia de tua realidade
A beleza de tua verdade
O motivo de tua felicidade
A culpa de tua saudade
Vá em busca de um amor
Que te desafie a continuar
Que te ajude a sonhar
Que te ensine a caminhar
Que te acabe o esperar
Vá em busca de um amor
Que te mate todos os dias
Que te aqueça em noites frias
Que agite essa agonia
Que é viver sem alegria
Vá em busca de um amor
Quando achares agradeça
E se não achares não te esqueças
Que por mais insano que pareças
Esse amor não te mereça.
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Por Bruno Magno • quinta-feira, 05 de março de 2015
Uma das historias mais conhecidas é o conto da Cinderela, que em plena fase adulta devia calçar 28 para ser única capaz de ser identificada por um sapatinho perdido. Talvez isso tenha contribuído para algumas mulheres esperarem tanto por algo que nunca vai vir. Não, não sou um amargo que prega contra o amor. Mas, amor de verdade é bem diferente desses contos de fadas. Amor de verdade é bem simples, que de tão simples acaba se tornando SOBRENATURAL. Amor é quando os celulares estão ocupados pela sincronia de um estar ligando ao mesmo tempo para o outro, é quando você convida pra assistir o filme mais longo que está passando no cinema e mal senta na poltrona e ele já está acabando. É nas diferenças se sentir completo e nas semelhanças se sentir representado. É quando fica difícil dizer qual é a musica preferida, pois parece que todos os autores resolveram cantar nosso amor. – Amor, você anda contado nossas intimidades? Amor é ter às vezes a pergunta e as vezes a resposta, mas nunca, em hipótese alguma, as duas coisas. Amor é quando a gente até podia comprar mais um chocolate, mas prefere perder um pouco do nosso pra dividir com o outro. Amor pode ser tudo isso ou nada disso, porque amor de verdade destrói a linha tênue que separa a realidade da imaginação e cria uma ponte para o que chamamos de sonhos.
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