AMOR DEPENDE DE SORTE |DQ 175

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Trilha: 


Deve ser sorte — ou algo mais forte— essa coisa que une as pessoas e faz de nós, egoístas de carteirinha, sermos compassivos e (pasmem!) até altruístas com algumas pessoas. Seletividade à parte, o que importa é que, por algumas pessoas, somos melhores, fazemos melhores, ou queremos sempre o melhor. E isso é mágico, sublime, e raro. Isso é sorte.
Sorte é a palavra coringa do dicionário que usamos pra todos os acasos que conhecemos. Sorte é como a palavra “coisa”. Coisa é qualquer coisa e, por ser qualquer coisa, é a coisa mais imprevisível que podemos conhecer. Já vi coisa boa, coisa não tão boa, coisa ruim, coisa muito ruim. Amor é uma coisa? Ou seria uma coisa o amor? Amor seria uma coisa de sorte? Seria sorte isso, quando a gente nem ao menos sabe que coisa esperar?
Estou convencido de que amor dependa da sorte. E amar seja alguma coisa que faça com que a sorte aconteça algo, tal como que o adubo faz ao solo e o deixa fértil. Uns têm sorte (lê-se: amor). Outros têm alguma coisa próxima disso (lê-se: quase amores). Mas, em suma, a sorte precisa encontrar essa coisa que falta pra o amor nascer. É quase como uma combinação cósmica. O amor vaga como um substantivo. Transitivo. Direto. Fatal. Reto…até que esbarra na coisa. A coisa, a gente nem sabe o que é, mas reage com o substantivo e transforma todo esse sentimento em ação. Verbo. Perfeito. Ou, às vezes, mais que perfeito. Aí, o amor vira amar, e a sorte com a coisa vira a coisa que faz mais sentido, mesmo que não tenha nenhuma explicação. É o caos bem ordenado, que cativa por ser tão paradoxal. Deve ser por isso que seja tão difícil explicar por que você ama alguém, ou por que você está com alguém há tanto tempo. Você para, pensa, repensa e não sabe ao certo. Mas sabe que deve ser alguma COISA. Ou simplesmente SORTE.

 

#espalheamorporaí <3

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