Trilha:
Você é a primeira e última mensagem e, nesse intervalo de tempo, há, em nossa variedade de assuntos que giram entre memes, netos e como seria o nome de nossa rua em Marte, o desejo de estar com você. Mesmo que virtualmente, falar com você, sempre e sobre tudo, é uma parte de fazer do meu mundo o seu mundo. É participar sobre as frustrações e conquistas pra alguém que tem o poder de, num simples “Bom dia”, fazer esse dia ser realmente bom, ou pelo menos, começar bom.
O que faço com isso tudo que há na mídia do meu celular e dentro do meu coração? O que faço com o beijo de ontem no rosto, que triscou o canto da boca e acendeu a luz amarela da paixão? Que faço com essa vontade de invadir sua vida de vez e não me conter mais pra não ver você, todos os dias? Que faço com aquele trecho de música, na verdade, aquela frase, que começa com a letra do seu sobrenome e -não sei por que cargas d’agua – lembra você? Que faço eu da vida, sem aquela bagunça que você traz, toda vez que aparece de surpresa, e eu quase preciso de uma camisa de força, pra conter minha felicidade louca? Que faço eu, com esses relógios que não passam às quintas-feiras e resolvem se arrastar a tarde inteira, só pra me torturar? Que faço eu com o porta-retrato que comprei, pra guardar nossa primeira viagem juntos? Sendo que não temos sequer uma foto no mesmo lugar?
Eu pego tudo e jogo naquele lugar das possibilidades e continuo com essas expectativas? Ou pego tudo e jogo na parte das coisas impossíveis de acontecer, mas que a gente queria tanto? Eu faço o quê com todo esse sentimento? Eu calo ou grito? Eu marco você nesse texto e finjo que é por acaso? Que é só mais um texto bobo de internet, que não tem nada a ver?
MAS, se assim, por acaso, tivesse: O que eu faço?
#DQ140 #Espalheamorporaí <3