“Mais ou menos feliz” é a definição mais vergonhosa que uma relação pode ser enquadrada. Explico, basicamente. Relacionamentos são divididos em duas grandes áreas: os que servem como exemplo, e os que servem como inspiração. A primeira categoria é daqueles que servem pra gente aprender com erros e acertos. É aquela EXperiência que teve lá seus momentos coloridos e, durante algum espaço de tempo, foi inspirador, mas chegou a um momento em que as cores foram desbotando, e o tom não parecia mais tão harmônico quanto antes. Acabou, mas deixaram boas lembranças coloridas. Outras, nem tanto. Porém, é pra isso que servem as EXperiências, não é mesmo?
A segunda categoria é o Santo Graal, e que, geralmente, não precisam ser vividas de uma vez. São as relações inspiradoras, que crescem com o tempo e contagiam todos ao seu redor. Até têm seus altos e baixos, mesmo que a sensação é de que há uma mola, lá embaixo que não os deixa ficar muito tempo lá e surgem ainda melhor. A questão é que alcançar essa categoria é um privilégio para poucos. Não porque são poucos os que merecem, mas porque poucos são os que se esforçam, de fato, para chegarem até a essa categoria.
Apesar de mencionar somente duas grandes categorias, há uma que não podemos sequer chamar assim, até porque relacionamentos assim não são lá “de categoria”. É uma espécime de subclasse das relações amorosas: “os mais ou menos felizes”. A vida morna, sem altos e baixos, sempre na parte média, que não sobe nem desce. Ali, pela metade, gastam suas vidas completamente.
É vergonhoso, pra não dizer humilhante, viver uma relação mais ou menos. Essas não conseguem sequer evoluir e, ainda que mal, virar um Exemplo. Além de passar a léguas das relações inspiradoras. São os atrasos de vida. Ciladas do caminho. Atalhos que não levam a lugar algum. Estar “mais ou menos feliz” é como “mais ou menos” viver, ou “mais ou menos” amar ̶ quer dizer ̶ Existe “mais ou menos” amar? Não sei. Estou mais ou menos certo de que não.
#DQ161 #espalheamorporaí <3