Trilha:
Era uma vez é o começo de quase todo conto de fadas. O era uma vez é o primeiro passo de uma grande história, que, no fundo, salvo as tragédias shakespearianas, vai nos levar ao tão aguardado “felizes para sempre”. O fato é que muitos personagens na vida já começaram tantas vezes novos capítulos, que assumiram para si a farsa do: “Eu desisti do amor”.
As sucessivas e constantes frustrações minguaram a esperança de viver um grande amor. O problema é que, mesmo que esbravejem que desistiram de amar, ou que assumam pra si uma vida em que preterem amar, por trás desse conformismo pedante, há sempre fagulhas de um coração querendo estar apaixonado, sempre disposto e prestes a mergulhar numa próxima desventura amorosa. É que se, por fora, há milhares de motivos justapostos sendo expostos, por dentro, há milhões de desculpas e pretextos para recomeçar e acreditar novamente no amor.
Desacreditar no amor não é um privilégio dos fortes. Na verdade, sequer é um privilégio. Desacreditar no amor é desacreditar na vida. É deixar de ser surpresa e por ela ser surpreendida. É morrer muito antes da hora. É perder o sorriso da vida. Ainda que isso seja por uma piada mal contada, ou por uma rima mal cabida. Desacreditar no amor é a dúvida que, fatalmente, paira sobre as mentes mais inquietas e angustiadas. Ainda que a expressão dos que dizem desacreditar no amor seja sempre impávida, desistir do amor como forma de cura, ou por causa de algumas feridas, é até uma opção, mas nunca, -em hipótese alguma -uma saída.
#DQ120 #espalheamorporaí <3