Promessas para um novo ano | #DQ47

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Trilha:

 

Hoje, no último dia do ano, chegamos ilusoriamente ao limite da exaustão. – Sim. Digo isso porque, no fundo, não há nada de novidade no dia de amanhã. Mas há sim, indubitavelmente, uma esperança descomunal aflorando dos corações mais incrédulos, dos corpos mais fatigados e das almas mais consternadas. Um ano novo se revela feito página em branco. Ele vem chegando com aquele cheirinho de livro novo e aquela hesitação deliciosa de formigueiro na boca do estômago. Somos tomados pelo sentimento mais nobre que a humanidade pode sentir: a fé.

Pela fé, rabiscamos um ano repleto de sorrisos e ousamos desenhar curvas que, talvez no decorrer do ano, não teremos coragem para tal. Essa fé é a que vai nos fazer abraçar aquele parente distante, que mora na mesma cidade. – Sim. Nós e nossa mania, de estarmos sempre correndo atrás do que não temos, perdemos oportunidades de saber que tem gente nossa sorrindo, chorando, ganhando e perdendo. Gente nossa que poderia ser curada com esse abraço que fazemos, quase como um ritual. Nada contra o abraço de fim de ano, mas é que qualquer dor sempre fica pequena dentro dele. E, assim, nós poderíamos curar e ser curados todos os dias do ano. Eu vejo o Sol raiar e todo mundo no mesmo pique, como se não tivesse passado a noite em claro. – Como assim? A resposta é simples.

Nessa época, há almas dispostas a amar. Há braços desejosos para abraçar, e corações dispostos a perdoar. Há, no ar, um clima de renovo, uma fé quase que palpável. E nós, por alguns momentos, esquecemos o espelho e olhamos para o lado. Drummond parabenizou o ser que fatiou o tempo em meses, industrializando assim a esperança. Quem sou eu pra discordar? Um novo ano, um novo ciclo inicia e alguns terão suas energias sugadas logo na primeira semana. Outros, por sua vez, manterão por mais tempo esse sentimento dentro do coração. Faremos talvez, se assim nos for permitido, as mesmas promessas do ano passado. Isso, para alguns, pode ser sinônimo de que falhamos. Para mim, é o apogeu de nossa esperança. É o ser humano sobrevivendo à hostilidade do mundo e criando o mecanismo responsável pela nossa sobrevivência: a fé num amanhã muito melhor.

Não tenha medo, receio ou vergonha de refazer as promessas não cumpridas, de desengavetar os mesmos projetos e de tomar de volta o que esse ano lhe usurpou. Talvez, você acorde amanhã sendo a mesma pessoa que você é. Ou talvez, você possa acordar pra ser quem você quer que seja.

Felizes novos dias de 2016. Continue espalhando amor por aí.

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