O que é a felicidade? DQ110

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Disseram-me que o amor é o caminho mais curto pra ser feliz. Durante muito tempo, achei que encontrar o amor de nossas vidas fosse um das, senão a maior, razão de nossa existência. Afinal, estamos aqui para sermos felizes. Um adendo: você, que não é uma pessoa romântica, pode trocar “encontrar o amor” por qualquer outra palavra que faça sentido pra você. A finitude da vida e as incertezas do que vêm depois da morte nos fazem criar a necessidade de dar sentido a essa passagem aqui, na Terra. Assim, procuramos pelas gavetas do universo algum par que nos complete, algo que se encaixe, algo que nos sacie a necessidade da procura.


Daí chega o dia que achamos algo. Talvez não seja exatamente o nosso número, mas a pressa de completar a missão é o calço perfeito que faltava. Andamos, desfilando para todo mundo — que ainda não encontrou nada— o quanto somos felizes e abençoados por termos completado a missão de ser feliz. Criamos uma inveja velada e taxamos de recalque, qualquer um que venha nos dizer que nossa missão não é lá tão especial assim. Há, nesse momento, um dos absurdos mais comuns que os seres humanos são capazes de cometer: a necessidade de ser alguém invejável. Por que raios iríamos querer despertar no outro um sentimento que nos fará mal? É como beber o veneno e esperar que faça efeito no outro. É o mais alto nível da ignorância, que parece pressuposto básico para ser humano.


Ficamos ali, medindo com uma balança sem fiel, as conquistas alheias, as glórias dos outros e torcendo, de forma contida, para que os fracassos sejam o lado mais pesado. “O Luís passou no vestibular, mas foi com cotas”. “A Fernanda trabalha no maior jornal do país, mas foi sorte”. “O Pedro tem um carrão do ano, mas também, não dá uma ajuda pra família”. “A Rita, coitada, acabou com a vida dela, imagina criar um filho sozinha?” “O José vive bem, mas é separado, não é feliz”. “A Francisca, essa aí… nunca vai ganhar nada, sempre foi ruim mesmo”. Parece familiar? Sim, esse é o retrato narrado do egoísmo nosso de cada dia. E se a missão fosse empatar o jogo? E se a felicidade fosse o sorriso do outro? E se a gente estivesse mais disposto em medir nossa própria vida, e não a do outro? Talvez a felicidade não seja uma conquista individual, talvez seja um estado de espírito. Não meu. Não seu, mas UNIVERSAL.

#DQ110 #espalheamorporaí <3

 

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