Loucuras de amor são subjetivas – DQ 197

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Trilha: 

Outro dia, estava assistindo a um filme em que o casal fazia loucuras de amor, como prova de seu sentimento. Eles buscavam sempre a surpresa, e parecia uma competição de quem era mais louco. A loucura era uma espécie de termômetro do sentimento. Quanto mais louco, maior o sentimento. No filme, funciona bem. Os atores nos arrancam gargalhadas, e a gente torce sempre por uma loucura maior. Mas e na vida? Será que a loucura prova algo? Loucura é tudo aquilo que não é comum. Ser louco é tão subjetivo que mal dá pra saber quando a sanidade vira sandices.

Há até um filme que fala que: de médico e louco, todos temos um pouco. —Talvez baseado no yin e yang que equilibra o universo— A verdade é que loucura e sanidade parecem se confundir e se completar em cada casal. É tudo tão peculiar, tão particular que o que era “loucura com fulana” é completamente normal “com ciclana”. Assim, a gente vai oscilando entre altos e baixos, feios e bonitos, médicos e loucos. Deve ser por isso que podemos ir aos mesmos lugares, assistir aos mesmos filmes, dizer eu te amo da mesma forma e fazer as mesmas promessas de amores eternos. Podemos fazer tudo isso que ainda acharemos, pelo menos, naquele momento, que é único.

Dessa forma, a conclusão indene é que loucura não é loucura quando é compartilhada. É o acordo tácito que nos permite baixar as cercas e caminhar por terrenos antes desconhecidos. São as permissões concedidas arbitrariamente. Quem nunca se pegou perguntando, ou pior, sendo questionado— pra não dizer inquirido— por alguém que lhe coloca contra a parede, por você não fazer algo que já fez com um ex? “Mas com fulana, você fazia”.

Sei lá, por que fazia.

Não há lógica na loucura alheia.

#DQ197 #espalheamorporaí <3

 

 

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